Fanfic: Un poco de tu amor, para poder vivir (adaptada) | Tema: Rebelde

Na casa Herrera...

Carlo: Essas festas, onde a gente come, bebe, vai dormir tarde, tinha que ser aos sábados ou, na pior das hipóteses, nas sextas-feiras, eu estou moído, morrendo de sono (lendo o jornal).

Poncho: Para mim não faz diferença, né pai? Porque, seja sexta, sábado, domingo, eu tenho que sempre está no hospital para fazer plantão, etc, etc, etc (o pai vê Xx chegando).

Carlo: Oh Xx, vê se a Dona Gabi vai descer para tomar café, eu não posso ficar esperando (Poncho começa a comer).

Xx: Tá, sim, senhor (ela sai).

Poncho: Olha aqui, você quer ir comigo não pode esperar a mamãe não, já vou em 10min, viu?

Carlo: Tá, eu vou... (deixa o jornal de lado) garantir meu café, os jornais já estão vendo um grande desastre econômico mundial por causa dessa crise americana, aquela prima da Tiare...

Poncho: Maria Fernanda (interrompe o pai).

Carlo: Essa, essa, estava na festa ontem, dando aulas de economia e os homens lá em volta dela, ouvindo como se ouvissem a própria voz de Deus, que bobagem e ela não sabe de nada, ninguém sabe de nada, escuta o que eu te digo, essa crise e outras coisas que estão acontecendo que a gente lê no jornal, são todas coisas fabricadas, sabe por quem? (ri)

Poncho: Por quem? (ri também)

(finjam que não existe microfone nessa imagem)

Carlo: Pelos americanos, eles inventam as crises, depois aparecem com a solução, são os salvadores do mundo (pega a xícara).

Poncho: Pode ser, pode ser, estou indo, hein? Vem comigo? (levanta e dá de cara com o Sebas e a mãe chega).

Gabi: Pelo jeito, ninguém esperou, hein? (o marido bebe o café).

Sebas: Você não cansa de se fazer de cachorrinho manco para a Anny ter pena de você? (fala com o Poncho).

Poncho: Pena ela tem de você, se mata de trabalhar, troca a garota por uma pizza e não tem dinheiro para encarar esse casamento que, pelo jeito, não vai acontecer (Sebas arrasta a cadeira).

Sebas: Olha aqui, seu idiota (ele avança no irmão, mas é segurado pelo pai).

Poncho: Eu aposto quanto você quiser que esse casamento não acontece, daqui a pouco ela desiste de você (a mãe afasta ele do irmão).

Gabi: Cala a boca! Não fala isso, Alfonso! (brava)

Sebas: Olha aqui, você deveria cuidar da sua garota, viu?! Que vai ser sua primeira e única paciente! (irado)

Poncho: Você vai PERDER é para o primeiro homem que aparecer! E eu disse homem, né? Com H maiúsculo (o irmão corre até ele).

Gabi: Não! (os dois começam a brigar)

Carlo: Sebastian! (Sebas pega Poncho pelo pescoço)

Poncho: Me larga! Sebastian! Me larga, pow!

No Escritório de Juan...

Juan: Estou assinando sem ler, hein? Contra meus princípios (assina).

Lipe: É, cuida da tua vida pessoal que da comercial cuido eu e, olha, sua vida financeira não está um mar de rosas não, viu?

Juan: Estou sabendo.

Lipe: Mais essa procuração aqui, você não podia ter deixado esse processo da receita federal correr solto assim, sem nenhuma providência (dá o documento pra ele).

Juan: Mas você que cuida disso.

Lipe: Você tem que assinar os papéis, me autorizar.

Juan: Aham.

Lipe: E aí foi empurrando com a barriga, deixando para depois, olha Juan, comece a vender o iate.

Juan: Vamos ver.

Lipe: Como "vou ver"? Estava tudo certo, já tinha até um comprador.

Juan: Mudei de ideia (Lipe suspira).

Lipe: Se as coisas continuarem assim, vai ter que se desfazer de alguns bens para não comprometer a empresa, hein?

Juan: Estou sabendo, o que mais, hein?

Lipe: A casa, a Nailea já falou comigo ontem na festa, hoje até já me ligou, ela quer sair da casa, quer ir para um apartamento, tem um que ela já viu, olha, meu conselho é que você venda aquela casa que, aliás, ela até chama de elefante branco e aí, com isso, você vai fazer um bom dinheiro, dá a parte dela e pronto.

Juan: Você está me depenando.

Lipe: Vai ter que fazer caixa, meu amigo, mais cedo ou mais tarde.

Juan: Que seja mais tarde então, vá em frente.

Lipe: Acabou, só isso.

Juan: Muito bem, deixa... (pensa) deixa eu pensar um pouco nessa história da casa, tá? Ela que se mude para um apartamento, eu deixo a casa fechada... (entrega os papéis para Lipe) até tomar uma decisão.