Fanfic: MALIBU: O CÉU É O LIMITE | Tema: VONDY

CHRISTOPHER

Foi ridículo ver Dulce dando um tapa na cocaína, foi estupido sua atitude, quis dar a surra que ela supostamente nunca levou na vida por me desafiar desta forma, mas não podia deixar-me levar as emoções isso já estava indo longe demais.

Dulce estava pendurada na lateral do carro sentada o que me tirou toda concentração, um pouco por suas pernas expostas demais e depois porque posso jurar que a qualquer momento ela vai cair desse carro. Já que ela não está em si.

Diminui a velocidade fazendo com que o Akira tome a minha frente.

Merda.

Dulce entra de novo dentro do carro e parecia não está muito contente.

— Porque estamos mais lentos que duas tartarugas?

Era só o que me faltava.

— Achei que não aceitasse perder.

Me mantive em silencio, travando os vidros desta vez e acelerando um pouco mais.

— Christopher o que merda estas fazendo?

Oh está nervosa?

Dulce começa a tentar mexer na direção o que faz com que eu perca um pouco do controle, diminuindo novamente a velocidade. Já não tinha muito o que fazer, Akira já estava de volta e provavelmente ganharia o racha.

— Por;ra garota, fica na tua! – esbravejei emputecido com a situação.

Era ridículo que o futuro chefe do cartel perdesse um racha bobo como este. Esses eram os comentários que escuto desde que desci do carro.

— Foi ridículo. – resmungo Dulce. — Nós perdemos, talvez se o Paco estivesse no volante...

— Dá um tempo Dulce. – pediu Alexia.

— Tá, tá, me dá um cigarro?

Mas quem era aquela Dulce Maria? Será que ela sofria de algum tipo de bipolaridade?

— Ela é problema seu. – disse a Alexia.

∞

Despertei as 03h da manhã com o celular tocando insistentemente, procurei por toda a cama ainda de olhos fechados. E o nome no ID chamador me fez levantar rápido. Troquei de roupa o mais rápido que um dia fiz. Ao descer as escadas Daxton estava aos beijos com uma garota o que me surpreendeu já que nunca o vi com ninguém.

Ao chegar no hospital Dulce estava desacordada deitada na cama e Alexia andava de um lado para o outro roendo as unhas.

— O que merda foi que aconteceu?

— A Dul sumiu depois que você foi. – Alexia estava nervosa, tinha um tempo que a via nesse estado de nervos, desde quando... — E então, Paco e eu fomos procura-la, a achamos próxima das doca desacordada.

Um nó se formou no meu estomago. Uma mistura de sentimentos, uma raiva com preocupação que me surpreenderam. Fechei o punho afim de controlar a raiva que sentia. A conversa com Dulce em Santa Monica veio a minha mente, ela era virgem, mas será que... não era possível. A olhava deitada igual um anjo na cama, seus cabelos ruivos chamavam atenção na cama branca.

— O médico saiu daqui agora a pouco, ela está bem, foi uma pequena overdose. – e como se lesse meus pensamentos. — Ela não foi violada.

Soltei o ar que prendia passando a mão nos cabelos aliviado com a informação. Não que fosse responsabilidade minha, mas é que... mas é que por;ra nenhuma.

— Certo e qual o problema Lex? – encarei. — Porque estou aqui?

— Ela é filha do xerife Ucker, nosso inimigo, e logo, logo vai ficar sabendo e isso pode não ser bom pra gente. – Alexia gesticulava nervosa. — Olha o estado dela, Espinosa nem reconheceria a própria filha, quem dirá...

— Ok Lex, já entendi. – a interrompi saindo do quarto.

Encontro um médico amigo que tínhamos no hospital – afinal, toda equipe precisa de um. E pedi que ele excluísse os registros do hospital e desse alta a Dulce naquele momento, era o melhor horário para tira-la dali. O que não fora muito difícil de resolver.

— E então? – questionei Alexia quando voltei.

— Vou leva-la para casa.

— Mas ela não pode chegar em casa nesse estado, e é perigoso tirar ela daqui do hospital Ucker...

— Alexia! – disse entredentes. — Você não me chamou para tomar conta da situação? – ela assentiu com a cabeça. — Então, cale-se e me deixe resolver, você já fez bobagens demais por hoje.

Olhei para Paco que já estava parado a minha frente com mais dois homens e pedi que eles colocassem Dulce no meu carro.

— Levam-na para mansão. – ordenei.