Fanfic: Un poco de tu amor, para poder vivir (adaptada) | Tema: Rebelde

O elenco irá ser apresentado aos poucos...

Na praia Langosta - Cancún, México…

Ninel: Eu não gosto desse discurso que toda modelo faz: "Trabalho para dar casa para minha mãe, pagar a faculdade para meu irmão". Sabe essas coisas que todas elas dizem quando começam a ganhar algum dinheiro? Você está me entendendo? Ai, sempre esqueço seu nome, como é mesmo?

Karen: Karen. Eu entendo o que você está falando. É como se elas tivessem vergonha de ganhar dinheiro e aí quisessem justificar, não é? 

Ninel: Exatamente, vergonha de estar ganhando, então, precisam dizer que vão fazer uma coisa muito bonita, elogiável com a grana. Eu não gosto disso. Eu trabalho para mim, trabalho para ter a vida que eu quero ter. Claro que ajudo, ajudo pai, mãe, na medida do possível porque, para mim, família é isso, um tem que ajudar o outro. 

Na favela da Cidade do México…

Mike: (coloca Karla na viatura, mas ela consegue sair e foge, então ele avista Jack) Perdeu ladrão, perdeu (aponta a arma para Jack) 

Jack: Calma, calma (pega uma mulher e coloca a faca no pescoço dela para ele não atirar e consegue fugir). 

Cancún, México…

Ninel: Chegamos. Essa é a rua da pousada. Ai, você vai ver, não tem luxo, mas é uma gracinha, é tão bonitinha. Sabe qual é o único luxo? O nome. Pousada da D. Paty. É o nome da minha mãe. 

Karen: Que chique! 

Ninel: (ri) É, pois é. Eu coloquei algum dinheiro aqui, eu não vou negar, mas a minha mãe e o marido dela… (lembrou de algo) Ai gente, minha mãe tem um marido, ai, nossa, foi tão difícil para eu me acostumar com isso, tão difícil, demorou tanto, porque a gente sempre pensa o pior, né? Que o sujeito não é tão bacana como o pai de verdade e esse tipo de coisa, mas quando eu conheci o David, eu me encantei logo, eu entendi porque minha mãe se encontrou também, vocês vão conhecer. Bom, eles cuidam de tudo, eles moram aqui (lembra de algo e fica preocupada) Meu Deus, estão gravando, vocês estão gravando tudo, não é? Você não parou nenhum momento? Olha, olha lá, hein? Pelo amor de Deus, você não vai me deixar mal com meu pai. 

Karen: Ninel, fica tranquila que a gente vai editar depois, você pode participar também, você pode dizer o que você quer e o que você não quer que fique. 

Ninel: Não, tudo bem, mas é que… não sei… tipo, meio assim, de ficar abrindo parte muito íntima para o público, não gosto muito. 

Anny: (aparece com um bug) Ninel! Oi Karen. 

Ninel: Oi, eu posso saber o que você está fazendo na minha terra? (brinca) 

Anny: (pula do carro) Ah, minha terra também, que meu pai tem casa aqui desde que eu era criança, e aí? Tá aqui para o desfile de hoje a noite? Então, também vou desfilar. 

Karen: Ué, não sabia, achei que você nem desfilasse mais, que você tinha parado.

Anny: Ah, que é isso Karen? Imagina, estou lá em cima, no topo, fazendo sucesso, super jovem, você pergunta se eu parei. 

Ninel: Eu também li isso em algum lugar. 

Anny: Fofoca de jornal, é que eu dei uma de atriz e fiz uma novela, todo mundo achou que eu estava mudando de praia, mas não gente, gosto mesmo é de passarela, de fotografar, foi só uma experiência, para saber como é. 

Ninel: E como é? 

Anny: Nada demais, decorar o texto, chegar, fazer e tchau, não sei, acho pouco para mim (desdenhou e suspirou). Você está sabendo que essa cara, que essa cara que Deus me deu, está entre as 20 mais fotografadas do México só o ano passado? Entre as 20 (sorri). Eu não vi seu nome na lista, também, sei lá, devo ter passado rápido, não deu para ter reparado.

Ninel: Eu estou lá, eu li também, depois você olha com mais atenção. 

Anny: O quê? Entre as 20 também?

Ninel: Entre as 10, queridinha, sorry- desculpa (desdenhou). 

Anny: Ah (o pessoal começou a buzinar porque viu que ela tinha colocado o carro no meio da rua, empatando eles de passarem) Gente, que sujeitinha apressada (se dirigiu a Karen). Mas, vem cá, vocês estão fazendo aquele programa que entrevista a família inteira?

Karen: Esse mesmo. E a gente está só começando, não é não? 

Anny: Eu fiz ano passado, você se lembra, Karen? 

Karen: Lembro, claro, foi o maior sucesso não é? 

Anny: (ouve outra buzina) Calma. 

Karen: Posso dar uma ideia? Gravar vocês duas juntas, conversando, nem precisa falar nada, um encontro casual, das duas, numa rua de Cancún, no día do desfile, pode ser?

Ninel: Por mim, ótimo.

Anny: Mas, assim, rápido porque o sujeitinho está com pressa, depois eu tenho um almoço com minha mãe, bora.

Ninel: (começam a fingir que se viram agora) E aí? 

Anny: Tudo bom? (Cada uma dá um beijo na bochecha da outra) 

Ninel: Tudo bem?

Nanda: (avista pelo carro que é a Anny) É a Anahí pai.

Enrique: Só podia ser, ela pensa que é dona da cidade. 

Motorista: Como é que é? Vai me deixar passar ou não vai, folgada?

Anny: Quê que é? Passa por cima, tá louco (o motorista passa e quase atropela elas). 

Anny: Não é de Cancún, aposto! A cidade está assim, gente de fora causa um circo! (revoltada) 

Enrique: (sai do carro preocupado) Alguém se machucou aqui, gente? 

Anny: Não Enrique, não, só foi um susto.

Enrique: Deixa que eu encoste seu carro, Anahí.

Anny: Não, não, está tranquilo, já estou indo embora (dá beijo em Ninel) Beijo, a gente se vê aí qualquer hora ou, enfim, pelo desfile, pela cidade, tchau gente, até mais, desculpa aí.

Ninel: (espera ela sair) Ela adora chamar atenção. (retoma a entrevista) Bom, vamos que agora vocês vão conhecer a minha família, vamos lá.

(Foto que tiraram para colocar na revista)