Fanfic: MALIBU: O CÉU É O LIMITE | Tema: VONDY

CHRISTOPHER

— Ucker, o senhor dos céus e mares. – zombou Paco ao gritos.

O carregamento havia dado certo e fora o carreamento mais tranquilo de todos os tempos. Pelo céu não precisávamos nos preocupar com nenhuma guarda, como era quando feito pela marinha. O que fez com que Genaro gratificasse Paco pela brilhante ideia.

O caso Fischer também já estava resolvido, Genaro descobriu em que local do mundo se encontrava o tal inimigo do Fischer, e o desgraçado estava na Itália e mesmo que ele não tenha culpa nenhuma, isso já é um problema dele.

Só motivos para comemorar.

Antes mesmo de entrar no Octopus ao descer do carro ainda no calçadão avistei os cabelos ruivos de Dulce sentada em uma mesa conversando com Anahí. E senti o corpo queimar com o seu olhar fixos nos meus mesmo de longe. Esperei que Rebeca e Alexia adentrassem o local, no fundo, por alguma razão ainda desconhecida por mim, não queria que Dulce pensasse que era só mais um canalha no mundo. Mas tinha muita coisa acontecendo, mesmo com tudo ocorrendo bem, a presença de uma Dawson na cidade ainda era um mistério para mim.

Ignorei a sua presença desviando do seu olhar fulminante. E virei a dose de vodca que acabara de chegar a mesa.

— E então quer dizer que o Uckermann agora bebe? – provocou Rebeca passando a língua nos lábios.

— Tem muita coisa sobre mim que você não sabe. – revidei.

— É Beca, muita coisa mudou por aqui. – acrescentou Alexia.

**

Tinha um tempo que tinha bebido dessa forma. Acho que a última vez fora em Tijuana no México em uma das competições do Daxton. Ao levantar senti a cabeça latejar como um se estivesse com um sino de igreja dentro. Olhei pela janela e ainda era madrugada, o sol estava a raiar.

Dei um pulo para trás quando vi aqueles cabelos loiros e o corpo nu de Rebeca deitado na cama.

Mas que po/rra você fez Christopher? E como flashes da memória, as coisas foram surgindo.

Uma dose de vodca, dois cigarros, maconha... e as coisas forma fluindo. Porque é sempre assim quando tem uma Dawson presente, tudo se perde, se transforma para o pior.

— Bom dia Uckerbebê. – tomei um susto, virando-me para olha-la ao ouvir sua voz. — Dormiu bem? – o tom de deboche era nítido na sua voz.

Rebeca seguia falando ainda sem se cobrir, estava sempre a me provocar. E depois de minutos de silencio.

— O que faz aqui Beca? – questionei, vestindo um short. — Porque voltou? E não adianta me dizer que foi por saudade de Malibu que sei que saiu daqui odiando esse lugar.

Rebeca levantou-se vestindo rapidamente seu vestido.

— Não seja hipócrita Uckermann. – prendeu os cabelos em um rabo de cavalo. — Não sou a mesma que saiu daqui, como também sei que não é a pessoa que imaginei que fosse.

O sangue esquentou. A preocupação instalou-se.

— Sei que o papai não morreu de morte natural que tem algo por trás dessa cidade que preciso descobrir, e que você. – apontou com indicador. — Tem como me ajudar, na verdade, quando te pedi ajuda há anos atrás você negou, mas você sempre teve como me ajudar.

Rebeca estava a me deixar confuso com suas colocações, até onde ela sabia sobre quem eu era, quer dizer, até onde ela sabia sobre o que a família fazia e como vivia. E como ela chegou a essa conclusão de que não fora uma morte natural? Afinal, Hank tinha problemas de pressão.

Que Rebeca era um problema eu já sabia, mas não sabia que ela seria o meu mais novo problema.

— Depois conversaremos sobre isso, preciso ir.

Rebeca despediu-se e ainda no café da manhã contei a estranha conversa com a Dawson para Genaro, que não pareceu preocupado.

— Aproxime-se dela, é bom mantê-la perto. Mesmo achando que ela está apenas a percorrer pistas sem sentido.

— Como o senhor pode ter tanta certeza?

— Porque não costumo deixar ponta solta Christopher.