Fanfics Brasil - Gelo e Fogo New Legends

Fanfic: New Legends | Tema: Cavaleiros do Zodíaco


Capítulo: Gelo e Fogo

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          O público aplaudiu o Cavaleiro de Pégaso; aqueles que haviam apostado nele no começo da competição debochavam dos amigos que haviam colocado fichas nos outros cavaleiros. Betinho observou aquilo pasmo, mas conseguiu dirigir um aceno à multidão.


            Enquanto Cícero era levado pelos paramédicos, Betinho reparou levemente nos outros cavaleiros que o observavam da arena. Eram agora oito participantes concorrendo às armaduras de ouro. Todos olhavam para ele com um misto de respeito e apreensão, sabendo que o Cavaleiro de Pégaso havia acabado de mostrar seu potencial em combate e todos os outros estavam desafiados a superá-lo.


            Betinho encarou-os de volta, mesmo ciente da presença de Elias e de Thiago no meio do grupo. Todos eles precisavam que saber que ele havia chegado para vencer e não estava disposto a brincar no serviço.


- Depois dessa estrondosa luta entre Pégaso e Urso – ia dizendo Bore – que culminou na vitória do primeiro, chegamos ao final do primeiro dia de competições da Guerra Galáctica! Espero vocês logo mais à noite, quando iniciaremos as transmissões dos combates do UFC 198, comigo e com meus colegas Lobo e Rodrigo! E amanhã teremos o segundo dia de confrontos da nossa competição de Cavaleiros! Até mais pessoal!


 


 


            Ao invés de voltarem para a Mansão Kido, os cavaleiros permaneceram nas dependências do Coliseu, onde havia pequenos quartos individuais numa seção do estádio. Os cavaleiros tomaram banho e se recolheram para dormir. Thiago foi até Tatsumi, que descera para mostrar os quartos, e perguntou como estavam Jonathan e Cícero.


- Eles sofreram avarias relativamente leves para cavaleiros – disse Tatsumi. – Acredito que terão alta, no mais tardar, amanhã após as lutas. São fortes, embora tenham tido pouca sorte em suas lutas.


- Bom, com todo o respeito, senhor, o Cícero enfrentou meu irmão, e se tem alguém em quem eu admiro como guerreiro é o Betinho – declarou Thiago. – Seria perigoso tê-lo como adversário. Já o Jonathan subiu no ringue achando que já tinha ganhado o combate.


- Devo concordar com você – refletiu o diretor. – É melhor você dormir cedo, Cisne, pois se não me engano um dos combates de amanhã é o seu. Para todos os efeitos, porém, aja como se eu não tivesse lhe dito.


- Hm – fez Thiago. – Pode deixar, senhor.


 


 


            Os oito cavaleiros restantes levantaram cedo e foram tomar café; a maioria seguiu para o centro de treinamentos após a refeição, pois não sabiam quais deles iriam se enfrentar nas primeiras duas partidas das quartas de final, exceto Thiago que ouvira de Tatsumi que provavelmente um dos duelos era o dele. Somente Lauro e Betinho não foram treinar, pois Tatsumi avisara que ambos só iriam lutar de novo no dia seguinte, o que acabou dando aos dois um dia de folga. Lauro ficou observando o irmão, John, preparar-se para o eventual combate; Betinho, por sua vez, passeou pela interior do Coliseu, planejando retornar para a área comum na hora do almoço para depois seguir para a arena e assistir às lutas. Nem se dera ao trabalho de vestir a armadura; usava sua camiseta marrom e calça jeans.


            Ele acabou chegando à enfermaria. Hesitou à porta, pois sabia que ia encontrar Cícero ali, e não sabia se o primo já estava pronto para vê-lo depois da luta entre eles. Abriu a porta levemente, sem fazer barulho. Espreitou o interior e deslocou-se para dentro do recinto.


            A cama de Cícero era uma das primeiras. Ele estava com o tronco enfaixado devido à sequência de golpes de Betinho, mas, afora isso, estava com uma aparência ótima. Naquele momento ele dormia tranquilamente. Betinho contemplou-o por alguns instantes e então se virou para sair, quando uma voz disse:


- Não veio me visitar também, amigo?


            Ele se virou e deparou com Jonathan, numa cama do lado oposto da enfermaria, que o olhava com um sorriso amistoso.


- Ouvi dizer que você acabou com ele ontem. – Ele indicou Cícero com a cabeça, em voz baixa para não acordar o outro paciente. Jonathan usava apenas uma camisola de enfermo; nem parecia que havia sido derrotado tão duramente por Lauro de Unicórnio. Quase não havia ferimentos visíveis no Cavaleiro de Lionet. – Uma pena eu não ter visto. Puxa, queria ter vencido minha luta. Não sei o que deu em mim...


- Ah, o Thiago com certeza sabe – declarou Betinho. – Se ele não se cuidar, pode acabar vindo fazer companhia para vocês hoje.


- Ele vai lutar hoje? – perguntou Jonathan.


- Não sei. Os únicos que não lutarão hoje serão o Unicórnio e eu. Os demais estão esperando para ver Tatsumi divulgar os próximos confrontos. Estava dando uma volta por aí e pensei que o Cícero quisesse falar comigo.


- Ele estava acordado quando vieram dar o café da manhã, mas estava tão arrasado consigo mesmo que resolveu tirar um cochilo. – Jonathan bocejou. – Não se preocupe, ele está orgulhoso de ter te enfrentado. Queria vencer, mas está feliz com o fato de que um membro da família tenha avançado. Colocar vocês para lutar logo na primeira luta... Eu gostaria de tirar uns esclarecimentos com o Tatsumi sobre isso.


            Betinho riu baixinho.


- Poupe seu fôlego – ele advertiu o primo. – O que está feito está feito.


- Eu também estou feliz por você, cara – disse Jonathan, sorridente. – É muito bom que um membro da família esteja avançando na competição. Nossa torcida está com você. E com Thiago e Elias. Se eles forem lutar hoje, deseje sorte a eles por mim e pelo Cícero.


- Pode deixar, chefe – disse Betinho, saudando Jonathan com um gesto militar e saindo da enfermaria.


 


 


            Depois do almoço, Tatsumi estava de volta ao camarote VIP. Bore Sutto já estava posicionado com seu microfone. Lobo Teses e Rodrigo Santos estavam sentados perto de Tatsumi, e ao lado de Bore estavam dois novos comentaristas convidados.


- Boa tarde, amigos! – saudou Bore. – Tenho a honra de dar-lhes as boas vindas ao segundo dia de competições da Guerra Galáctica! E estou lisonjeado em anunciar nossos novos convidados para o torneio, os senhores Rob Shchenko e James Loob.


            Do lado esquerdo de Bore, estava o ucraniano Shchenko, conhecido por narrar a final da Eurocopa de 2012, jogada na Ucrânia. Era de estatura mediana, louro, gorducho, com um farto bigode, olhos verdes e um cabelo ondulado. Do lado direito, estava o inglês Loob, comentarista renomado dos torneios de tênis como os de Wimbledon. Ele era alto, forte, de cabelos lisos e escuros, olhos castanhos e pele bronzeada.


- Foi uma honra aceitar o convite da Fundação Graad e estar aqui hoje para este grande evento, Bore – disse Loob.


- É um prazer participar deste torneio fabuloso e compartilhar a transmissão com estes grandes profissionais – disse Shchenko. – Agradeço ao Sr. Tatsumi por essa oportunidade.


- Agora que nossos ilustres convidados já se apresentaram, quero saudar nossas estrelas, os Cavaleiros do Zodíaco! – anunciou Bore, e o público aplaudiu loucamente quando os oito cavaleiros entraram na arena. Lauro e Betinho entraram por último, por estarem sem as armaduras.


            Matt de Fênix e Gustavo de Dragão estavam um ao lado do outro, com suas respectivas armaduras, na expectativa de serem chamados para o combate. A armadura de Matt era azul e prateada com detalhes em laranja, com três caudas de penas de fênix azuladas com pontos vermelhos pendendo das costas da armadura. Era o mesmo modelo que outrora fora utilizado por Ikki de Fênix. Matt usava uma camiseta azul-clara por baixo da armadura. A armadura de Gustavo era verde com detalhes em dourado; era a mesma que outrora fora utilizada por Shiryu de Dragão. Por baixo, Gustavo usava uma camisa preta.


- Finalmente estou te vendo direito com a armadura, primo! – disse Gustavo. – Francamente, você fica parecendo um pavão com essas penas aí.


- Vai, pode debochar – retrucou Matt. – Depois eu mostro o que essas penas de pavão podem fazer com sua preciosa armadura.


- Um arranhão, primo – disse Gustavo, erguendo seu escudo no braço esquerdo. – Tente fazer um arranhão nesta armadura. Este escudo é impenetrável! A melhor defesa que existe.


- Hmpf – fez Matt. – Não mostrei meu poder a você ainda. Talvez, na luta, eu nem precise usá-lo por completo.


- Mudando de assunto, você ainda não me disse por que demorou tanto para voltar pro quarto anteontem.


            Matt desviou os olhos.


- A mansão é enorme. Por isso, demorei.


- Ah, claro! – Gustavo fez um gesto com a mão, como se não desse importância à resposta de Matt, mas deixando claro que não acreditara no que o primo dissera.


            No camarote, Tatsumi estava raspando os nomes dos guerreiros que iam se enfrentar nas quartas de final.


- Muito bem, Sr. Tatsumi, mostre-nos os próximos combatentes! – pediu Bore. – Antes de conhecermos os lutadores, Rob, James, poderiam dizer suas expectativas sobre os duelos para o público?


- Levando em conta as performances dos Cavaleiros que lutaram ontem – começou James Loob -, diria que os demais cavaleiros estão ansiosos para mostrar serviço.


- Isso porque precisam mostrar aos adversários todo o seu potencial, e provar que não estão de brincadeira! – complementou Rob Shchenko. – Todos querem vencer o torneio.


- Após as análises dos meus colegas – continuou Bore -, vamos conhecer os oponentes. A primeira luta das quartas de final será entre... Hidra e Cisne!


            O visor do Coliseu registrou os nomes de John e de Thiago em duas lacunas das quartas de final.


- E a segunda batalha das quartas de final será entre... Lobo e Fênix! – anunciou Bore.


            Tatsumi não reparou, ocupado em checar a ordem dos confrontos, mas Isabella saiu andando devagarzinho do lado dele e postou-se na frente do camarote, após ouvir o anúncio da segunda luta. Ela segurava um tablet, com o qual conferia todas as atualizações da organização do evento.


            O árbitro do torneio subiu novamente em seu pedestal ao lado do ringue.


- Cavaleiros de Hidra e de Cisne, subam – pediu ele.


            A armadura de John era lilás, com detalhes negros e com pérolas verdes no elmo. Era o mesmo modelo utilizado por seu mentor, Ichi de Lagarto, quando fora um cavaleiro de bronze. Por baixo ele usava uma camisa verde.


            A armadura de Thiago era totalmente prateada. Seu mentor Hyoga usou esse mesmo modelo quando foi cavaleiro de bronze. A roupa de Thiago era azul.


            Quando ambos subiram no ringue, a diferença de altura entre ambos era muito visível. John não chegava ao peito de Thiago. Mas o Cavaleiro de Hidra não parecia ligar. Olhava fixamente para o adversário como se sua vida dependesse da derrota do outro.


             Thiago estava tranquilo. A altura do meu oponente conspira a meu favor. Vai ser moleza!


            O Cavaleiro de Cisne estava confiante, mas de repente foi tomado por um temor. Jonathan também se sentiu confiante demais antes de seu embate, e agora estava deitado na enfermaria. Não. Thiago não podia cantar vitória antes da hora. Começou a suar. Tenho que ser melhor do que Jonathan...


            A voz de Bore Sutto tirou Thiago de seus pensamentos.


- O árbitro ergue o braço... E aponta para o ringue! Que comece a luta!


- Tome isso, Cisne! – John avançou sem hesitar, com o punho à frente. Thiago esperava um golpe direto, por isso posicionou-se para defender.


            Porém, três garras brotaram da mão esquerda de John e cravaram-se no braço direito de Thiago.


- Hah! Presas Venenosas! O veneno da Hidra vai se espalhar pelo seu corpo, Cisne!


- Não tão rápido, Hidra – disse Thiago. Apesar do susto, ele tinha como reverter a situação. Segurou as presas de John com a outra mão e lançou-as longe.


            John foi jogado contra as cordas. Ao se levantar, olhou admirado para o oponente.


- Como...?


- Esta armadura permaneceu anos presa no gelo da Sibéria. Não é qualquer veneno que pode penetrá-la quando sua temperatura normal beira os -100° C!


            Thiago ergueu a mão. Flocos de neve começaram a cair no chão do Coliseu, embora já estivessem no início da primavera no Japão.


- Oho! O primeiro golpe de Hidra não afetou o Cisne, e este está interferindo nas condições climáticas da arena! – bradou Bore.


- Há alguma regra sendo violada? – indagou Shchenko.


- De maneira nenhuma – informou Tatsumi. – Os cavaleiros podem utilizar de todos os poderes de que dispõem.


            John olhava pasmo para a neve que caía levemente ao seu redor.


- Enfrente-me agora Hidra, com o clima a meu favor! – desafiou Thiago.


            John não se intimidou. Avançou novamente, e novas presas brotaram em sua mão direita. Contudo, Thiago aprendera a lição. Desviou-se do golpe, flutuando na neve como se andasse de patins. John tentava acertá-lo e acompanhá-lo, mas a neve diminuía a rapidez de seus movimentos.


            Quando ficou claro que John não conseguia traspassar a neve, Thiago deixou que ele se aproximasse o suficiente, então acertou com um chute no peito, afastando o oponente. Thiago convocou a neve para si, concentrado-a com seu cosmo na mão.


- O gelo é um grande oponente. Não se deve subestimá-lo! – alertou. – Pó de Diamante!!


            A neve voou na direção de John e cobriu sua armadura. O garoto caiu no chão, incapaz de se mover devido ao gelo que o prendia.


            O árbitro foi até John e tocou o gelo. Fez uma careta e ergueu os braços.


- Acabou! – anunciou Bore. – E o vencedor... É O CISNE!!


            A plateia ovacionou Thiago. A neve parou de cair enquanto o cavaleiro acenava de volta para o público. No visor, o nome do Cisne era deslocado para a fase seguinte.


            Ele desceu do ringue e foi ao encontro do irmão. Betinho apertou firmemente a mão de Thiago.


- Meus parabéns! Você foi genial.


- Obrigado, irmão – respondeu Thiago. – Agora, concentre-se em passar de fase como eu. Quero enfrentá-lo na final.


            Seu irmão riu.


            Thiago teria continuado a falar, mas sentiu alguém o observando. Olhou para os lados e reparou que Matt de Fênix fitava-o sem piscar. A expressão do cavaleiro era dura, sem emoções. Se não estivesse muito errado, Thiago poderia adivinhar que o cavaleiro de Fênix acabara de defini-lo como um adversário perigoso.


            Não soube se ficava orgulhoso ou preocupado. Não sabia que juízo fazer daquele cavaleiro. Atrás deles, a equipe médica conduziu John em uma maca.


            Tentando organizar os pensamentos, ele procurou por Elias com o olhar.


- Onde está Elias? – perguntou.


- Ali, se alongando – disse Betinho, indicando o cavaleiro de Lobo que se flexionava próximo ao ringue.


- Pois é, amigos! – disse Bore Sutto. – Vimos a esplêndida vitória do Cisne sobre o Hidra. O que esperar do próximo confronto?


- Bore, o Cisne mostrou um diferencial, uma técnica de controle climático que os cavaleiros terão dificuldade em neutralizar – disse Rob Shchenko.


- O vencedor do confronto entre Fênix e Lobo terá que demonstrar que também possui técnicas incríveis, para estar à altura do Cisne – completou James Loob.


- Muito bem, sem mais delongas agora, vamos ao segundo confronto das quartas de final, entre os Cavaleiros de Lobo e de Fênix! – anunciou Bore.


            Matt de Fênix saiu de sua posição de recostado na parede e andou em direção ao ringue calmamente. Elias, após terminar sua série de flexões, pulou para dentro do ringue.


            O árbitro ergueu o braço.


- O árbitro vai dar o sinal! – bradou Bore. – Acho melhor o cavaleiro de Fênix entrar logo nesse ringue!


            Tatsumi e Isabella olharam, incrédulos, para a arena. Matt andava a passos lentos na direção do ringue, como se estivesse entediado.


            Ele subiu no ringue sem alarde e ficou encarando o oponente. Elias não podia imaginar outra forma de alguém mostrar logo de cara o quanto era cara de pau.


- E o árbitro aponta para o ringue! – bradou Bore. – Que a luta comece!


            Com as palavras de Bore, Matt pareceu sair de seu estado silencioso. Avançou ao mesmo tempo em que Elias, e os dois trocaram golpes. Porém, não tardou muito para que Matt começasse a desviar, fazendo Elias errar e perder o equilíbrio, permitindo que o cavaleiro de Fênix acertasse um golpe, outro golpe, mais um golpe... Logo, Elias estava dominado. O cavaleiro de Lobo estava cansado e ferido, enquanto seu adversário ainda parecia 100% disposto.


            Elias, no entanto, não estava entregue. Seu cosmo se acendeu. Ele estendeu a mão como uma garra de um lobo e atacou.


Uivo Mortal do Lobo!!


            Mas o outro estava preparado. Ao invés de tentar se esquivar, Matt atacou de volta.


Ave Fênix!!


            Os dois golpes colidiram, um tentando superar o outro, até que começaram a surgir chamas dos braços de Matt, que avançam para Elias, queimando seus braços lentamente, o que o golpe do Lobo vacilar, e o golpe de Matt o superou. Elias foi jogado contra as cordas, e estava com queimaduras de primeiro grau nos braços e seriamente avariado.


- Viram aquilo?!? – fez Bore. – O Fênix evocou chamas, claramente, e disparou contra o Lobo! Não tenho dúvidas do que vi!


            Loob e Shchenko também olhavam estupefatos para a arena. Tatsumi deu uma leve risadinha.


- Haha... Esse seu namorado é de fogo mesmo, minha querida!


            Isabella empalideceu mais do que o normal e virou-se para Tatsumi.


- Ele não é meu...


- Ora, não me venha com essa! Não tente enganar um homem maduro como eu. Além do mais, as câmeras noturnas da mansão não mentem!


            Isabella corou intensamente e passou a olhar para o chão.


            Lá em baixo, na arena, Matt contemplava Elias com um ar que beirava a piedade. Contudo, o outro cavaleiro de bronze acabou se erguendo.


- Desista – disse Matt. – Você já está muito ferido. Se insistir em lutar, vai acabar morrendo.


- Ah, é? – desafiou Elias. – Vamos ver se você está realmente falando sério...! Meu cosmo ainda...


            Enquanto Elias falava, Matt ergueu o punho esquerdo e apontou-o para o adversário.


Golpe Fantasma de Fênix!!


            Foi como se um raio dourado saísse da mão de Matt e voasse em direção ao cérebro de Elias. Por um momento, nada aconteceu.


            Então Elias teve uma visão. Ele estava lutando, atacando Matt com toda a sua força que seu cosmo lhe fornecia. Mas ele errou o golpe e caiu; mas, ao invés de cair no chão, caiu num imenso poço sem fundo, e continuou caindo por uma eternidade.


            No ringue, depois de receber a ilusão, Elias havia se atirado ao chão e começado a se contorcer como se estivesse tendo uma convulsão. Matt estalou os dedos e ele parou de tremer, mas ficou estatelado no chão, como se estivesse em coma.


            O árbitro foi até Elias, avaliou-o e então ergueu os braços.


- Acabou, amigos! – disse Bore. – E o vencedor... É O FÊNIX!!!


            A multidão explodiu. Gritaram o nome do cavaleiro de Fênix e o aplaudiram. O cavaleiro havia saído ileso do confronto, sem sequer um arranhão. Pela primeira vez, Matt estava sem jeito. Aplaudiu-os de volta e em seguida virou-se para sair do ringue.


            Gustavo correu ao encontro dele e deu-lhe um forte abraço.


- Primo! Você conseguiu – disse ele, muito feliz. – Fiquei muito surpreso.


- Cale a boca, Guga – disse Matt em tom de provocação, usando o apelido que Gustavo não gostava de ouvir.


            Gustavo deu-lhe um pequeno empurrão.


- Ora, primo, você se saiu espetacularmente bem! Agora, você tem que me esperar nas semifinais para que nos encontremos na finalíssima!


            Matt conseguiu sorrir, e foi um sorriso prazeroso. Estava feliz, e o primo conseguia fazê-lo se sentir ainda melhor.


- Ei, Fênix! – chamou alguém.


            Matt olhou em volta. Betinho de Pégaso havia colocado a armadura e estava parado, encostado na parede, exatamente como Matt estivera antes do duelo, só que com a cabeça baixa.


- Pégaso? – fez Matt.


            Betinho ergueu a cabeça e olhou desafiador para Matt. Depois abriu um largo sorriso.


- Bom trabalho – disse ele. – Mas você passou por cima de um parente meu. Acredite, quando eu te enfrentar, vou lutar pelo Elias também. Você é sinistro e tudo o mais, mas ninguém é invencível. Eu dou um jeito em você.


            Matt sorriu de volta, como se aceitasse a provocação.


- Belas palavras, Pégaso. Mas, se você entrar no ringue com a mesma disposição do seu primo, já sabe o que vai acontecer.


- Agora, escute aqui... – começou Betinho.


- Chega – fez Thiago, juntando-se a eles. – Fênix, não sei o que você fez com o Elias, mas você não me dá medo. Antes de querer posar de marrento para cima de alguém, saiba que eu vou vencê-lo.


- Ei! Estão achando que vão chegar ao Matt facilmente? – Gustavo se enfiou na discussão. – Terão que passar por mim, o Dragão de Rozan!, para enfrentá-lo! E vocês ainda não me viram em ação. Ai daquele que tiver de me enfrentar! Mal sabe o que o espera.


- OK, já entendemos, Dragão – interrompeu Betinho. – Mas uma luta não se vence com diálogo e sim com cosmo! Eu e meu irmão acendemos nosso cosmo para mostrar nossa força sublime nos combates. Vocês são capazes de fazer o mesmo?


            Os quatro se encaravam, até que o árbitro, pressentindo confusão, afastou-os e dispersou-os. Os paramédicos levaram o atordoado Elias para a enfermaria.


            O visor do Coliseu fizera o nome do Matt subir para as lacunas das semifinais com havia feito com o de Thiago. Mas não era agora que os dois iam se enfrentar.


- Hm, que interessante – fez Tatsumi. – O Fênix, o Cisne, o Dragão e o Pégaso estavam discutindo ali embaixo agora há pouco...


- E...? – fez Isabella.


- Nada demais. Uma conversa entre cavaleiros é boa para aumentar a tensão do torneio...


 


 


            - Puxa! Vocês viram o Fênix e aquelas chamas? – disse Bore. – E depois aquilo que ele fez para que o Lobo se contorcesse... Se o Cisne e os outros cavaleiros estavam procurando um adversário à altura, acho que finalmente o encontraram! Enfim, pessoal, infelizmente chegamos ao final de mais um dia de disputa na Guerra Galáctica. Aos que permanecerão para o UFC de logo mais: Até daqui a pouco! Aos que só voltam amanhã para o segundo dia das quartas de final: boa noite e até amanhã!



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Autor(a): mattstark2017

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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           Ao amanhecer, os cavaleiros restantes repetiram a rotina: café da manhã juntos, e depois os cavaleiros que provavelmente iam lutar se dirigiam à sala de treinamentos, enquanto os cavaleiros que haviam recebido folga – Matt e Thiago – observavam os demais.     &n ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 8



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  • chander Postado em 01/03/2021 - 06:01:55

    Eu ainda estou com dificuldades em entender quem é parente de quem. Mas entendo que você quis espelhar a relação dos bronze boys que são todos irmãos, não é?

    • mattstark2017 Postado em 01/03/2021 - 16:02:21

      Sim, apesar desta minha versão eu seguir mais as coisas do anime (exceto visual de alguns personagens, pq no caso do anime não eram visuais realistas), eu me espelhei no fato dos BronzeBoys originais serem todos irmãos de parte de pai no mangá. Sobre os parentescos, acho que a resposta mais sincera que posso dar é que, essencialmente os parentescos mais importantes daí serão os de Matt e Gustavo, e de Betinho e Thiago, em termos de como serão explorados e abordados, os outros ficam em segundo plano. Não sou bom em abordar personagens 'coadjuvantes' como voce faz rs. Sobre o lance do 'preconceito' que voce citou no outro, eu nem tinha pensado nisso, mas é um bom fator sim, combater o preconceito, mostrar que os heróis vêm de lugares mais 'atípicos' também.

  • chander Postado em 01/03/2021 - 06:00:58

    Pra Isabella é a nova amazona de águia

    • mattstark2017 Postado em 01/03/2021 - 16:03:16

      Ah bom sobre a Isabella e qual sua constelação guardiã... veremos.. mas fico feliz que seu palpite pelo menos foi algo mais 'original' em comparação com o que outras pessoas sugeriram

  • chander Postado em 01/03/2021 - 06:00:19

    Acho muito legal essa coisa de favorecer o Nordeste. Eu sou do Rio e percebo o quanto se pré conceito existe com o povo dai. É bom ver cavaleiros saindo dai

    • mattstark2017 Postado em 01/03/2021 - 15:54:04

      Uma das poucas coisas que o pessoal do nyah concordou a respeito desse plot até agora foi o fato de eles serem nordestinos. Pq em fanfics mesmo as brasileiras o pessoal é tudo de SP, Rio de Janeiro ou etc. A crítica que me fizeram é que eles poderiam ter sido, pelo menos, de estados diferentes do NE - mesmo levando em conta os graus de parentesco que coloquei. No meu plano original para a ffic, apenas 3 deles iam ser nordestinos - Rina, Betinho, e Thiago. Sendo que deles 3 só Thiago e Betinho iam ser de Natal desde o início. Depois foi que mudei e incluí o Gus e o Matt pra serem também. o Matt ia ser do RJ pois é o estado de fora do Nordeste que mais gosto, e o Guga ia ser de SP pois acho que SP combinava com a personalidade dele. Mas, contabilizando todos os prós e contras, acho que foi melhor deixa-los todos nordestinos , em consonancia com o que os outros leitores disseram

  • chander Postado em 01/03/2021 - 05:58:13

    Quero muito conhecer esses cavaleiros brasileiros


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