Fanfic: Un poco de tu amor, para poder vivir (adaptada) | Tema: Rebelde
Voltando com Anny e Nailea...
Nailea: Eu não vou nesse desfile.
Anny: Ai mãe, por que você não vai no desfile?
Nailea: Porque não! Porque não vou ficar lá, de figurante, obscura, misturada com todo mundo, como se eu fosse o quê? Qualquer pessoa.
Anny: Gente! Você está se comportando como uma criança mimada.
Nailea: Mas... não acha um fingimento eu ficar lá? Sorrindo, aplaudindo, comprimentando como uma idiota, querendo que pensem que eu sou feliz. Não sou feliz! (irritada)
Anny: Fala baixo (sussurra nervosa). Sabe o que você está querendo? Melar o desfile! É, prejudicar, bombardiar o meu trabalho que você nunca ajudou! Nunca! (muito irritada)
Nailea: Ah, nada disso (debochou).
Anny: É sim! É, prejudicar o meu trabalho e fazer desfeita para o meu pai (Nailea ri).
Nailea: Agora, não me faça rir, não me fale do seu pai que eu já tinha esquecido dele (Anny suspira).
Anny: Ai, tudo bem, não confunde as coisas, poxa, você nunca me prestigiou como modelo, nunca foi lá assistir um desfile meu, sabe? Pelo menos, uma vez na vida, vai lá, fica meia hora, finge que gosta, não custa nada (implora).
Nailea: Custa sim! Fingir?! Custa! Dá trabalho! Faz com que me sinta mal depois e, tem mais, eu odeio essa sua profissão.
Anny: Foi sua profissão também, você é ex-modelo.
Nailea: Eu odeio! Já disse! (viu pessoas olhando para elas) Quê que é? Estou conversando com a minha filha, estou brigando com a minha filha.
Anny: Gente, por favor (envergonhada sussurrando).
Nailea: Não posso? (ainda falando com as pessoas)
Anny: Que vergonha (nega com a cabeça sem acreditar).
Nailea: Eu odeio essa sua profissão, justamente por ter sido a minha, Anahí! Não tem futuro, Anahí! Só presente e quando tem! MODELO é que nem miss, vira ex, ex-modelo, ex-miss. Imagina ser... (pensou) ser como atriz que vai ser como atriz até morrer porque ninguém diz ex-atriz, fala? Não fala. Assim como ninguém diz... (pensou) ex-médica, ex-advogada, ex-pintora, mesmo que você não esteja trabalhando mais. Eu não quero que você seja uma ex como eu e que depois tenha que desfilar num sambódromo como rainha de qualquer coisa para poder ser lembrada. Anahí, ex é que não é mais, a que já foi, a que já era, está me entendendo?
Anny: Você não desfilou no sambódromo porque não quis, sempre foi convidada.
Nailea: Eu odeio carnaval! Não vou! (Anny suspira e Nailea muda de ideia) Eu vou, mas vamos combinar o seguinte: eu vou, eu sorriu, eu aplaudo, cumprimento as pessoas, eu FINJO que sou simpática, mas eu quero ser apresentada com dignidade, eu quero que alguém cite meu nome, diga que eu estou presente, mas nada de ex-modelo Nailea Portilla, você está me entendendo, Anahí, nada de ex e, para mim, é pior do que dizer a falecida modelo, você fala lá com seu amigo, organizador do desfile e exige isso dele, eu fui clara?
Anny: Tá bom, mãe, pode deixar que eu falo com o Lisardo.
Nailea: E... ele peça uma salva de palmas para mim quando anunciar minha presença (Anny afirma com a cabeça). Bom, agora come e não se fala mais nisso.
Anny: Pois é, mãe, eu já perdi... perdi o apetite, as meninas estão chegando da Cidade do México, a gente tem que fazer um ensaio, eu acho que já vou.
Nailea: Não, de jeito nenhum, o que é isso?! Fica aí, vai me deixar aqui comendo sozinha, abandonada como um cachorro? De jeito nenhum, come aí.
Com Felipe e Juan...
Lisardo: (Acaba de chegar com as modelos) Não vamos perder tempo, não precisa correr, mas também não precisa perder tempo. Gente, gente, vamos lá, olha só, vamos parar de falar um pouquinho e prestar atenção, vocês têm que saber o que vocês vão fazer hoje a noite, por onde vocês entram, onde vocês saem e atenção que o piso é diferente do que vocês já estão acostumados, ou seja, se alguém bobiar, é capaz de se espatifar no meio de todo mundo, você já sabe como é.
Juan: Olha só que beleza.
Lipe: Essas daí só gostam de garotão, não são para nosso bico.
Juan: É o que você pensa (Anny chega).
Anny: E aí?
Juan: Ei filha (é abraçado por sua filha).
Anny: Papai.
Juan: Senta aqui com a gente, fica aí (Anny suspira).
Anny: Estava tentando almoçar, mas a sua mulher estava falando o tempo todo no meu ouvido, como é que eu iria conseguir?
Juan: Ela já fez uma cena no carro, que eu não sei como te contar.
Anny: Como você aguentou tanto tempo casado assim com ela?
Juan: Espírito de sacrifício, filha (Anny ri).
Anny: Olha, só me interessa saber uma coisa, quem é que vai ficar na casa e quem é que sai?
Juan: Eu já saí, vocês ficam.
Anny: Que vocês ficam, não que, com ela, eu não moro, eu fico com você.
Juan: Eu estou morando em um hotel, minha filha.
Anny: Ótimo, pronto, eu moro em um hotel também, muito mais divertido, mais movimentado.
Juan: Meu Deus do céu, sua mãe vai achar que eu...
Anny: Não vai achar nada, pai (interrompe o pai). Se você não quiser que eu more com você, eu moro em qualquer canto, na favela até, chega.
Lisardo: (chega até a mesa deles) Anahí! Anahí, vem! Só está faltando você, amor (Anny abraça ele).
Anny: Ah Lisardo, que saco! Vou ter que ensaiar o quê? (resmungando)
Lisardo: Sem chorar, não queira ser diferente das outras.
Anny: Não quero, eu sou! Cadê a Ninel?
Lisardo: A Ninel ainda não chegou ainda.
Anny: Viu? Por que eu tenho que ensair e a Ninel não tem que ensaiar?
Lisardo: Ela já está vindo, está um pouco atrasada, ligou, mas já está chegando.
Juan: Vai filha, faz o seu trabalho, não é o que você gosta?
Anny: Tá bom, pai. Mas me espera que voltamos juntos para casa.
Juan: Espero sim (abraça a filha). Vai lá, brilha, filha, brilha, vai (ri e Lipe espera ela ir embora).
Lipe: Filha controla a gente mais do que mulher, se você está sonhando com a vida de solteiro, pode tirar o cavalinho da chuva.
Juan: Logo, logo, eu me caso outra vez.
Lipe: Que coragem.
Juan: Lipe, você pode acreditar, mas eu não sei viver sem uma mulher fixa vivendo comigo, sério, eu sinto falta daquele pezinho no meio da noite, das bobagens que elas falam no meio da manhã, das fofocas que escutam no salão de beleza, eu sou um bicho doméstico, me acomodo e logo parto para outra, você vai ver (Tiaré chega).
Tiaré: Cheguei.
Juan: Olá (abraça ela).
Tiaré: Tudo bem?
Juan: Ótimo (Tiaré beija seu marido).
Tiaré: Bati a Rua das Pedras três vezes, de um canto a outro, de cima para baixo.
Lipe: É, comprando de cima a baixo.
Tiaré: É claro, né? (beija ele de novo) Vamos embora, vamos, que eu quero aproveitar o Sol e a piscina, vou chamar um táxi.
Juan: Não, não precisam não, vão no meu carro, pego uma carona com a Anahí.
Tiaré: Você também vê se não demora muito, viu? Tem que aproveitar o Sol, está muito branco, hein? (o casal vai embora)
Juan: Me dê um café, por favor, obrigado (Ninel chega lá).
Karen: Grande sacada essa de fazer o desfile aqui ao ar livre, né? (Ninel concorda) Só tem que rezar para não chover.
Ninel: Ah, essa época do ano não chove, não, o tempo é firme, vou comer só um sanduíche e tomar um suquinho que dá tempo, me leva uma... (pensa melhor) eu acho que eu vou querer uma salada, me dê uma saladinha de tomate, sem nada, eu mesma tempero e um suco de abacaxi com hortelã, você leva a conta junto que eu estou com uma certa pressa, obrigada.
Atendente: De nada.
Karen: Agora, vamos falar de amor.
Ninel: Nesse quesito, eu estou muito fraca, sem namorado, sem ninguém.
Karen: Não acredito.
Ninel: É verdade, o último, eu terminei tem uns 3 meses mais ou menos.
Karen: Acabou assim? De repente?
Ninel: Ah não, o amor nunca termina de repente, não é? Ele vai morrendo, aos poucos, todo o dia, até... até morrer de vez.
Karen: Você já foi casada?
Ninel: Casada, assim, na Igreja, no papel não, nunca, mas eu já morei com um homem uns 3 anos, no início da minha carreira, era como se fosse um casamento, de verdade.
Karen: E você não pensa em encarar um casamento de verdade?
Ninel: Minha mãe pensa, como todas as mães, né? Mas não aconteceu.
Karen: E esse seu relacionamento de três anos, ele foi o mais importante da sua vida? (Ninel suspira)
Ninel: Olha, ele foi o mais duradouro, o mais IMPORTANTE, só durou 3 meses, o Pablo, ele é modelo também, não vai desfilar, mas já me falaram que ele está aqui pela cidade.
Karen: Ah meu Deus, será que eu vou resistir? Posso fazer só uma perguntinha para ele? Só uma?
Ninel: Pode, por mim, nosso namoro não foi nenhum segredo, mas eu gostei dele, viu? Gostei muito, para valer, mas acabou, mas eu não desisto não, um dia encontro outro.
Karen: A fila anda, não é?
Ninel: Não penso assim, entre um e outro, eu gosto de... dar um tempo, sabe? Cuido mais de mim, eu gosto de mudanças, na verdade, de dar umas viradas de repente, sabe? Quando nada muda, quando tudo fica igual durante muito tempo, eu não acho legal, fico logo desconfiada, aí não gosto, preciso mudar alguma coisa, nem que seja, sei lá, o sofá da sala, o pano das cortinas, não sei, mas eu tenho implicância com situações imudadas, engraçado, né? Mas me dá uma... (pensou) uma ideia de morte (mudou de assunto). Eu moro com uma amiga, Bia, ela é médica, embora nós duas estejamos solteiras, né? (ri) Mas eu moro com ela desde o ginásio, conheço desde pequena, lembra que eu fui para a Cidade do México, estudar? Então, eu fiquei hospedada na casa da mãe dela, uma dessas... (pensa no que vai dizer) amizades para a vida inteira, é como se nos conhecêssemos de uma outra vida, engraçado isso, mas a gente não precisa falar nada, a gente se entende só no olhar.
Karen: Nunca tive uma amiga assim, faz falta, né?
Ninel: Essa... (pensou no que ia dizer) é especial, tem outra também, Roxana, ela é... (pensa) diferente, mas também é... (pensou) mais velha do que eu, é mais minha mãe, minha irmã, tem mais experiência de vida do que eu, mas a Bia é da mesma idade, né? Nós vivemos juntas as mesmas emoções da adolescência, sabe? (ri) E também... (não fala)
Karen: E também... (incentiva)
Ninel: Ah e também porque, no colégio, no clube, em todos os lugares, que nós frequentávamos, nós éramos a minoria, as excessões, porque eu sou modelo e ela era uma tenista conhecida, nós duas, desde pequenas, aí em uma escola de classe média, com pessoas "normais", nós éramos diferentes, as únicas "anormais" (o prato chega). Obrigada.
Atendente: Por nada.
Karen: Bem, come sossegada, enquanto eu falo com algumas meninas, quem sabe eu não descubro algum segredo que você não quer me contar.
Ninel: Eu duvido, eu não sou de fazer confidências.
Karen: Nem para essa sua amiga de adolescência, a Bia? Nem para aquela outra, a Roxane?
Ninel: Bom, se você pegar essas duas, de jeito e elas resolverem dar com essas línguas nos dentes, aí, eu estou ferrada (Karen ri).
Karen: Então, elas não vão me escapar.
Ninel: Roxane está em Lima, Peru, ela só chega semana que vem.
Karen: A gente têm tempo, eu pego quando ela chegar, daqui a pouco eu vou gravar com seu pai e, com a sua irmã, eu gravo lá na Cidade do México, então, missão cumprida.
Ninel: Cumprida e comprida, né? (ri)
Karen: Espera, vamos lá.
Ninel: Tá bom, beijinho (Karen e sua equipe sai, Ninel pega o celular e liga para a Bia).
Ligação Onn:
Oi Bia, sou eu de novo, deve estar cheia de mim, não é?
Bia: Eu estou aqui comendo uma saladinha.
Ninel: Bom, também. Me fala, como é que estão as coisas aí?
Bia: Ah, eu dei um banho nela, fiz um curativo e, depois, dei um remedinho para ela relaxar, agora ela dormiu, vamos ver, né Ninel? O que ela vai querer fazer quando acordar.
Ninel: Vai querer voltar para perto daquele vagabundo, segura ela aí, Bia, que amanhã, depois do almoço, eu estou na Cidade do México.
Bia: Eu vou tentar, mas está difícil viu? Ela já tentou fugir e está me odiando.
Ninel: O Ucker não pode ir aí para te ajudar?
Bia: Ucker está de plantão, faltou gente na emergência.
Ninel: Ai Bia, fica com ela, pelo amor de Deus.
Bia: Eu tinha que ir para o hospital, né? Mas eu liguei para lá, inventei uma história, pedi para a Belinda ficar no meu lugar (Ninel suspira).
Ninel: Ai amiga, desculpa, eu não queria te atrapalhar, queria está aí, mas não dá, me comprometi com esse desfile na cidade onde eu nasci, você sabe, né?
Bia: Ah, tudo bem, quando você chegar a gente conversa, eu que lamento de não está aí, não é? Mas, paciência, tchau, a Karla está acordando.
Ninel: Tchau, beijo.
Bia: Bom desfile, sucesso aí, hein? Ah Ninel, anota o número do meu chip novo caso precise.
Ninel: Peraí (se virou para o atendente).
Pausa na Ligação...
Ninel: Oi, você pode me dar um pedaço de papel e uma caneta, por favor? Obrigada. (Juan levantou porque estava de olho nela desde que chegou e fez um aceno com o garçom para deixar que ele que entregue).
Retorno da ligação...
Ninel: Peraí que eu já pedi para o garçom, tá? (Ela vê Juan com caneta e papel) Ah, obrigada, só um minutinho, tá bom? (retorna para Bia) Oi, oi, pode falar (ela anota) tá, tá bom, tá ótimo, beijo (desliga o telefone).
Autor(a): paula_vondy
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 8
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candy1896 Postado em 08/09/2021 - 22:34:41
Continua, para Juan e a ex esposa eles só possuem 2 filhas, a filha do meio até agora nunca foi nomeada por eles. Ninel ficará desesperada quando descobrir a gravidez da irmã, a pobre nunca tem paz.
paula_vondy Postado em 12/09/2021 - 16:09:09
tenho pena da Dul, eu sabia q iria ter pena mesmo sendo eu a definir o papel, mas ela desconta nas irmãs tbm, ai fico com raiva kkk. Mas é moldado assim pra mostrar como ela sofre e por ela sofrer, ela quer q todos sofram, Sobre a Ninel, é coitada demais mesmo.
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candy1896 Postado em 26/08/2021 - 23:05:33
Continuaa, Anny é muito mimada, ainda bem que Lisardo deu apoio para Ninel. Gostei muito do vídeo .
paula_vondy Postado em 31/08/2021 - 22:38:29
Então, basicamente, tenho até um odiozinho de mim mesma por fzr isso, mas é que prefiro fazer protagonistas com seus erros e acertos, tendo consequências no meio até o fim e essas consequências acabam por amadurecer os personagens. A Ninel e o Lisardo são maravigoods juntos.
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candy1896 Postado em 23/08/2021 - 20:39:50
Continuaa
paula_vondy Postado em 24/08/2021 - 23:37:37
Hj n postarei pq tive aulas da faculdade até tarde, tô morta, postarei depois...
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candy1896 Postado em 19/08/2021 - 23:18:55
Continuaa
paula_vondy Postado em 22/08/2021 - 23:37:41
postarei um hoje