Fanfic: MALIBU: O CÉU É O LIMITE | Tema: VONDY

CHRISTOPHER

Estive na boate para conferir a mercadoria nova de mulheres que Victor obteve com Salvatore e Cindy logo correu em minha direção me comunicando os últimos passos dados por Dulce. Obvio que surtei com Cindy por tê-la ajudado, mas não podia culpa-la Cindy ganhava sua comissão extra por arrumar novas menininhas para o McLaren. Mas com certeza ela não comunicou isso a Dulce quando foi a boa amiga tentando ajuda-la.

McLaren não era um inimigo, mas era a minha dor de cabeça semanal nas Narcovendas, ele sempre tentava ser um concorrente. Ate que estabelecemos um ponto fixo para ele em Malibu para que ele não ultrapassasse os limites atrapalhando as nossas vendas. Porém, era filho do prefeito sempre achava que podia fazer tudo, ou seja, estava sempre a me desafiar já que as Narcovendas era responsabilidade minha.

Sei que o ciúmes me consumia de imaginar como foi a reunião com o McLaren e como ele se achará dono de Dulce se ela for trabalhar pra ele. E por isso estamos nessa maldita discussão.

— E quem seria confiável para você Christopher? – exaltou-se. — A Alexia? Eu deveria ter pedido ajuda a ela?

Juntei as sobrancelhas confuso com aquilo, o que a Alexia tinha a ver com essa discussão?

— Qual é o seu problema com a Lex? Achei que eram amigas.

— Amigas? – gargalhou. — Eu sei de tudo Christopher.

— Mas tudo o que? – coloquei as mãos na cintura, ainda sem entender.

— Sei que vocês têm um caso e...

Mesmo sabendo que aquilo era um blefe de mulher ciumenta, a interrompi. — Não temos um caso, mas já tivemos uma história.

— Ah claro, uma longa história, não é?

— Qual é Dulce? Quer saber qual é a história?

Ela deu de ombros, mas sei que estava curiosa para saber, então a fiz sentar e sentei no sofá a frente dela.

— Tudo começou quando Poncho e eu nos tornamos melhores amigos ainda no colégio, obviamente como todo super amigo vivia na casa dele.

Comecei a história omitindo muita coisa, não podia dizer a Dulce que vivia na casa de Poncho para fugir um pouco das confusões que acontecia na mansão por causa do Narcotráfico.

— Alexia era a nossa menininha, afinal, ela era a mais nova da turma, foi abandonada pela mãe ainda nova e bom, precisava de proteção. Tudo aconteceu, nos apaixonamos e fui seu primeiro beijo, seu primeiro homem na cama...  – vi Dulce se incomodar e continuei pulando partes. — O namoro desandou quando completei entre 16 e 17 anos quando tive que assumir novas responsabilidades dentro de casa.

Não podia dizer a Dulce que foi quando começou meu treinamento no Narco.

— Estávamos prestes a terminar depois de dois anos de relacionamento, mas aí Lex me apareceu gravida.

Dulce bebericou da água.

— Gerou uma confusão com Alfonso que exigiu que me casasse com Lex, ela só tinha 16 anos na época, sem mãe, enfim, marcamos a data do casamento.

Dulce desviou o olhar, estava enciumada mas sem nenhuma razão. Ja que tudo isso fora antes dela.

— Mas, em uma festa, discuti com Lex por ela está grávida e bebendo, peguei a direção bêbado, sofremos um acidente e bom, o resto você já deve imaginar, ela perdeu o bebê e aí foi que a relação acabou de vez, tornando a nossa relação o que chamamos de suficiente.

Dulce parecia não ter entendido o ‘suficiente’, mas era suficiente para os negócios, porque Alfonso trabalhava para Genaro, e logo, Poncho entrou em seguida. Mas, Alexia so entrou depois de tudo, depois de ter perdido o bebê e já não termos mais nenhuma relação.

— Somos amigos, parceiros como queira chamar, mas não passa disso.

Dulce ficou cabisbaixa parecia envergonhada. Omiti várias coisas da história, omiti também que transei com Alexia semana passada, porque Dulce jamais entenderia os meus motivos.

— Satisfeita? – perguntei, levantando seu olhar com a mão no queixo.

— Ela parece ainda ser apaixonada por você.

Ótimo, Dulce parecia não querer acabar com essa discussão, o foco não é eu e a Alexia, e sim ela trabalhar para o McLaren.

Levantei do sofá, caminhando até a varanda.

— O foco aqui não é o que supostamente a Lex sente por mim, Dulce, essa história tem cinco anos. O foco aqui é você trabalhar para o McLaren.

— Você não pode mandar em mim, Christopher, e ele não me parece ofensivo como você diz, o que há entre vocês dois? Ele também ficou inquieto quando Cindy mencionou que éramos amigos. – frisou.

Ele não ficou inquieto Dulce, ele achou o máximo, porque agora sabia exatamente como me provocar. McLaren sabe que não tenho amigas, e o que Cindy quis dizer a ele é que você fazia parte do meu harém.

Quis dizer tudo isso a ela, mas não podia.

— Quer saber? Não tenho paciência para tanta desconfiança. – esbravejei, entrando na casa, pegando as caves que estava sob a mesa. — Tenho um passado, como todo mundo. – a encarei antes de sair. — Faz o que quiser.

Sai da casa descendo as escadas e ouvia Dulce caminhando atrás de mim.

— Desculpas, Christopher, mas você precisa entender o meu lado nisso tudo.

Cheguei até o carro rápido demais. E já dentro do carro Dulce me olhava aflita.

— Depois a gente conversa.

Sai da casa de Dulce furioso com a situação, sei que ela não está errada em desconfiar tanto de mim assim, principalmente depois de tudo que viu nos últimos dias na mansão. Mas, ela ainda era uma menina e eu precisava saber lidar com isso.

Desliguei o telefone e peguei a estrada ate Ventura, precisava de um pouco de adrenalina.

Cinquenta minutos depois lá estava eu, na fazenda. Ao entrar no casarão me deparo com Anahí e Poncho aos amassos no sofá. Tossi de leve tentando chamar atenção deles, Anahí caiu no tapete e Poncho logo se colocou de pé.

— Olá chefia. – gaguejou Poncho passando a mão entre os cabelos, tentando arruma-los. — O que faz por aqui?

Gargalhei sentando na poltrona. — Você não perde tempo né? – olhei Annie. — O coitado do Cal está lá se acabando na maconha sem notícias suas e você ai bem preocupada.

Dulce com certeza não conhecia a amiga que tinha.

— Ele vai em entender depois. – disse Anahí, e vi Poncho ficar incomodado, mas o que será que ele pensa? Annie e Cal estavam ficando antes de ela decidir vir para cá.

— Dane-se, isso não é problema meu. – fiquei de pé, tirando o cigarro do bolso.

— O que faz aqui chefe? – perguntou Poncho estranhando, porque era difícil vir a Ventura, mas precisava de adrenalina no corpo, entender os meus propósitos.

— Vim convoca-los para adrenalina. Temos uma entrega básica em Bakersfield hoje, e aí?

Na verdade, não era bem um convite, era uma ordem, mas quis ser educado. E Genaro tinha razão, Annie estava se saindo muito bem, era teimosa e não baixava a guarda para qualquer provocação, afinal, trabalhar em um meio onde a maioria são homens não é fácil. Mas ela não se dava por vencida e até que brigava bem.

Chegamos de Bakersfield pela manhã, o telefone de Anahí alarmou as 07h nos acordando e a vi entristecer do nada.

— Qual problema? – perguntei.

— Hoje a Dul completa 20 anos, queria estar ao seu lado, sempre passamos o seu aniversário juntas.

Poncho me encarou, mas não podia liberar Annie a Malibu ainda, seria presa assim que aparecesse por lá.

Mas não era isso que me preocupava agora, acabei de ter uma discussão com Dulce nessa madrugada e nenhum momento ela mencionou que o seu aniversario estava próximo.

Mas que merda Uckermann.

Gentxeeee! O que acharam do romance Alexia e Christopher? COMENTEEEEM!