Fanfic: Un poco de tu amor, para poder vivir (adaptada) | Tema: Rebelde

Na Casa Portilla...

Nailea estava rindo porque Anny contou tudo que aconteceu no hotel do pai.

Nailea: Mas você é muito boba, nem parece minha filha, você não vive, Anahí, você conta os dias, como os presidiários, é isso que você faz, você esperava o quê do seu pai? Sempre foi assim, sempre trocou, o vinho pela cerveja, o almoço requintado pelo sanduíche de botequim da esquina, os bons amigos pelos bajuladores, evidente, é claro, que ele iria trocar uma velha por uma nova (rindo).

Anny: Ai mãe, pelo amor de Deus, não apela também, né? (emburrada).

Nailea: Ah, que não apela, é verdade, as garçonetes (rindo).

Anny: As arrumadeiras do hotel, a vizinha bunduda de Monterrey.

Nailea: A vizinha bonduda de Monterrey que eu não me conformo, que até lavadeira foi um dia que eu sei muito bem, aí, o marido dela, ganhou um dinheiro, de onde que ele ganhou esse dinheiro e ela se tornou minha vizinha (Anny espirra e começa a tossir). Ah, para de espirrar, para de espirrar, Anny, para, para, que vai empestinhar de bactéria, para de espirrar.

Anny: Ah mãe, também eu já sei esse repertório todo de cor, também, para mim, pouco importa, só não quero que ele... (pensa antes de falar) se envolva com uma... (pensa) concorrente, sabe? Uma inimiga minha, uma mulher que me segue, que me fez até cair na passarela, sabe o que ela deve fazer? Com certeza, ela deve falar, para todo mundo, mal de mim, para que ninguém me contrate, me convide para desfilar, é (com os braços cruzados).

Nailea: Anahí, você pensa pequeno.

Anny: Mas não é o que eu penso, é o que eu sinto que me interessa, você não acredita, sabe? Assim que eu me encontrei com ela em Cancún, eu pensei, eu JURO que eu pensei, que ela fosse... (pensou no que iria dizer) atacar o Sebas, meu namorado, assim que conhecesse, só para me afrontar, aí, o que ela fez? Mais do que isso, ela atacou o MEU pai (emburrada e ainda com os braços cruzados).

Nailea: Mas é melhor seu pai, boba que, com seu pai, você não vai casar, você prefere que ela ataque o seu namorado? Que pode te dar carinho, amor, filhos, que pode te fazer FELIZ do que seu pai? Que pode te dar, no máximo, o quê? Uma mesada? Ah, onde você aprendeu a ser esperta? Mas, AH, que isso tem um nome, pera, não, isso é... (não lembra o nome) tem um nome, isso é um complexo sério, voê tem que falar com seu analista, um complexo sério e perigoso (tentar lembrar o nome), como é que é o nome? Você sabe, Anahí, você sabe, Anahí, vai, fala aí, tem um nome, é... (pensou) o contrário do complexo de Édipo, quando a filha se apaixona pelo pai...

Anny: AI mãe, que bobagem isso, mãe, cala a boca, pelo amor de Deus (suspira).

Nailea: Cala a boca é? Eu sei do que estou falando, você é uma TONTA em acreditar no seu pai, tá? E acreditar nos homens de maneira geral, eles enganam, enganam sempre, principalmente quando vem com aqueles olhos carentes, olham para você e dizem: "meu amor, para ser sincero...", para ser sincero? Aí que não são nunca e, se juram, pior ainda (também cruza os braços).

Anny: Você me irrita mais do que meu pai, é, por isso que eu vou embora dessa casa, eu vou trocar essa casa por qualquer cantinho, qualquer quartinho de hotel (choraminga).

Nailea: É, vai, tá esperando o quê? Vai, oh, mais avisa antes, hein? Liga antes porque, essa hora, deixa eu ver, ele pode estar nos braços de alguma camareira e, ninguém me tira da cabeça, que ele já passou todas elas na cara (abre o closet do quarto dela e vê que não tem nada do ex-marido lá). Levou tudo, que miserável, bandido, levou tudo para nunca mais voltar, mas ele me paga (as duas ficam com lágrimas nos olhos e a May chega com o buquê).

May: Anny, olha só que o papai mandou para você, reconheci pela letra, que linda (ri e Anny levanta da cama rindo).

Nailea: Ah, as famosas flores do seu pai já chegaram, ele sempre manda quando faz alguma besteira, tenho um milhão de cartões dele pedindo desculpas (suas filhas não ligam e saem). Muitos até com texto repetido (com os olhos cheios de lágrimas sussurrando).

No quarto de Anny...

Anny lê o cartão.

Filha querida, 

Me perdoe, não há nada que me deixe mais triste do que entristecer você, te amo, te amo, te amo, um beijo do seu velho pai.

Anny suspira.

May: E aí?

Anny: Ai, olha, com essas flores, um cartão desses, quem é que não perdoa? 

May: É (se abraçam e Anny ri e suspira). Deixa eu ver o cartão (pega).

(abraço entre irmãs)

No hospital...

Bia chega com café para Ninel.

Bia: Aqui oh, toma esse café (dá o café para Ninel).

Ninel: Obrigada (começa a tomar).

Bia: Não adianta você ficar aqui, Ninel, deixa a enfermeira, ela está mais acostumada e a gente vai para casa descansar.

Ninel: Quero que ela me veja aqui quando acordar, Bia, para ela se sentir mais... (pensa no que vai falar) protegida, mais amparada, entende?

Bia: Eu sei, achei legal, mas tem que pensar em você também, você deve estar cansada, Ninel, trabalhou ontem, chegou hoje.

Ninel: Deixa eu ficar, Bia, vai você que está desde cedo.

Bia: Eu tenho plantão amanhã.

Ninel: Então vai, vai, fico aqui, durmo um pouco, descanso, logo cedo eu vou para casa, agora só tenho umas fotos para fazer, o desfile, eu peço para o Lisandre desmarcar, vai cuidar de você, vai e, obrigada, por tudo, sempre, o que seria de você, hein? 

Bia: A gente é unha e carne como diziam da gente na escola (ri).

Ninel: Você, cada vez, mais unha e menos carne, né? (faz cosquinha nela) Aqui, magrela, Olivia Palito (Bia ri).

Bia: (suspira) Tá bom, pod ficar, mas, qualquer coisa que você precisar, você chama a enfermeira, viu? Ela está aqui a noite toda.

Enfermeira: É só chamar.

Ninel: Tá bom, obrigada (fala com Bia). Eu estou bem (Bia beija a cabeça dela e sai).

Flashback

Ninel e Karla eram pequenas e Karla estava se afogando.

Paty: Ninel! Ninel! Vai chamar alguém para chamar a sua irmã! A sua irmã! Meu Deus! Ah meu Deus (um homem salvou ela).

Ninel: Karlinha.

Paty: Minha filha, ai.

Já no quarto, Ninel fazia carinho nela.

Paty: (fala com Roberto) Vai lá.

Roberto: Vem dormir, filha, amanhã tem escola (fala com Ninel).

Ninel: Não pai, melhor ficar aqui.

Roberto: Ela já está boa, amanhã ela já está brincando e pulando, vem deitar, está na hora de descansar (Ninel nega com a cabeça).

Paty: Vamos embora, então (os pais saem e Ninel deita com a irmã).

fim do Flashback

Karla acorda.

Karla: Ninel, Ninel (Ninel deita com sua irmã, beijando sua cabeça).

Ninel: Está tudo bem, descansa, eu estou aqui, tá? Perto de você.