Fanfic: MALIBU: O CÉU É O LIMITE | Tema: VONDY

CHRISTOPHER

PAUSA NO TEMPO ATUAL - 2 DIAS ATRÁS

Mark estava morto a três dias e quando a notícia de que mais um homicídio havia acontecido em Malibu passou no jornal, Genaro me culpou, Victor nem se fala. Fora Anahí que parecia nervosa e com medo de que algo fosse descoberto, mesmo não sendo as suas digitais que estivessem no corpo e mesmo ela cheia de álibi daquela noite, ela ainda tinha certeza de que sobraria para ela a culpa dessa morte.

E ela não estava errada.

— Como caralho eles acharam esse corpo? – gritei com Paco para a minha frente, ele foi o responsável por aquele assassinato, que deveria ser fichinha para nós. — Esse corpo. – apontei para a TV. — Não me parece um corpo cremado, Paco.

— Deixei um capanga responsável para se livrar do corpo, Ucker, foi um vacilo.

Poncho me encarava com mais raiva que eu estava naquele momento, se é que isso era possível.

— Não é um bom momento para vacilos, a cidade está cheia de vigias por todo o lado. Mas um homicídio, só atrai mais polícia, mas jornalistas, maior a dificuldade de transporte...

— Não precisa nos dizer o obvio Poncho. Ainda sou eu quem dou as ordens aqui, ou não?

Poncho estava cada vez mais querendo tomar o meu espaço, sempre me contrariando, concordando demais com Genaro. E aquilo não me agradava em nada, afinal, ele era parte da equipe que eu construí para Genaro, deveria me obedecer e não me confrontar todo o tempo.

Ao chegar no Octopus aquela noite, Anahí já arrumava as malas.

— Onde vai? – questionei.

— Alexia sugeriu que talvez seja melhor que eu deixei a cidade.

— E como pensa em sair de Malibu? – cruzei os braços inquieto com aquela situação, porque Alexia tem que ser tão burra?

A presença e o depoimento de Marichelo, mãe de Anahí em Malibu tinha sim dificultado as coisas, mas fugir da cidade não seria tarefa fácil, logo, porque os policiais estão esperando só amanhecer o dia para intimar Anahí a depor.

Deixei Anahí terminando de arrumar as coisas depois do silencio de Annie e fui falar com Alexia.

— Como pensa em tirar Annie da cidade? – a questionei e ela me encarou sem entender. — Sim, porque sabe que temos escoltadas em três das entradas e a outra nos pertence. Como pensou em tirar Annie da cidade?

— Foi só uma sugestão Ucker, e ela não é problema nosso.

— Qual é Lex? Não é problema nosso? Nós matamos o cara.

— Nós? – Alexia gargalhou. — Você sabe lá Deus porque, resolveu ajuda-la Ucker, então você quem resolve esse BO.

Ri por dentro dos ciúmes ridículo de Alexia.

— Do que está rindo? – perguntou.

— Sabe que não tenho como ajuda-la, sem mostrar a ela o nosso mundo.

— Você não cogita...

— Sim, tem um tempo por sinal, ela demonstra ser de confiança, e é disso que precisamos no momento.

— Eu particularmente não vejo problema. – acrescentou Maitê, ouvindo a nossa conversa. — Ela seria uma boa agente.

— Vocês estão loucos. Ela e a Dulce são melhores amigas, seria como entregar nossa cabeça aos nossos inimigos.

— Ela não está em condições de falar ou ver polícia, Alexia, pensa um pouco. – pediu Maitê.

Claro que entendia a preocupação de Alexia em relação mostrar o nosso mundo a Annie, mas não tinha outra alternativa, a única saída de Malibu pertencia a nós, e bom, ela seria uma boa recruta. E como percebi, não acho que Annie conte todos os seus planos a Dulce.

Ordenei ao Poncho mesmo contra sua vontade, que levasse Annie a Ventura, ao nosso sitio de treinamento. Annie tinha opção, mas no fundo sabia que ela aceitaria, ela estava com raiva da mãe por tê-la acusado de assassinato, porque realmente, que tipo de mãe entregaria a própria filha aos porcos?

— A notícia já está por toda Malibu, e bom, a galera a reconhece daqui. – disse Poncho.

— Posso ajudar. – se propôs Maitê. — Vamos ter que mudar a fisionomia...

— Isso é loucura! – esbravejou Alexia. — Não vai funcionar, vamos acabar tomando no cu, por causa que o Ucker resolveu ser o bom samaritano ao final do segundo tempo, sinto muito fofinho. – me encarou. — Mas você não tem, mas lugar no céu, conforme-se.

— Me deixem a sós com a Lex. – pedi a Maitê e ao Poncho.

Poncho e Maitê saíram da sala do galpão, me deixando a sós com a surtada da Alexia.

— Qual. é o teu problema, Lex? Porque decidiu ser do contra em tudo, começo a desconfiar que você e o Poncho tramam algo contra mim.

— Que? – riu sarcástica, passando a mão nos cabelos. — Jamais trairia você Ucker.

— Ah é? – me aproximou, ficando frente a frente. — E porque não? Porque me deve toda essa lealdade, Lex?

Alexia negou com a cabeça, dando um passo pra trás.

— Ela te intimida dessa forma? O que aconteceu com o “confio no meu taco?”

A provoquei.

— Isso não é a questão aqui, Ucker.

— Mas a questão é sempre essa, Lex.

A puxei pelo antebraço colocando nossos corpos.

— A questão é sempre a nossa história, o que tivemos, o que vivemos, o nosso filho...

Antes que Alexia pudesse pensar em dizer algo, a beijei, selei nossas bocas com um beijo e ardente, e aparentemente urgente da parte dela. Segurei firme minhas mãos na sua coxa exposta, caminhando fazendo-a encosta no birô daquela sala quente e abafada. Abri as pernas de Lex ao me coloquei entre suas pernas, coloquei seus dedos bem no seu ponto, e lá estava ela Alexia pronta para mim, como toda as vezes. Pressionei o seu clitóris e Alexia gemeu baixinho.

Não lembro a última vez que transamos, mas era como se tivéssemos quinze anos novamente.