Fanfic: No Jardim Novamente - Adaptada | Tema: Romance
Quatros anos se passam. Joana agora é quase uma adulta. Muitas coisas mudaram desde o seu primeiro beijo com Lucius. O que realmente aconteceu naquela época foi estranho e inesperado, a jovem não imaginava que um simples homem fosse fisgar seu coração. Será o seu primeiro amor?
— Desculpe-me incomodar, Princesa Joana, mas você precisar tomar o café da manhã. — disse a empregada, deixando a bandeja ao lado da cama.
Joana olha de relance para a bandeja e sente enjoo com o que vê.
— Vá embora — ordenou a princesa, fazendo sinal de desdém —, antes que eu mude de ideia e arremesse a bandeja na sua cara.
— Senhorita, não torne as coisas mais difíceis. Coma. Tudo. Você tem uma rotina, precisa segui-la. Você é a futura rainha do reino Flonnet, a única filha e herdeira do rei Isac. No que vai dar se comportar dessa formar tão rebelde? Vai se opor contra suas obrigações? — disse confiante, tentando tomar controle da situação.
— Alimentar os desejos de meu pai e do reino não vai me tornar feliz. Desista. — a garota começava a chorar.
[...]
Duas semanas antes...
Era uma bela manhã de outono e sol brilhava forte lá fora, banhando o vasto e amplo campo florido. Inesperadamente uma leve brisa surge, e no meio daquelas flores via-se a miragem de uma silhueta feminina de aparência vistosa, e a cada passo os detalhes ficavam nítidos. O sol refletia o azul de seus fios que balançavam em harmonia com o vento, e entre suas pequenas mechas revelavam-se seus olhos de tonalidade escura. Seu tronco carregava um vestido azul de veludo e marfim, com um grande decote na frente.
De repente, a jovem que ali caminha, sentiu um olhar pairar sobre ela e, logo avistou um homem alto parado a poucos metros de distância dela. Entretanto, uma dúvida rodeou por sua cabeça: quem ele era? Eu o conhecia? A garota não conseguiu vê-lo direito, mas a imagem que via era como de um anjo, o branco de suas vestes tornava-o brilhante com a luz do sol.
— Vossa alteza... O que faz aqui sozinha nesse vasto e solitário jardim? — indagou o homem.
— Você sabe quem eu sou? — a jovem pergunta retoricamente.
— Não acredito que se esqueceu de mim... — respondeu.
Outrora se conhecessem muito bem, ele não conseguiu assimilar direito o que estava acontecendo naquele instante, questionou várias vezes pra si mesmo se era possível apagar de vez todas as memorias de quando eles eram crianças. O homem se aproxima e mais uma vez pergunta:
— Você se lembra de mim? Sou eu, Lucius Schloevogt. Conversávamos bastante na biblioteca. Lembro que seu pai me deu permissão de frequentar aquele lugar, foi assim que nos conhecemos, se lembra? — indagou o homem.
— Oh, você é aquele garoto idiota que me deu um sermão na biblioteca, só por que eu não sabia ler? Lembrei de tudo agora, mas eu não esperava vê-lo novamente, em Flonnet. E você está todo diferente agora... não consigo entender o motivo de seu sumiço naquela época, só aconteceu. Meu pai disse que vocês tiraram umas férias.
Eles começaram a rir juntos. O clima entre os dois estava o mais agradável possível, até uma voz surgir atrás, chamando a atenção da princesa.
— Princesa Joana. Até que enfim te encontrei! — diz o soldado. — E quem é este homem? — questionou.
— Ei, Luc, tem como você me tirar dessa? Por favor. — ela pergunta sussurrando, quase implorando.
O soldado manteve-se a poucos metros de distância dos dois e tomou muito cuidado para não olhá-la diretamente. “Mas que boas maneiras ele aprendeu no quartel hein?’’ Pensou, Lucius, tentando achar uma brecha para controlar a situação ao seu favor.
— Você deve ser o Eliot, estou certo? — Lucius articulou com uma risada. — É claro que é você, treinamos esgrima juntos!
— É claro que sou eu. Quem mais poderia ser? Eu sou muito foda. Ninguém pode ser como eu. — Eliot confirmou, abrindo um sorriso bem humorado.
Joana nunca havia se imaginado em situações constrangedora. Afinal, nunca teve de se preocupar com nada na vida, pois sempre foi tratada com maior cuidado. A conversa transcorreu perfeitamente bem, é como se os dois se conhecessem há muito tempo.
— Vocês... — Ela faz um barulho com a garganta. —, já terminaram?
— Princesa... é, perdão. Conversamos tanto que esquecemos de vossa presença. — o soldado se aproxima, ajoelhando aos pés da princesa.
— Eca. Levante-se, idiota. Não precisa me dar explicações, sei muito bem o que vi. — ela cruza os braços. — Está ficando tarde. Preciso voltar para casa e inventar uma desculpa por ter fugido do castelo.
— É claro, vossa alteza. Mas antes, não desejas se despedir dele? — indagou e Lucius riu.
— Qualquer coisa é só dizer que te forcei a vim para cá, princesinha. — Lucius constatou com ironia e acenou para ela.
— Vamos, Eliot. Eu sei que encontrarei esse idiota a qualquer dia, no jardim novamente.
Autor(a): Artoria
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