Fanfic: Un poco de tu amor, para poder vivir (adaptada) | Tema: Rebelde

No estúdio de Gabi...

Gabi e Nailea estavam olhando as fotos que a Gabi tira.

Nailea: Mas é incrível, Gabi! Olha, até as mais velhas, olha, olha só, como elas são bonitas, sensuais.

Gabi: É, mas a ideia é essa.

Nailea: Você sabe que você me falava desse seu trabalho e eu... (pensa) não conseguia ver, claramente, do que se tratava, de como era feito, mas eu estou admirada.

Gabi: Então, já deve estar chegando uma aí, que me ligou, perguntou o preço e depois ligar para marcar e desmarcar várias vezes, agora resolveu encarar, não deve ser fácil, né? Ao mesmo tempo que elas querem muito pousar nessa idade, também, por causa da idade, elas não querem se expôr, né? Aí eu entendo porque é uma gordurinha, uma celulite, é uma estria, ai Nailea, a gente vai... (pensou) vai vivendo, vai envelhecendo e vai morrendo (Nailea se benzeu).

Nailea: Pelo amor de Deus, envelhecendo e morrendo, não Gabi, envelhecendo e vivendo, é isso.

Gabi: Ah Nailea, você entendeu o que eu quero dizer, olha, eu trabalho com uma equipe pequena, 2 moças que trabalham como se fossem cegas, elas olham cada cliente como se fosse assim... (pensa no que falar) Agatha Moreira, lindas e jovens (continuam vendo as fotos).

Nailea: Ai, gostei dessa, olha só, volta para a outra foto, a outra foto, isso, essa... (pensou no que falar) senhora, quantos anos tem?

(Augusta, nome qualquer, não irá participar da história, mas para ilustrar a foto que Nailea viu)

Gabi: Espera aí, deixa eu ver aqui, Augusta, quantos anos: 72 anos.

Nailea: 72?! (surpresa)

Gabi: É.

Nailea: Mas não parece! Não parece! Olha, mas parece bem menos.

Gabi: Não minha querida, aqui a gente faz tudo, maquiagem, cabelo, adereços, deixamos elas LINDAS (ri).

Nailea: Reparei uma coisa: olha aqui, olha só essa pose (imita a pose), olha só como rejuvenece.

Gabi: Ai Nailea, estou adorando essa sua nova fase sua, vou te fotografar, hein? (ri)

Nailea: Não, não é isso, o que eu quero dizer que nós não podemos esquecer, dessas poses quando nós estivermos 72, está entendendo (Manola entra).

Manola: Com licença, dona Gabi, a freguesa acabou de chegar.

Gabi: Manola, quantas vezes já falei para você que não é freguesa, é cliente, Manola, freguesa é de QUITANDA, de açougue, de FEIRA, nós aqui temos clientes, tá, vai.

Manola: Cliente (repete).

Gabi: Isso, vai minha linda, clientes, então vai lá, leva a cliente para cá e, se você esquecer isso mais uma vez, de falar cliente, eu te demito.

Manola: Pode deixar, dona Gabi, não vou mais esquecer.

Gabi: Vai, vai.

Manola: Com licença (sai).

Gabi: (fala com Nailea) Vamos lá, eu vou te apresentar como sócia, essa que está aí é Eliane, dona Eliane tem 68 anos, tá?

Nailea: 68? 

Gabi: Uhum (Eliane chega lá). Como vai, dona Eliane?

Eliane: Tudo bem, querida.

Gabi: Que bom que não tenha desistido dessa vez, hein?

Eliane: Mas olha, já dei umas 10 voltas na quadra, em dúvida se devia ou não entrar, eu estou com as mãos geladas, mas criei coragem (Gabi ri).

Gabi: Ah, fez muito bem, a senhora vai ver o trabalho BONITO que a gente faz aqui, essa aqui, é Nailea, minha sócia.

Nailea: Muito prazer (aperta a mão dela).

Gabi: Fique tranquila que isso aqui é um TÚMULO, mas não no sentido da palavra propriamente dita, mas é um lugar tranquilo, reservado, com as moças muito discretas, a sra. vai ficar feliz aqui (fala com as meninas). Meninas, vocês cuidam um pouquinho aqui da dona Eliane? Eu já volto, só um instante.

Nailea: Mas GABI, como pode ser esse seu trabalho?

Gabi: Nailea, eu te convidei várias vezes.

Nailea: Lamento, me consumi o tempo todo, agora, sou uma mulher divorciada, eu estou começando a viver, quanta coisa que eu nunca vi, nunca soube, nunca experimentei.

Gabi: Não vai desvendar agora, né?

Na pousada Conde...

Paty: Pronto, seu pai foi embora, só estamos nós aqui e agora?! O que vamos fazer diante desse problema?! (nervosa)

Kah: Pergunta para mim?! Eu nem sei por que estou aqui! (grossa)

Ninel: Uma razão muito simples: Você não tem mais para onde ir, aqui é sua última parada, seu ponto final, só isso (ríspida).

Kah: Foram vocês que me disseram para eu viver na Cidade do México (culpando a família).

Ninel: Viver! Viver na Cidade do México! Não morrer na Cidade do México! (irritada).

Paty: Foi lá para estudar, Kah, seu lugar é aqui.

Kah: Por que?! Por que sou obrigada a viver e morrer em lugar que eu nasci?! Eu odeio isso aqui! Aí tem mais, eu sou maior (se achando grande coisa).

Ninel: Você é menor, menor em tudo, tudo em você tem sido pequeno, seus sonhos, seus projetos, tudo e vai continuar assim, enquanto você se envolver com vigaristas, vagabundos e ladrões.

Kah: Você não sabe de nada, está chutando.

Paty: Quem é o pai dessa criança?

Ninel: Ah, boa pergunta (se direciona para a irmã). Como é o nome dele, Karla? Daquele marginal?

Kah: Não te interessa! E ele não é isso que você está falando, não! (com raiva)

Ninel: Ah não? (sarcástica)

Kah: Não! (raivosa)

Ninel: Quer saber? Sumiu dinheiro da minha bolsa lá em casa e sumiu também um colar e um anel.

Paty: Meu Deus do céu (preocupada).

Kah: Mentira! Eu nunca roubei ninguém! (brava)

Ninel: Foi ele, o seu namorado que esteve lá em casa com você, enquanto eu estive viajando e a Bia estava no hospital (se direciona a mãe). Quando eu voltei, no dia seguinte, eu dei pela falta das joias e do dinheiro (se direciona para a irmã). Quem foi, hein?!

Kah: E eu que sei? (com cinismo)

Ninel: Foi ele! Foi você! Foram os dois! (acusando mesmo)

Kah: É mentirosa!

Ninel: Olha mãe, a minha responsabilidade acaba aqui, mais do que eu fiz, não dá para fazer, eu tenho que trabalhar, eu não posso ficar de babá de ninguém (se direciona a irmã). A chave da minha casa que, um dia você pegou e nunca mais devolveu, pode ficar, tá? Eu já mandei trocar a fechadura.

Kah: Pouco me lixando para o seu belo apartamento (com desdém).

Ninel: Ótimo, melhor ainda, mas já está avisada e outro aviso: se voltar para a Cidade do México vai ficar na rua, olha Kah, se você for esperta, se você for um porquinho, assim, esperta, fica aqui, tem casa, comida e roupa lavada e, quando seu filho nascer, cuida dele.

Kah: Faz-me rir (rindo sarcasticamente).

Paty: Respeita sua irmã, Karla!

Kah: E ela me respeita por acaso?!

Ninel: E tem mais! Presta atenção! (se direciona a mãe) A senhora também, mãe (se direciona a irmã). Lembra do que o médico falou, né?! Repouso por uma semana, repouso mesmo! Inclusive sem sexo, se alimentar direito, não carregar peso (fala com a mãe de novo). Ela vai precisar de uma ginecologista.

Paty: Ela pode ir na minha, a dra. Fabiana, conhece ela desde que ela nasceu.

Ninel: Ótimo (se direciona a sua irmã). Está ouvindo, né Karla?!

Kah: Claro que não, não tenho nada para ouvir (cínica).

Ninel: E sem álcool e sem cigarro também, hein? (sem ligar para o que sua irmã falou).

Kah: Você é muito ridícula.

Ninel: Nenhum tipo de cigarro, está ouvindo? Nem um tapinha, tá? (se direciona a mãe) Está aqui, mãe, a receita e a vitamina, ela tem que tomar uma capsula por dia, eu comprei para um mês, quando acabar a senhora compra mais, tá? (entrega a receita e a vitamina para ela)

Paty: Pode deixar.

Kah: Pirou é? Acha mesmo que eu vou fazer tudo isso?!

Ninel: A vida é sua minha irmã e do seu filho também, enquanto ele estiver aí dentro de você.

Paty: Você vai voltar hoje para a Cidade do México? (muda de assunto)

Ninel: Não, eu vou... (pensou no que falar) ficar até amanhã, eu vou dar uma andanda por aí, de noite eu vou sair para jantar com um amigo... (pensa no que vai falar) aqui na cidade (se direciona para a irmã). Eu não tenho nada mais para lhe dizer, Kah, a bola agora tá com a mãe e o pai, se você quiser desaparecer, não sou eu que vou te procurar, se alguma coisa acontecer com você também não sou eu que vou me preocupar e, se você se enfiar em um açougueiro e tirar essa criança que está dentro de você, aguente sozinha as consequências.

Kah: Não preciso de você para nada!

Paty: Cala a boca, Karla!

Ninel: Você não sabe o que é tirar uma vida de dentro de você, não sabe e não queira saber, nunca.

Kah: Por que? Por acaso você sabe? (Ninel ficou calada e saiu)

Paty: (se direciona a Kah) Eu nunca pensei que uma coisa dessas estava acontecendo com você.

Kah: Tudo mentira dela, mãe!

Paty: Eu sei que não é! Coração de mãe não se engana, Karla, eu sabia que você aprontava lá na Cidade do México, desaparecia, bebia um pouco, né? Leva problemas para sua irmã! Mas eu nunca pensei que chegasse nesse ponto! Metida com vagabundo! Drogado! (suspira) Grávida de não sei quem (chateda).

Kah: Você vai acreditar em tudo que ela fala, não é?!

Paty: Não sei como é que eu vou fazer, mas seu pai não pode saber de NADA disso, seria MORTE para ele.