Fanfic: MALIBU: O CÉU É O LIMITE | Tema: VONDY

DULCE

Os preparativos da quermesse me mantiveram ocupada por semanas, me deixando sem tempo para pensar em Christopher. Passei a maior parte do tempo com Ernestina, providenciando o local, preparando as crianças para o coral e toda a ornamentação. O que me fez ficar distante da minha família, já que Fernando agora resolveu ficar um pouco mais presente em casa afim de resgatar um casamento falido.

Cal andava estranho desde o seu final de ‘namoro’ com Alexia, mas como ele sempre fora de poucas conversas não me explicou muita coisa, mas sabia que ele andava se encontrando com Anahí, afinal, moravam quase juntos.

O meu mais novo melhor amigo era Maxwell, a pessoa com quem mais tenho convivido nos últimos dias.

— Nossa. Vê essa praça cheia me deixa orgulhosa.

— Nós trabalhamos muito e divulgamos muito para isso. - comentou Maxwell ao meu lado.

— Espero arrecadarmos muito para ajudar a igreja, tenho muitos planos com as crianças.

Estávamos trabalhando muito na quermesse para que saísse tudo perfeito, além de vigiar as crianças que não param de correr por toda a praça. Tinham barracas dos mais variados tipos de comida, inclusive, dona Blanca colocou a sua barraca de brownies e estava fazendo sucesso.

A quadrilha organizada começou e lá estávamos Maxwell e eu como noivos o que gerou gritos por todo mundo. Christopher me olhava como se estivesse incomodado com aquilo, já que Max e eu recebemos muitos elogios como se fossemos o ‘casal do ano’.

Porém, minuto depois que sai do camarim.

Engoli seco, minhas mãos começaram a suar, os olhos posso jurar que estão vermelhos e prontos para derramar um rio de lagrimas.

— Dul, está tudo bem? – questionou Maxwell, que em seguida, seguiu o meu olhar. — Ainda não entendo sua relação com esse cara, ele parece estar nem aí para você.

Christopher estava trocando selinhos carinhoso com Rebeca, enquanto sua mão estava ao redor do pescoço dela. E como se percebesse o meu olhar em direção aos dois, Christopher beijou Rebeca, como um tremendo beijo de novela.

Se ele estava tentando me provocar, ele conseguiu. Sei que Christopher não deve nenhum tipo de explicação, afinal, não chegamos a namorar, sequer a ficar direito. Mas ele sabia dos meus sentimentos por ele, ele não é tonto, poderia respeitar.

— Dulce. – a voz de Ernestina me chamou atenção. — Daqui quinze minutos começaremos a apresentação musical, melhor subir com o Maxwell para testar se está tudo certo com o violão, microfone.

— Sim, não se preocupe. – forcei um sorriso.

Maxwell saiu caminhando em direção ao palco em silencio e caminhei atrás dele. Inspirando e respirando fundo, as crianças já gritavam como forma de apoio bem próximo ao pequeno palco que montamos na praça.

Ao subir no palco um nervosismo se instalou, o que não era comum, afinal, fiz muitas apresentações nos eventos da igreja em Burbank. Mas lá não tinha um Christopher com sua amada e todos os seus amigos ao lado me encarando.

A medida que Maxwell começou com o dedilhado no violão, todos silenciaram e virei a atenção da quermesse toda para mim.

—  ...não construa muros em seu coração, o que fizer sempre faça por amor, ponha as asas contra o vento...

A voz travou devido a vontade de chorar. Então pausei um pouco, inspirei tentando controlar o choro.

— ...Não há o que perder...

— Está tudo bem Dul. – sussurrou Maxwell. — Você está arrasando.

Aquela música era uma composição minha em um momento de fraqueza que fiz para sempre me lembrar de nunca parar de sonhar. Ao final da música, todos aplaudiam, assobiavam, algumas pessoas estavam emocionadas. E Christopher havia tirado a mão do pescoço de Rebeca para me aplaudir, o que não a deixou muito feliz.

— Vamos aos sorteios. – disse James tomando posse do palco.

— Conseguimos. – disse Maxwell me dando um abraço inesperado.

Fiquei envergonhada com o abraço apertado de Maxwell.

— Não vi o seu pai na plateia.

— Deve estar ocupado com mais um caso urgente para responder. – dei de ombros caminhando em direção a barraca da mamãe.

— Ainda o caso Fischer?

— Não sei, o papai nunca fala muito sobre os casos na cidade.

— Mas, você o conhecia?

Olhei para Max confusa com tantas perguntas, vire e mexe ele cita um caso policial com uma tremenda curiosidade. Tirando o fato de que ele já chegou a me fazer várias perguntas sobre Alexia e sua família.

— Não, só o via nas telinhas de fofoca, como filho de mais um político.

— Afim de comer alguma coisa?

— Eu topo.

Ernestina começou o correio elegante no palco e ao chegar próximo a barraca da mamãe senti meu estomago revirar quando ela citou meu nome no palco.

“Dulce Maria, quando vai destruir os muros do teu coração para que possa conquista-la? UCK”.

Estremeci. Maxwell me olhava colocando o pedaço de brownie na pequena mesa que estávamos nitidamente enciumados com o correio elegante.

Fiquei cabisbaixa não sabia o que dizer sobre o recado.

Se Christopher estava tentando me enlouquecer ele estava conseguindo, se ele estava tentando destruir uma possível relação que pudesse construir com Maxwell também estava conseguindo.

Como diria Alexia, ele é um Uckermann consegue tudo que quer.

Anahí chegou eufórica a mesa e Maxwell logo pediu licença.

— Acho que ele não gostou muito, será que ele entendeu quem mandou?

— Não é muito difícil associar as siglas, Annie. – resmunguei, bebericando do suco. — Qual é o problema dele? Porque não pode simplesmente curtir sua vidinha ao lado da...

— Ele é um homem de várias mulheres e deve ter se incomodado com a apresentação romântica sua com Max.

— Mas ele não tem direito algum de fazer algo assim.

— Só ignora e não olha para trás. – pediu Anahí. — Ele está olhando para cá, e não deixa de investir no Max por causa do Ucker confusinho.