Fanfic: MALIBU: O CÉU É O LIMITE | Tema: VONDY

DULCE

É claro que senti um pouco de medo quando chegamos ao local do tal racha. Nunca tinha visto nada parecido, nem mesmo nas histórias que Anahí me contava tinha um ambiente tão sem pudor e um tanto assustador. Homens sem camisa e tatuados por todos os lados, as mulheres atiradas em cima dos homens com roupas que pouco cobria o bico do seio. O cheiro de cigarro tomava conta do ambiente, mas o que me deixou deslumbrada foram os carros.

A raiva instalou-se quando me senti desafiada por Christopher, ele me tinha como uma menininha indefesa. E estava agora parado olhando para mim esperando uma resposta. Alexia me olhava balançando a cabeça em formato de ‘não’, mas estava cansada de todo mundo querer me dá ordens.

Eles não sabiam o que estava acontecendo dentro da minha casa, na minha família e principalmente dentro de mim.

Se era pra provocar, vamos provocar.

— Me ensina. – sugeri.

Paco e Alexia se entreolharam sem entender do que eu estava falando.

— Só quando me ensinar a puxar. – sorri de canto maliciosa.

Não sabia quem era essa Dulce, não era a mesma Dulce de que saiu de Burbank. Se tudo tinha que mudar, porque eu não poderia mudar também?

— Não. – Alexia ficou entre Christopher e eu. — Mas de jeito nenhum, nem louca.

— Não preciso dos seus cuidados Lex.

Christopher parece não gostar muito da minha proposta, seus olhos castanhos me olhavam tão profundamente que podia sentir ele destruindo minha coluna com toda sua raiva. Mas, ele tinha se manter firme e assim fez, ficou imóvel, me olhando e logo olhou para Paco.

— Faça as honras Paco. – ordenou Christopher.

Ele não queria ser responsável por isso? Nossa que delicado. E lá vamos nós, entre o medo e as consequências. Não poderia ser pior do que tudo que já estava acontecendo. Paco me ensinou, porém, não funcionou muito bem. A sensação no nariz fora esquisita.

E bum! Elétrica.

— E aí, vamos? – o chamei, caminhando em direção ao carro.

Entrei no carro um tanto elétrica demais, meu corpo estava estranho, meu coração um tanto acelerado, o meu corpo parecia estar em chamas. Meu Deus, que sensação maravilhosa. Christopher entrou no carro e seu perfume tomou conta do ambiente de bancos de couro, sem me olhar nos olhos, apenas olhando para a moça com uma bandeira vermelha a nossa frente. A contagem regressiva começa. E vamos lá Dulce, viver essa experiência. Christopher começou a acelerar e a cada vez que ele acelerava a adrenalina subia.

Desafie-se garota.

Baixei os vidros do carro de Christopher e com cautela sentei-me na janela. O vento bagunçava todo o meu cabelo, mas que sensação de liberdade era essa.