Fanfic: Un poco de tu amor, para poder vivir (adaptada) | Tema: Rebelde

Na Agência de Modelos...

Lisardo estava conversando com Anny.

Lisardo: Você participou muito bem sim, você tem futuro, agora, só se dedicar, né? Não ficar nessa numa hora querer desfilar e outra hora querer ser atriz.

Anny: Ai Lisardo, mas olha, todo mundo faz, a Fernanda Lima que é brasileira por exemplo, ela desfila, apresenta programa, é atriz, faz tudo.

Lisardo: Meu amor, cada caso é um caso, a Fernanda não está começando, ela já é consagrada, a Gisele Bündchen por exemplo, a Gisele fez filmes, você viu, mas ela pode fazer qualquer coisa, ela já ralou muito.

Anny: Ai, eu ainda chego lá, você vai ver.

Lisardo: Vai Anahí (é abraçado por ela, também recebe um beijo na bochecha pela mesma, percebe que Ninel chega e vai até onde ela está). Ei (Ninel abraça ele e Anny vai até as meninas).

Anny: Meninas, alguém sabe que horas começa o desfile amanhã?

Colega 1: Às 9:00h, ah e tem coquetel antes.

Colega 2: E festinha depois, hein?

Colega 1: O mesmo de sempre.

Anny: Vem cá, vocês sabem que o Sebas está ficando cansado dessa vida, né? Está começando a implicar.

Colega 3: Pois é, namorado não gosta muito mesmo, né? Acho que rola muito assédio.

Colega 2: Ah, mas só acontece alguma coisa se a gente quiser, né gata?

Anny: Não é? (ri)

Com Ninel e Lisardo...

Lisardo: Mas você está pensando em desistir para sempre? De vez?

Ninel: Não, não, ah Lisardo, eu não sei, não sei, eu tenho pensado, eu preciso agora, pelo menos, dá um tempo, estou com um problema de família, entende?

Lisardo: Sua irmã.

Ninel: Ah, aprontou de novo, está no hospital e eu tenho que ficar perto dela, eu preciso ajudar, fazer alguma coisa, eu fico sem cabeça para pensar em trabalho, desfile, viajar então, nem pensar.

Lisardo: Ah, é uma pena, viu? Está pintando um contrato bom para um desfile em Barcelona, estão querendo você.

Ninel: Impossível, impossível, leva a Anahí, dá essa chance para ela.

Lisardo: Quem não tem cão...

Ninel: Pare, pare que não é assim não, eu acho ela boa, é boa, esforçada, ela gosta, ela pode abrir e fechar esse desfile, em Cancún funcionou (Lisardo ri), não, tudo bem, teve um tombo que não estava programado, mas isso pode acontecer com qualquer uma, inclusive comigo, sabia? 

Lisardo: Então você está pensando em viver de quê? Já está rica, é?

Ninel: Rica, que nada, só tenho conta para pagar, quero continuar fotografando, acabei de chegar de uma sessão com o Eduardo (fotógrafo) recente, trabalho que não me tire da Cidade do México, dá pra eu fazer, não tem menor problema, eu quero... (pensa no que vai falar) voltar a fazer as minhas fotos, lembra que eu te falei, que eu quero publicar um livro, só com fotos de gente, gente de verdade? (Lisardo afirma com a cabeça e ela suspira) Agora vou ter que ir embora, buscar minha irmã no hospital (beija a bochecha dele).

Lisardo: Tá bom, vai me dando notícias, tá?

Ninel: Mas eu te prometo uma coisa: eu fico te devendo... (pensa) um desfile, nem que seja o último da minha despedida.

Lisardo: Ah, pelo amor de Deus, Ninel, não me fale em despedida, não que isso é até pecado (ela abraça ele de novo e ele fala com todas). Gente, vamos trabalhar?

Ninel: Tchau meninas, bom trabalho (ela vê Anny dando tchau, mas sem falar nada e com a cara virada e fica triste).

No hospital...

Poncho avista Ninel.

Poncho: Desfilando, meu bem? (ela se vira e não reconhece ele)

Ninel: Está falando comigo?

Poncho: Você está toda maquiada, linda, assim você vai matar de infarto alguns pacientes mais sensíveis, hein?

Ninel: Ah, não, é que eu acabei de chegar de uma sessão de fotos, eu nem tive tempo... 

Poncho: Eu te vi em Cancún na semana passada, uma deusa desfilando, olha (interrompe ela).

Ninel: Olha cara, gozação essa hora, não dá, né? Tchau, prazer.

Poncho: Prazer, vem cá, não quer conhecer a cantina, não? (ela olha séria para ele e sai, ele fica todo bobão que nem percebe que Derrick chega e eles se batem derrubando tudo) Quê que é isso? Oh Derrick, olha aí que você fez, cara.

Derrick: Eu fiz? Você fica andando para trás, que pressa é essa? O auditório ainda não abriu, tem tempo ainda.

Poncho: Pois é, ainda quero dar uma olhada nas anotações, umas coisas aqui.

Derrick: Agora? No dia da prova? Isso é previlégio gênio.

Poncho: Mas eu estudei dessa vez, Derrick.

Derrick: Poncho, fala sério.

Poncho: Eu estou falando sério, eu estudei, eu só preciso tirar uns dados sobre tumor no sitema nervoso central, parece nome de filme, não é? Bonito isso.

Derrick: Você acha bonito?

Poncho: Eu acho bonito, tumor no sistema nervoso central (ri e muda de assunto). Mas você tem razão, vai, nada de pressa.

Derrick: Onde você andou? Eu te procurei (muda de assunto também).

Poncho: Eu estava em Cancún, cara, gandaia geral, né? Aquela coisa, chopp o tempo todo, vamos, vamos tomar um café que eu explico.

Derrick: Vamos.

No quarto de hospital...

Ninel: Isso aqui é para você sair decentemente (mostra para ela a roupa) eu comprei umas coisas, mas estão em casa, a enfermeira vai te ajudar e, daqui há uma hora, eu volto para pagar o hospital e levar você comigo.

Kah: Levar para onde? 

Ninel: Para onde você acha? Você tem alguma casa? Algum endereço? Mora... (pensa no que falar) em algum lugar? Para minha casa, claro e lá a gente conversa melhor, tá bom? Neusa (enfermeira), você cuida dela?

Neusa: Pode deixar, comigo ela fica numa boa, né Karlinha? Somos amigas agora, vou preparar seu banho.

Ucker chegar.

Ucker: Ninel.

Ninel: Oi Ucker.

Ucker: Kah, o seu exame está normal, você está segurando bem, mas nada de gracinha que ainda pode complicar, você quer ver? (mostra o exame para ela)

Kah: Não (ríspida).

Ucker: Tudo bem, mas leva para casa (Ninel pega e entrega para a irmã). Agora, presta atenção, (fala com Ninel) você também Ninel, que é para ficar em cima, Kah, repouso absoluto durante 1 semana, mas é repouso mesmo, inclusive, sem relações sexuais, eu quero que você comece um pré-natal com uma obstetra, procure se alimentar de 3 em 3 horas, aí tem uma receita que eu preparei, são só algumas vitaminas, só isso, ah e outra coisa importante, NADA de álcool e nada de cigarro e eu estou falando qualquer tipo de cigarro, Kah, nem um tapinha nem bem pequenininho, não pode (repara que ela está rindo) e não é para rir, eu estou falando sério, outras coisas eu não vou nem falar.

Kah: Engraçado você, acha mesmo que eu vou fazer tudo isso?! Pirou?! (revoltada)

Ucker: Kah, eu faço minha parte, você faz a sua, só depende de você (fala com Ninel). Ninel, você está saindo?

Ninel: Eu estou, eu estou, mas eu tomo um cafezinho, se você me convidar (fala com Kah). Kah, eu já volto e fica pronta para a gente não se atrasar.

Kah: Atrasar para ir para onde?! Eu posso saber?! (grossa)

Ninel: Fica pronta, tá?! (fala com Ucker) Vamos, Ucker.

Ucker: Tchau, Kah (eles saem e ela abre o envelope para ver o bebê, mas como faz a pose de que não está nem aí, se assusta quando Neusa a chama, pois não quer demonstrar emoção).

Neusa: Vamos, Kah, pode tirar a camisola (Kah guarda rápido o exame).

Na cantina do hospital...

Derrick e Poncho estavam sentados conversando.

Derrick: Até hoje não entendo sua opção para cirúrgia, isso é para quem tem vocação, disposição, é dureza, viu? Você sabe qual foi a última vez que eu fui a praia?

Poncho: Quando?

Derrick: Quando eu ainda pegava jacaré com um cara lá no prédio, lá na Condesa (bairro da Cidade do México).

Poncho: Ah Derrick, eu não abro mão da minha vida e eu cheguei ao quinto e último ano de residência, cheguei ou não cheguei? Cheguei, está certo, talvez eu viva dando vacilos, eu tomo bomba nas provas, mas eu me garanto.

Derrick: É, mas eu não iria deixar um sujeito que estudou menos de 8h por dia, operar a cabeça da minha mãe.

Poncho: Derrick, meu querido, com todo o respeito, a sua mãe dá um caldo? Assim, inteirona? Porque, se for meu amigo, a cabeça é o que menos importa (ri e vê que Ninel chega). Já percebi que você está me seguindo, né? Está atrás de mim, querendo... (pensou no que vai falar) começar uma relação, iniciar uma relação, uma conversa, é isso? Acertei? (Ninel ri da cara dele e senta afastada)

Derrick: Já deu, né? (sussurra)

Poncho: Pois é, mais uma praga, vive atrás de mim (ri brincando).

Derrick: Está com a irmã aí, grávida, ferrada.

Com Belinda e Bia...

Bia e Belinda estavam no mesmo lugar, só que em outra mesa.

Bia: Sempre achei que vocês estavam bem, vocês têm um filhinho pequeno, né?

Belinda: É, eu sei, mas a gente não está mal, mal assim, de não poder olhar um para a cara do outro.

Bia: Sei como é isso.

Belinda: Mas também não estamos bem, não é? Filho ajudo e atrapalhou, como sempre acontece fica aquele gás na relação, sabe? Mas, depois, afastando a gente e eu tive que contratar uma babá, eu trabalho aqui a noite toda dando plantão, ele tem outro tipo de trabalho, ele acorda cedo, vai para a cidade, só volta para o jantar de noite e, aí, quando ele volta, ele reclama, reclama que o menino fica na mão da babá que eu não cuido, mas o que é que eu vou fazer, Bia? Eu vou parar de trabalhar para virar MÃE?! Só MÃE?! Não dá, nossa, eu já estou por aqui e ele também, a gente já nem disfarça mais.

Bia: Médica tem que casar é com médico que, essa nossa vida, é de maluco, só a gente que entende, o Dylan está com quantos anos?

Belinda: 7.

Bia: Então, ele é pequeninho, não é? 

Belinda: É (olha o relógio) Deixa eu ir embora, tenho trabalho esperando.

Bia: Não, pode deixar, pode deixar, depois eu penduro aqui e a gente acerta (fala em relação da conta da cantina).

Belinda: Ah, ainda tem o problema do apartamento, o proprietário quer vender e a gente não tem dinheiro para comprar, estão pedindo para a gente sair, está estressando muito a gente (ri), chega de drama, né? Depois a gente se vê, beijo (sai).

Na mesa ao lado...

Ninel: Não tem jeito, não tem jeito, eu vou ter que levar ela para Cancún e hoje ainda, é o tempo de sair daqui para casa, arrumar a mala e partir, eu não posso segurar isso sozinha, né Ucker? Meus pais precisam saber.

Ucker: Ninel, eu concordo com você, mas são 3h sacolejando na estrada, eu não acho que ela deva fazer essa viagem, pelo menos hoje.

Ninel: Não, já pensei nisso, vou alugar um helicóptero, não custa os olhos da cara não, dá para aguentar, também eu não tenho outra saída, certo? (Bia chega)

Bia: Oi amor (beija Ucker e ficam conversando).

(Beijo entre Bia e Ucker)

Na Casa de Kah, Bia e Ninel...

Kah: Para onde você está querendo me levar?! Eu posso saber?! (raivosa)

Ninel: Para o único lugar onde você pode ir, PODE E DEVE! PARA CANCÚN! Para casa da mamãe! (autoritária)

Kah: Quem disse que eu quero ir para lá?! (não gostando nada)

Ninel: Você não tem escolha!

Kah: Tenho sim, eu não preciso fazer o que você manda! Eu sou maior de idade! (com raiva)

Ninel: Olhe aqui! Você procurou a Bia no hospital porque não teve opção! Porque não teve quem te ajudasse aí fora e correu para lá! Você está com medo, Kah, eu posso ver nos seus olhos, você precisa de ajuda, de carinho, de amor, aqui você não pode ficar, senão o bandido do seu namorado vai acabar aparecendo e te levando, põe uma coisa nessa sua cabeça: você tem que fugir e o único lugar seguro é Cancún, é a casa da mamãe! (preocupada)

Kah: Não quero ir! (fazendo birra)

Ninel: Mas vai! (chateada)

Kah: Não posso viajar de carro até Cancún.

Ninel: Nós não vamos de carro, vamos voando, deixa eu te ajudar Kah, não há muito mais gente que se dispõe a fazer isso por você, eu vou tomar um banho e a gente já sai (Kah afirma com a cabeça e Ninel faz carinho nela, então Kah puxa a irmã).

Kah: A mamãe não precisa saber.

Ninel: A mamãe aguenta qualquer coisa, pelo menos, é o que ela diz (é puxada de novo).

Kah: Como é que você vai contar para ela? (desesperada)

Ninel: Eu? Você, quem vai contar para ela... (pensou) é você, você não é maior de idade? Então, 10min nós saímos (vai tomar banho).