Fanfic: MALIBU: O CÉU É O LIMITE | Tema: VONDY
CHRISTOPHER
— Tem que existir outro jeito.
Abri a porta do escritório estressado demais para ter educação de bater, Genaro e Victor olhavam e analisavam um mapa sobre a mesa do escritório.
— Essa não foi a educação que lhe dei. – disse Genaro, olhando-me minha direção.
— Vô por favor. – caminhava de um lado para o outro. — Tenho feito tudo que o senhor me pediu, seguindo todas as dicas, mas não dá, tem de a ver outro jeito.
— Essa garota não deve ser tão difícil assim, Christopher. – argumentou Victor.
— Ela é uma criança. – disparei, estendendo os braços.
— E você não sabe lidar com crianças? – questionou Genaro.
— Não é isso, é que é cansativo, ir à igreja, suportar draminha adolescente, fala sério, eu gosto de estar nas transações, nas operações, de toda aquela adrenalina por;ra.
— Olha o respeito. – pediu Victor.
— Podemos entregar a missão para o Poncho ou Paco ocupar o seu lugar. – sugeriu Genaro. — Já que está tão difícil.
— Sem provocações papai.
Ignorei completamente o vovô talvez realmente não fosse má ideia colocar outra pessoa no plano, alguém pra ficar igual um cachorrinho atrás da Espinosa.
— Talvez não seja má ideia.
— Vou lhe dá três dias para pensar a respeito. O Alfonso tem feito progresso, o Poncho deve ser tão bom quanto o pai.
Foi tudo que Genaro disse antes de sair do escritório, deixando Victor e eu a sós.
— Sabe que está sendo testado não sabe?
— Fo;da-se pai, tudo tem o seu limite e cheguei no meu.
— Cedo demais, pelo o que posso perceber, você não precisa ficar igual um cachorrinho as vinte e quatro horas atrás dela, Christopher, precisa saber dividir os seus planos, já fez isso antes, qual o problema desta vez?
— O problema é que não quero que isso esteja nos meus planos. – estava impaciente por Victor ter lembrado daquele maldito passado. — E acredite antes não fora difícil, não tinha igreja, não tinha um namorado e tantas outras coisas.
— Estava acostumado a participar somente do ‘bem bom’ com o outro xerife, mas você precisa entender a partir deste momento que o mundo que vivemos não é um conto de fadas do tráfico. Que existe um mundo real, bem real mesmo, uma cadeia bem real, a cadeira de choque e pena de morte.
— E agora somos fugitivos?
— Sempre fomos.
Victor falava em uma tranquilidade que me deixava ainda mais impaciente.
— Pense Christopher, não faça seu avô desisti de você e entregue tudo a alguém de fora, ou até mesmo tente o Daxton.
— Daxton? Dax só pensa em surf.
— Até quando o Genaro decidir. – disse Victor, dando dois tapas no meu ombro. — Vamos hoje temos um carregamento, pequeno, mas um carregamento, vamos ao porto, talvez você se instigue um pouco mais para proteger os nossos negócios.
DULCE
Passagem comprada.
Os planos saíram melhores que gostaria, Blanca não iria poder me acompanhar até Burbank, Fernando tinha uma viagem de espionagem de emergência até San Diego e precisaria está com malas prontas. Blanca inventou uma mentira de que eu passaria o dia inteiro na igreja cuidando de um novo projeto e pôr está razão teria de voltar no ônibus das 18h da noite, para que Fernando não desconfie tanto, já que irá viajar de 21h.
Ótimo! Tinha tempo suficiente para resolver tudo aquilo que preciso resolver.
Já no ônibus mandei uma mensagem para Annie, precisava conversar e desabafar com alguém de confiança.
Respirar o ar em Burbank, vê todos aqueles outdoors, toda aquela gente arrumada com gravações na rua, como estava com saudades.
— Annie. – gritei ao vê-la me procurando em uma praça próxima do antigo bairro que morava. — Mas o-q...
— Que bom te ver, Dulce. – interrompeu, me dando um abraço caloroso.
A afastei preocupada, segurando seus braços e analisando o seu rosto machucado. Anahi estava com um machucado roxo próximo ao olho e a boca cortada e não parecia estar tão ‘feliz’ de me ver.
— Achei que me esperaria em sua casa.
— Melhor conversamos aqui na praça próximo a igreja, minha casa não está muito agradável.
— Acho que você tem muita coisa para me explicar e contar.
Caminhávamos até a praça em um silencio, sentamos em um dos bancos da praça que não estava tão movimentada.
— Começa você. – pediu Anahi. — Porque está me Burbank?
— Garanto que isso é um assunto menos importante, quem fez isso com você Annie?
Tinha um mês e pouco que tinha ido para Malibu? Sei que muitas coisas podem acontecer em um mês, mas vê Anahi assim? Nem quando ela frequentava suas festas pesadonas.
— Fala Anahi. – disse em um tom alto chamando sua atenção.
— Foi o Mark.
— Mas quem é Mark?
— Meu mais novo padrasto.
Claro, obvio que tinha que ter algo relacionado com Marichelo. Recordo-me quando éramos pequenas, o quanto Anahí sofria por ter uma péssima mãe, Anahí não participou de nenhuma formatura do colégio e tampouco do colegial – porque Marichelo não achava necessário, festa do dia das mães? Marichelo se achava nova demais para ser mãe, e pedia que Anahí a chamasse pelo o nome para não afastar as suas possíveis ‘paqueras’. Desde que o pai da Annie as abandonou, que Marichelo a culpa por não ter vivido um grande amor, e bom, em resumo ela não era lá o melhor exemplo de mãe.
— E obviamente Marichelo não fez nada.
— Porque ele fez isso?
— Discutimos, acabei chegando tarde, chapada e entrei em uma discussão com ele...
— Mas ele está se achando o dono da casa? Posso pedir que o papai venha dar uma surra nele, sei lá.
— Não quero meter sua família nisso, e acho que o seu pai não faria isso por mim. – riu irônica. — Mas vamos deixar isso pra lá, não quero lembrar dessa briga e posso garantir ele também teve seus machucados. Me diga, o que faz aqui.
Havia contado por alto tudo que tinha acontecido em Malibu e o meu desejo estranho por Christopher. Anahí estava amando aquele romance, mas tinha os meus princípios não podia viver nessa vida, era totalmente oposto a tudo que sempre acreditei dentro da igreja.
— Veio terminar com o Pablo?
— Não sei, vim conversar, ver o que eu sinto a vê-lo. – respirei fundo. — Um mês é muito tempo.
— Ele parece não fazer tanta questão que vocês deem certo né?
— Ele é ocupado.
Anahí me encarava porque sabia que não tinha desculpa para que Pablo não fosse me ver um final de semana sequer em Malibu. O que era 70km de distância para toda saudade que ele julgava sentir. Contei detalhe por detalhe de tudo que houve nos últimos dias e Anahi estava surpresa por Cal está tão feliz.
— Preciso ir, marquei de almoçar com Pablo.
Anahí me abraçou.
— Garanto que logo irei te visitar.
— Me mantem informada sobre esse tal de Mark, preciso pesquisar a ficha criminal dele.
— Falou igualzinho ao seu pai agora.
Rimos juntas.
A medida que me aproximava do restaurante, estava ficando cada vez mais nervosa, não ensaiei, não que esse tipo de situação mereça ensaio, mas não sabia por onde começar. Ao entrar, Pablo já me esperava em uma mesa que havia reservado pela manhã.
Foi o reencontro mais estranho que já vi, Pablo me cumprimentou com um breve selinho e o silencio durou até que fizemos o pedido.
— Estava com saudades.
— Não parece.
— Dul, você sabe que a minha rotina...
— Um sábado? – interrompi. — Um domingo eu entendo, mas um sábado sequer?
— Sei que não tenho me esforçado o suficiente. – Pablo segurava as minhas mãos sob a mesa. — Mas entenda que é uma situação nova para mim.
— Para nós dois Pablo, e sabes que é muito mais difícil que eu venha vê-lo do que o oposto.
Interiormente era como se quisesse culpar Pablo por tudo que está acontecendo comigo.
— Porque está tão exaltada? – afastou nossas mãos.
— Estou confusa sobre o que sinto por você.
— Conheceu um novo alguém, na sua nova igreja?
Ri desviando o olhar dele.
— Não Pablo, só não sei o que sinto. – voltei a encara-lo e vi seus olhos lacrimejarem. — Quando você diz que está com saudades não consigo responder da mesma forma, porque não sei se realmente sinto sua falta como você diz sentir a minha.
O garçom se aproximou colocando a mesa e nós voltamos a silenciar.
— Dulce por favor, não está pensando em terminar com tudo que construímos todos esses anos?
— Não pode me culpar por essa situação Pablo.
— Por favor, uma chance, te peço uma chance.
Olhava para Pablo com vontade de chorar, como um filme em rebobinando volto a me lembrar como tudo começou, éramos apenas amigos da igreja, melhores amigos daqueles que fazem tudo juntos, que onde um ia o outro ia também. até que o sentimento mudou, a proteção mudou, os ciúmes mudaram e nos tornamos namorados há dois anos atrás.
Tínhamos planos de noivar quando completasse meus vinte e dois anos, ou seja, daqui uns dois anos. Não era justo que desistisse de tudo na nossa primeira dificuldade.
— Preciso pensar. – comecei a comer para desviar um pouco do assunto. — Mas, me conte, como estão as coisas por aqui.
Autor(a): raissasampaio
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 62
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mypoisonvondy Postado em 08/06/2021 - 22:44:38
Faz uma maratona por favorzinho kkkkkkkk
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mypoisonvondy Postado em 08/06/2021 - 22:44:11
Continuaaaa, estava sumida
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taianetcn1992 Postado em 08/06/2021 - 07:32:09
cade tu ???
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mypoisonvondy Postado em 31/05/2021 - 15:57:43
Continuaaaa
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taianetcn1992 Postado em 27/05/2021 - 13:15:47
MAIS MAIS MAIS
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taianetcn1992 Postado em 14/05/2021 - 04:33:27
mais mais mais
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aquelaqueescreve Postado em 13/05/2021 - 22:20:41
continuaaa
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aquelaqueescreve Postado em 11/05/2021 - 00:31:46
Tô super curiosa kkkkk
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aquelaqueescreve Postado em 11/05/2021 - 00:31:32
Continuaa
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capitania_12 Postado em 04/05/2021 - 18:56:46
Continua aa