Fanfic: MALIBU: O CÉU É O LIMITE | Tema: VONDY

DULCE

Olhei para o relógio e já tinha exatamente uma hora que estava naquele luau, conheci alguns amigos de Alexia, gente boa até, mas só falam de assuntos dos quais não conheço, de experiencias das quais não passei nem perto de viver um dia, Anahí com certeza amaria todas essas pessoas.

Resolvi bebericar um pouco mais do copo que tinha nas mãos, Alexia já ia no seu sexto copo eu acho? Depois do quarto parei de contar em quase uma hora de festa e aparentemente não está embriagada.

— Caramba, cadê o Ucker, mano. – perguntou Paco olhando para o celular.

— Ali está ele.

Alexia revirou os olhos virando o copo de uma vez e franzi o cenho confusa com a sua reação. Todas as meninas que dançavam começavam a ajeitar os cabelos, algumas que estavam com outros garotos começam a se afastar, como um rei descendo uma escada, todos o cumprimentam e ficava cada vez mais confusa. Quem era Ucker? Era atraente, tinha a expressão séria, ao contrário da turma de Alexia, Ucker não tinha tatuagens ou piercings espalhados pelo corpo, falando nisso, que corpo bronzeado e definido.

— Antes que me pergunte, aquele é Christopher Uckermann, o dono de toda Malibu. – ri por dentro ao ouvir Alexia me apresentar. — Ao seu lado estão seus insuportáveis irmãos gêmeos: Daxton, mas como conhecido como Dax, e Dolores, a famosa Lola – A insuportável. E como você pode perceber, metade das garotas desta cidade caem aos pés de Ucker e Dax...

Um arrepio correu pelo meu corpo a medida que eles se aproximavam na sua caminhada real. Uma energia negativa poderia dizer? Era um tanto ridículo dizer que um garoto dos seus vinte e poucos anos – que é isso que Christopher aparenta ter – é dono da cidade. Alexia com certeza deve ter se equivocado. E como se ouvisse meus pensamentos, Alexia prosseguia com sua apresentação.

— Na verdade, Christopher é o herdeiro, o primogênito dos Casillas von Uckermann. Eles são donos de mais da metade dos imóveis e empresas de Malibu, inclusive, o complexo residencial que moramos pertence a eles. E como se não bastasse, ainda são donos de um dos maiores portos da Califórnia.

Agora talvez esteja mais detalhado a explicação de Alexia, Christopher era o famoso bad boy da cidade.

— Casillas? – estranhei o sobrenome, tentando desviar os olhos de Christopher.

— Mexicanos.

Por essa eu não esperava.

— Ele é o famoso bad boy de Malibu então? O riquinho que as meninas caem em cima.

— O riquinho que as meninas caem em cima sim, mas bad boy não.

E aquilo sim, me deixou curiosa. Fisicamente Christopher tinha pinta de bad boy, sua expressão séria, o seu caminhar deixava qualquer pessoa confusa, ele nitidamente ignorava todas as meninas que rastejavam aos seus pés – típica atitude de uma pessoa esnobe, que acha que é dono do mundo. Depois de atravessar todas aquelas pessoas, Christopher se aproxima da turma de amigos de Alexia, ou seja, a turma que estava presente.

— Christopher. – Alexia o chamou, já que ele passou direto em direção a Poncho e Paco. — Essa é Dulce, minha nova vizinha, veio de Burbank.

Alexia não precisava de muitos detalhes, não sabia muito bem como cumprimenta-lo, somente acenei e sorri. E antes que pudesse pensar em falar algo...

— Seja bem-vinda a Malibu, Dulce Maria. – a sua voz gutural causou-me arrepio dos pés à cabeça. umedeci os lábios em nervosismo, como diabos ele sabia o meu nome composto?

Christopher deu-me pouca ousadia, em resumo: sem papos. Logo, virou-se para Poncho e Paco ignorando totalmente a apresentação de Alexia. Porém, tinha sido o que chamamos de suficientemente educado.

— Mano, viu o ultimo carregamento? – a voz de Poncho em êxtase me deixa confusa sobre o assunto.

A curiosidade me instigava a prestar um pouco de atenção no assunto dos garotos, porque não é normal que um homem com tantas mulheres aos seus pés prefira conversar com dois amigos. Christopher deu um olhar irritado para Alexia, como uma espécie de código que fez com que Alexia me puxasse para um grupo distante, o grupo das meninas: Maitê e Cindy.

— Lindo não é, Dulce? – questionou Maitê, possívelmente reparando que não conseguia deixar de prestar atenção em Christopher.

— Por favor, não seja mais uma. – pediu Cindy aos risos.

O celular vibrando no bolso me tirou atenção na conversa das meninas e em Christopher.

“Aproveita, pode ser sua única festa! Rsrsrsrs”

O que seria de mim sem Anahí na minha vida? Ela tinha razão, nem sempre Blanca está ao nosso favor e aquela pode ser minha primeira e única festa até que me case ou me torne independente.

Estranhamente Pablo não havia dado sinal de vida o dia inteiro e aquilo de certa forma era um aviso para que curta poucas horas da minha mínima liberdade. E como surto psicótico, tomei o copo de Cindy de suas mãos e virei.

— Uo, vai com calma, isso não é cerveja. – argumento Cindy.

Os dois primeiros copos da mistura de vodca com suco de manga desceram rasgando, mas depois era como se estivesse bebendo somente o suco de manga. Não me conhecia com álcool no corpo e bom estava até divertido, já havia conversado com mais da metade da festa, entrado em um grupo de dança na festa e bom nunca suei tanto.

Mas algo sempre me fazia olhar para ele: Christopher Uckermann, que continuava distante com seus amigos fumando e conversando, não o vi com copo de bebida na mão e aquilo era ainda mais estranho, será que ele não bebia? Será que ele era o careta da turma?

— Vem, vamos participar do jogo.

Alexia me puxou até a parte interna da casa onde haviam pessoas rodeadas brincando de ‘eu nunca’, obviamente aquilo não iria terminar bem, já que virei o copo em todas as partidas.

— Você tá maluquinha. – disse Maitê. — Não tem costume de beber?

— Digamos que essa é a minha primeira vez.

Cindy e Maitê caíram na gargalhada olhando para Alexia que fumava seu terceiro cigarro.

— Que? – perguntou Alexia, ao me ver pedindo o cigarro.

Aquelas pessoas não me conheciam e pareciam estar adorando me testar, Alexia não pensou duas vezes ao me dá o cigarro. A primeira tragada quase morri engasgada, mas depois Alexia me ensinou direitinho e bom, relaxei.

Faltava menos de três horas para o horário que Fernando marcou de voltar para casa, Cal já havia sumido das minhas vistas a um bom tempo e aquilo não era bom.

— Droga. – ouvi Alexia gritar em minha direção.

Depois do terceiro cigarro senti o meu estomago revirar e aquilo não era nada bom, tentei segurar ao máximo, lavar o rosto, beber um pouco de água, mas parece que tudo só piorava aquela ânsia.

— Mas que merda, Lexia. – ouvia Lola gritar resmungando. — Sempre você para estragar toda a festa.

— Qual é Lola, não tem nada demais, até parece que nunca passou mal.

Não sei de onde Lola surgiu, mas ela discutia sem parar com Alexia e aquilo só piorava e bom, vomitei.

— Vem, vou te ajudar. – Poncho chegou rápido e ao seu lado estava Christopher, o garanhão da festa.

— Será que dá para as duas crianças pararem de discutir. – pedia Christopher. — E você, vai ajudar sua amiga. – chamando a atenção de Alexia.

Poncho me levava para o interior da casa, especificamente para o andar de cima, prendeu os meus cabelos em um rabo de cavalo e empurrando os meus ombros, me fez sentar à frente do vaso, fechando a porta do banheiro em seguida, um salvador eu diria?

— Mano que merda, ela tem duas horas para se recuperar. – ouvia Alexia gritar do outro lado da porta. — Vocês precisam me ajudar.

— Já fiz minha parte. - argumentou Poncho.

— Você é mesmo muito sem noção Alexia. – a voz de Christopher era de irritado porém no nível ameno, ao contrário de Alexia que gritava.

— Não imaginei que ela fosse tão inexperiente. – ouvia os passos desesperados de Alexia dentro do quarto. — E como você sabia que ela se chamava Dulce Maria?

Ótimo, como se a vergonha não pudesse ser maior, obrigada Alexia! Aquela pergunta de Alexia me fez até recuperar os sentidos, estava com aquilo martelando na minha cabeça desde quando ele me cumprimentou.

A risada irônica de Christopher tomou conta do ambiente.

— Ah essa altura do campeonato Alexia, você já deveria saber que nada passa por Malibu despercebido dos Uckermann.

Falou o bambam da cidade! Revirei os olhos, levantando-me do chão, lavando a boca com um enxaguante bocal que tinha ali naquele banheiro luxuoso, arrumei os cabelos e estava pronta para enfrentar o leão. Aquele comentário idiota havia me deixado com mais raiva, ele era sim, o bad boy que deduzi que fosse desde que chegou.

— Preciso ir embora. – disse me apoiando na porta e vendo tudo rodar.

— Dul, deita aqui. – Poncho me carregou até a cama.

— Vou pedir que Helga faça um chá para ela.

— Não preciso da sua ajuda. – gritei antes que ele pudesse sair do quarto e Alexia me olhava assustada. — Só saia daqui sua cara está me deixando nauseada.

— Dulce... – Alexia parecia nervosa com medo.

— Você quem sabe. – Christopher deu de ombros saindo do quarto, batendo a porta com força.

Alexia parecia paralisada e Poncho também.

— Juro que estou bem, um pouco fraca, mas só preciso comer alguma coisa.

— Ual, por essa eu não esperava. – disse Alexia. — Garota, você é muito corajosa de falar com o dono da casa.

— Nunca vi ninguém gritar com um Uckermann e sair ileso. – argumentou Poncho.

Engoli a saliva nervosa. Dono da casa? Como não pensei nisto antes? Obvio que só alguém como ele teria uma casa daquele tamanho e por isso todos o cumprimentaram quando chegou. Que belíssima educação essa sua Dulce Maria.

— Bom, será que você poderia nos levar ao café do píer? Temos uma hora ainda. – pediu Alexia e para a minha alegria Poncho concordou.

HEEELOOOO CHICAAAS! COMO ESTÃO? O QUE ACHARAM DESSA PRIMEIRA IMPRESSÃO DO UCKER?