Fanfic: MALIBU: O CÉU É O LIMITE | Tema: VONDY

DULCE

Aquela manhã Christopher ainda não tinha dado sinal de vida, tampouco feito qualquer ligação. Acordei animada porque precisava pensar um pouco mais em mim, me arrumei com uma calça jeans e uma blusa social ¾ precisava parecer elegante diante desse amigo da Cindy.

— Como tá suportando esse calor? – perguntou Cindy ao me ver de cima a baixo. — Vamos.

Caminhamos até um pequeno café que ficava há uns dez minutos da boate. Cindy apontou em direção a mesa que o senhor já nos esperava, quer dizer, senhor não, porque posso dizer que ele tem a mesma idade que Cindy. Aquele rosto me era familiar só não lembrava de onde.

— Olá, sou Zac McLaren. – disse beijando minha mão em cumprimento. — A seu dispor.

— Menos Zac. – revirou os olhos Cindy sentando-se a frente de Zac e eu logo me coloquei ao seu lado. — Já sabe porque estamos aqui, te adiantei no telefone então...

— Calma Cindy, preciso conhecer um pouco melhor sobre a Dul. – disse com um tom de intimidade que me incomodou, Zac chamou o garçom, pedindo três cappuccinos.

— Acho bom você baixar a bola, porque ela é amiga do Uckermann. – disparou Cindy e vi Zac recuar um pouco encostando-se no banco olhando diretamente para Cindy que sorria debochada.

Os cappuccinos chegaram e Zac estava ainda mais inquieto. Porque ele temia tanto assim ao Christopher?

— E então, pensei em coloca-la na gerencia da Patroa, a ultima gerente arrumou uma confusão com Christian que não terminou bem.

Estranhei ele falar de um funcionário que parecia superior a uma gerente.

— É uma ótima ideia. – disse Cindy. — O que acha Dulce?

— Topo qualquer coisa. – sorri animada. — Mas a Patroa é o que exatamente?

— A minha loja de lingerie no shopping, vai gostar de lá. – acrescentou Zac.

— Ótimo perfeito.

**

Sai da reunião empregada, amanhã seria o meu primeiro dia, Zac não me deu muitas coordenadas só pediu que eu comparecesse na loja amanha pela manhã, que o tal Christian me colocaria a par do funcionamento da loja. Mas, já era um bom começo, um recomeço na minha vida.

Como Fernando iria reagir não importava, ele precisava entender que já tenho quase vinte anos e preciso tomar conta da minha própria vida.

Ao chegar na igreja após a reunião, Maxwell me olhava surpreso e com razão, tinha dias que não andava por lá. O que era uma tremenda irresponsabilidade, mas é que tanta coisa vem acontecendo que não consigo nem explicar

— Olha só, achei que tinha ido embora de Malibu. – brincou Maxwell me abraçando. — Me parece feliz.

— Sim e estou, tudo está acontecendo melhor do que eu esperava.

— Que tal um sorvete? – convidou Maxwell.

Aceitei o convite de Maxwell e contei-lhe tudo que me aconteceu nas últimas semanas, menos a parte em que perdi minha virgindade com o Christopher, acho que aquilo era algo intimo demais. Obviamente Maxwell pareceu incomodado quando lhe contei que estava começando uma relação com o Christopher, mas foi extremamente educado como sempre.

— E bom, consegui um emprego.

— Que coisa boa Dul. – disse Maxwell apertando minha mão. — Um passo para sua tão sonhada independência.

— Sim, é o máximo, começo amanhã.

Ao sair do encontro com Maxwell já era quase noitinha. Precisava dormir cedo para não chegar atrasada amanhã, pensei em contar a Blanca e a Olga, mas precisava confirmar mesmo que estava contratada para só então depois contar.

Ao chegar no complexo vi o carro de Christopher estacionado no estacionamento de visitantes, logo senti o estomago embrulhar de nervoso. E sim, lá estava ele parado de frente a minha casa fumando um cigarro e encostado na parede.

Segui animada para cumprimenta-lo com um beijo, mas ele colocou a mão entre nós me fazendo afastar. O que foi esquisito.

— Será que podemos falar em outro lugar?

— O que houve? – perguntei preocupada.

Christopher terminou o cigarro, segurou a minha mão e me conduziu ate uma casa desocupada em um dos prédios do complexo. Ficava mais ou menos há duas ruas da minha casa.

— Quem mora aqui? – olhei ao redor e possuía moveis.

— Ninguém. – disse fechando a porta. — Mas foi o único local que pensei que não seriamos incomodados.

Christopher estava me assustando.

— Vou direto ao ponto Dulce Maria. – engoli seco ao vê-lo me chamar pelo nome composto. — O que deu na sua cabeça de pedir favor ao McLaren?

As notícias correm rápido em Malibu.

— Favor? Não pedi ‘favor’. – cruzei os braços. — E qual o problema?

— Ele não é alguém confiável, ele é o filho do prefeito, o alguém que te disse que não era bom conhecer. Tampouco pedir favores.

Christopher andava de um lado para o outro irritado.

— E quem seria confiável para você Christopher? – exaltei-me. — A Alexia? Eu deveria ter pedido ajuda a ela?