Fanfic: MALIBU: O CÉU É O LIMITE | Tema: VONDY
DULCE
Entrar em casa e olhar para aquele sofá era um martírio. Blanca estava na cozinha, terminando o que suponho que seja um bolo de baunilha pelo cheiro, ela para um pouco e fica me olhando. Caminho até o sofá, jogando a bolsa que segurava e respirando fundo, não tinha como fugir dessa conversa e ao abrir os olhos, lá estava Blanca me encarando.
— Estamos sozinhas. – disse, sentando-se no sofá. — Precisamos conversar.
— Sim, precisamos. – a encarei. — Não sei o que temos para conversar, mas precisamos.
— Vou me divorciar do seu pai.
— Que? – arqueei as sobrancelhas e a boca secou. — Por causa de um cara que acabou de conhecer?
— Não Dulce, por mim.
Não entendia o que ela estava querendo dizer.
— Ah anos que venho infeliz neste casamento, tentando os dias por vocês, somente por vocês, mas você está crescendo, Cal nem dorme mais em casa depois que começou a trabalhar e logo, logo se casará.
Levantei caminhando até a varanda, precisava tomar um ar.
— Não sou nenhuma criança Dulce Maria, sabia o que estava fazendo quando deixei as coisas com o senhor Herrera tomarem o caminho que tomou.
— Você traiu o meu pai.
— Depende do ponto de vista.
— Fala sério mãe, depende do ponto de vista, é isso que você vai contar ao Cal?
— Seu irmão é maduro o suficiente para também perceber que esse casamento não tinha outro caminho a seguir.
— E do que vamos viver? Porque nem pense em me deixar com o papai, porque não suportaria tanta solidão.
— Conversei com a sua avó, ela virá morar em Malibu para me ajudar com o empreendimento dos bolos, não quero que fiquem longe do seu pai.
— Não podemos simplesmente voltar para Burbank?
— Malibu é uma nova chance de recomeçarmos Dulce, voltar para Burbank só geraria comentários.
— É só isso? – umedeci os lábios, colocando a mão na cintura.
— Peço que não conte nada a ninguém...
— Não precisa ter essa preocupação, não é uma vergonha só para você.
Peguei a bolsa e sai de casa, não suportaria mais nenhum segundo ali.
Caminhar pelas ruas movimentadas de Malibu não estava ajudando a esquecer toda aquela cena de Alfonso com Blanca. Tentei ao menos recordar do Fernando e Blanca se beijando, mas nunca vi os meus próprios pais trocando caricias.
Sentei em um banco da praça próximo do complexo e fiquei observando alguns casais, a vontade de chorar veio ao me lembrar de como eu e Pablo adorávamos a praça próximo da igreja. Como tudo mudou desde que mudamos. Ao longe vi o carro do Christopher passando e logo outras lembranças tomaram conta dos meus pensamentos, como um botão ligado no automático, meu corpo começou a ferver a lembrar do píer e o quanto aquilo era errado. O quanto coisa errada andava fazendo, o quanto estava perdida.
sso precisa mudar, mudar já.
∞
— Duuuulce!
Estava a caminho da igreja quando ouvi Alexia gritando do outro lado da rua. Respirei fundo tentando fingir que não estava ouvindo e como desejei ter fones de ouvido agora. Desde o beijo de Alfonso com Blanca há cerca de uma semana atrás que estava fugindo de todas as mensagens e ligações da Alexia.
Um tanto ofegante Alexia para a minha frente.
— Para! – pediu, colocando a mão no peito respirando fundo. — Não adianta mais fugir de mim.
— Não estou fugindo de você. – desviei o olhar.
— Você é péssima mentirosa.
Continuei em silencio com Alexia me encarando.
— Dulce, sabe o porque precisamos conversar. Juro que não entendi a atitude do meu pai, passo metade do meu dia fora e....
— Para Alexia. – pedi. — Não precisa justificar o erro do seu pai, quer dizer, dos nossos pais. ambos são adultos devem saber o que fazem, ou não. – dei de ombros.
— Nossa. Mas, o que nossa amizade tem a ver então? Porque se manter tão distante?
— Alexia essa foi a melhor maneira que achei para deixar claro o que eu queria, me afastar.
Alexia parecia surpresa.
— Desde que cheguei a essa maldita cidade que nada de bom me aconteceu, tudo aqui tem um peso negativo. Tomei atitudes aqui que jamais pensei que tomaria na vida.
— Não precisa me ofender dessa forma, não tenho nada a ver com seus problemas sentimentais.
Alexia parecia saber do beijo com o Christopher, mas que droga.
— Acho que não precisamos dessa conversa como você pensou, Alexia.
— É também acho. – disse irritada.
Alexia saiu sem se despedir e aquele parecia que seria o nosso último encontro. Confesso que acho que peguei pesado, mas havia um pouco de verdade em tudo que disse. Eu mudei depois que cheguei a Malibu, mas, ninguém tinha nada a ver com isso. A culpa era completamente minha.
— Olá Dulce, que bom que você está aqui... – disse Ernestina ao me ver entrar na igreja segurando alguns papeis. — O que acha de ser nossa orientadora do acampamento do final de semana?
Bingo! A Igreja sempre me ajudou. O acampamento seria uma boa distração.
**
Como uma mensagem de Deus vi naquela viagem da igreja uma oportunidade para relembrar alguns momentos que vivi em Burbank, quando tinha o acampamento da igreja Pablo e eu éramos sempre os responsáveis pelas brincadeiras das crianças e era o máximo.
Mesmo um pouco receoso de fazer uma viagem a dois sem a presença dos seus pais, Pablo concordou em ir comigo. E espero que volte a sentir por Pablo tudo aquilo que sentia antes de chegar a Malibu e conhecer ele, o maldito Christopher.
— Ma-a-a-s, o que você está fazendo aqui? – soltei a mão de Pablo ao ver Christopher junto com a equipe de responsáveis do acampamento.
Christopher apenas sorria me olhando.
— Algum problema Dul? – questionou Pablo, provavelmente estranhando o meu nervosismo.
Meu peito subia e descia rápido demais de tão descompassada que estava a minha respiração.
— Dulce que bom que chegou... – disse Ernestina me dando algumas instruções, mas tudo que conseguia era olhar para ele. — Você e o seu noivo podem ir junto com Christopher e Beth no carro.
Era só o que me faltava ter que de suportar o meu karma-malibu em uma viagem que era para ser um retiro de tudo isso.
— Porque não podemos ir no ônibus junto com as crianças? – questionei impaciente.
— O ônibus é pequeno só tem espaço para James e eu, foi uma sorte Christopher se voluntariar para ajudar.
Ah claro, tremenda sorte!
O caminho até o camping foi torturante. Pablo aproveitou para cochilar havia chegado no primeiro ônibus de Burbank deveria está exausto. Mandei mensagens desesperada para Anahí precisava conversar com alguém, na verdade, precisava evitar Christopher e Beth – que por sinal, não paravam de conversar sobre um assunto aleatório.
Como se a situação não pudesse piorar, James informou que os orientadores ficariam no mesmo quarto, ou seja, teria de dividir o quarto com Christopher e Beth.
E lá se foi o meu sonho de dormir a sós com Pablo.
Autor(a): raissasampaio
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Olá chicaaaas! Acho que estou tentando compensar vocês por todo o tempo que o site ficou sem funcionar. Besitos, espero que gostem dos capítulos! Voltamos amanhã. CHRISTOPHER 1 dia antes da viagem. — Me chamo Genaro Uckermann e sou dono de toda Malibu. – gritava Genaro enfurecido dentro da mansão. — Nunca as cois ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 62
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mypoisonvondy Postado em 08/06/2021 - 22:44:38
Faz uma maratona por favorzinho kkkkkkkk
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mypoisonvondy Postado em 08/06/2021 - 22:44:11
Continuaaaa, estava sumida
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taianetcn1992 Postado em 08/06/2021 - 07:32:09
cade tu ???
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mypoisonvondy Postado em 31/05/2021 - 15:57:43
Continuaaaa
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taianetcn1992 Postado em 27/05/2021 - 13:15:47
MAIS MAIS MAIS
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taianetcn1992 Postado em 14/05/2021 - 04:33:27
mais mais mais
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aquelaqueescreve Postado em 13/05/2021 - 22:20:41
continuaaa
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aquelaqueescreve Postado em 11/05/2021 - 00:31:46
Tô super curiosa kkkkk
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aquelaqueescreve Postado em 11/05/2021 - 00:31:32
Continuaa
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capitania_12 Postado em 04/05/2021 - 18:56:46
Continua aa