Fanfic: MALIBU: O CÉU É O LIMITE | Tema: VONDY

CHRISTOPHER

Assim que Daxton foi liberado corri em direção ao meu irmão ignorando completamente o pedido inusitado de desculpas de Dulce. Ela só pode ser realmente muito egoísta de achar que o mundo gira ao seu redor.

A festa dos vencedores tinha bem mais gente que a festa de boas-vindas. Santa Monica nunca deixava a desejar.

— Ucker. – Poncho me chamou e sabia bem o que ele queria. — Qual é o problema cara?

— Nem precisa continuar Poncho.

— É a nossa melhor opção, são os teus negócios, mas você não parece muito preocupado.

— Poncho o que eu não consigo entender...  – disse tirando um cigarro da carteira. — É qual é o real objetivo de Genaro, afinal, com ele tudo sempre acaba em morte.

— Você conhece as regras Ucker.

— Desde que nasci. – traguei o cigarro.

— Genaro não é bobo, matar mais um xerife de Malibu só chamaria mais a atenção das autoridades, a presença do FBI não é o que nós precisamos.

Desde quando Poncho havia se tornado amigo do meu avô? Desde quando ele conhecia tanto os planos de Genaro. Joguei o cigarro no chão, apagando com o pé.

— Os planos de Genaro é tentar fazer com que as autoridades percebam de alguma forma que estão atrás de uma pista errada, que estão rodando em um beco sem saída.

Não havia pensado por esse lado, realmente, matar o novo xerife não geraria bons comentários, afinal, as coisas já estavam tomando proporções erradas quando Espinosa fora convocado para solucionar um caso que o antigo xerife não resolveu. Então toda ameaça que Genaro fez na reunião fora só para assustar a todos, um estimulo.

— Então não pense que Genaro vai simplesmente matar o Espinosa, porque ele não vai. Se você não quiser prosseguir com o plano, o próximo da lista sou eu.

— Que?

Poncho está me dizendo que o Genaro me trocaria por alguém que não é da família, é isso mesmo? E a ideia de Poncho junto com Dulce me deixou enjoado.

— Isso mesmo e ao contrário de você, não vou me demorar a tomar Dulce nos braços. Então por favor, faça a sua parte.

Conhecia os dotes de Poncho se ele quisesse ele conquistaria a Espinosa mais rápido que podemos pensar. Enfureci por dentro dando um leve soco na parede. Droga!

Decidi fumar mais um cigarro antes de incorporar um novo Christopher e voltar a festa.

Dulce estava quieta, não estava bebendo e parecia está procurando alguém.

— Já cheguei. – brinquei, assustando-a por trás. — Sei que estava me procurando.

— Não seja tão convencido. – sorriu, me olhando.

Olhei para pista de dança e uma música romântica começou a tocar. A convidei gentilmente e aqueles malditos olhos me encararam fundo, sempre que ela me olhava parecia que estava tentando ver por dentro da carne, desviei o olhar envergonhado com a demora, mas ela logo segurou a minha mão, deixando claro o quanto estava nervosa com a minha presença, suas mãos estavam mais geladas que o próprio polo norte.

— E então, notei que não está bebendo hoje.

— É, estou com um pouco de ressaca. – sua voz era calma e doce, seu hálito de menta me fez excitar por um momento.

— O Pablo sabe que está aqui? – fiz-me de desentendido.

— Nós terminamos.

— Vocês pareciam bem.

— É, nem tudo que parece é.

Segurei para não levar em consideração essa possível provocação.

— Porque terminaram?

— Meu coração parece que resolveu pertencer a outro alguém agora.

Engoli seco com aquela declaração me afastando dela, e seus olhos encontraram os meus. E logo atrás da gente estava Maite e Alexia me encarando não muito contentes.

— Quer dá uma volta? – convidei, não muito certo do que estava fazendo.

Nós saímos em direção ao jardim do hotel em um silencio agonizante.

Dulce mantinha as mãos nos bolsos do short e não me olhava, mas seu peito subia e descia rápido.

— Desculpas aceitas. – disse finalmente quebrando o silencio. 

Ela parou de caminhar e me olhou sorrindo. E quer saber? Fo;da-se, chega de conversa. Puxei Dulce pela cintura, para ficar próxima a mim.

— Christopher. – sussurrou nervosa.

— Shh.. – coloquei o dedo indicador na boca dela.

E a beijei.

Calmamente, possuindo cada canto dos seus lábios. Ela logo colocou as mãos ao redor do meu pescoço. E suas mãos passaram de geladas para quentes em minutos. Cara;lho, como queria tirar a sua roupa e possui-la agora mesmo.

— Que tal irmos para o quarto? – sugeri e vi Dulce desviar o olhar passando a mão no cabelo. — Algum problema?

— Eu sou virgem, Christopher. – disparou e engoli a saliva piscando os olhos rápidos.

O que ela estava pensando? Que íamos transar ali mesmo na praça do hotel? Quis rir, mas aquela informação tinha um peso grande mais. A história parece que não é tão parecida assim, Rebeca não era virgem quando a conheci, muito pelo contrário, tinha bem mais experiencia que aparentava. Não sei se isso era um jogo de Dulce, mas conhecendo seu histórico de vida, e depois que conheci Pablo talvez seja realmente verdade.

Tentando não deixa-la ainda mais constrangida segurei a sua mão e sussurrei um “relaxa”.