Fanfic: MALIBU: O CÉU É O LIMITE | Tema: VONDY

DULCE

Zac acabou nos liberando um pouco mais cedo e não tinha como ter sido melhor o meu primeiro dia de trabalho. Tinha feito novos amigos, amigos que aparentavam não ser da mesma turma do Christopher.

Me olhava no espelho avaliando bem o look que acabei de compor, não tinha muitas opções o que me fez refletir sobre comprar roupas novas quando receber o primeiro salário. Peguei a roupa que a Alexia me emprestou no dia do racha e coloquei uma jaqueta e estava pronta, obviamente não era tão boa com maquiagens quanto Lex era, mas esse batom vermelho está suficiente.

Christian logo chegou no complexo com seu classic preto. E estava mais ansiosa que pensei. Olhava para o relógio a espera de Christopher que ainda não tinha dado sinal de vida, nem mesmo o vi no Octopus quando passei para falar com o Cal.

A boate iluminada em luzes azuis e vermelhas me fazia confundir os rostos presentes, mas estava bem lotada. Christian e Zoraida pareciam bem familiarizados com o local, já que os mesmos me conduziam. O DJ animava e a galera gritava do alto.

Abri a boca em “O” quando chegamos a parte de uns poles dance e vi Cindy quase seminua dançando e os homens colocando notas no cós da sua minúscula calcinha. Era nisso que ela trabalhava? Pisquei rápido. Christian acenava de longe para Cindy e ela parecia perdida na dança depois de notar a minha presença ali.

Finalmente chegamos ao pub. Pedi a bebida mais forte do local. Porque como um filme tudo começou a passar na minha cabeça desde que cheguei a Malibu e conheci essas pessoas. Racha ilegal sem presença da polícia – Fernando nunca comentou sobre isso em casa. Drogas e cigarros sempre está sempre. Pessoas armadas em normalidade. Homicídios sem parar. O sumiço de Anahí.

Virei o segundo copo de sexy on the beach. Minha cabeça estava pegando fogo.

— Vamos fazer um brinde. – disse Christian me tirando dos meus pensamentos, segurando um copo de dose com uma bebida azul dentro. — A sua vida Dulcita.

— Arriba, abajo, al centro y adentro. – gritou Zoraida. E todos viramos a dose de uma vez.

O reggaeton tomava de conta do ambiente e Zoraida arrasava no rebolation e decidi seguir os seus passos.

Christian cuidava de nos manter bêbadas.

— E então. – Christian colocou os braços ao redor do meu pescoço e do pescoço de Zoh. — Qual o boy da vez?

Os nossos olhares seguiam em direção a um grupo de 3 homens bem definidos e bronzeados, padrão Malibu. Mas a mente insistia em pensar somente em uma pessoa: Christopher Uckermann.

Balancei a cabeça tomando o copo da mão de Christian, caminhando em direção a área dos fumantes, que era como se fosse um píer beira mar. Onde o som estava mais baixo.

— Que houve, Dulce? – questionou Christian.

— É que achava que estava sério com uma pessoa, mas ela sequer deu sinal de vida hoje.

— Está se referindo ao Uckermann? – questionou Christian olhando para Zoraida.

Assenti que sim.

— Dul, ninguém fica sério com um Uckermann. – disparou Zoraida, talvez ela esteja bêbada demais. — Nem mesmo a Lola escapa, para eles, as pessoas são como marionetes.

Christian acena para Cindy que passava próximo a nós. Mas, ignorou-nos completamente. O que não foi nada educado.

— No que Cindy trabalha? – questionei tentando fugir da confusão mental que tentativa se formar na minha cabeça depois do que Zoraida disse a respeito dos Uckermann.

— Você a conhece? – questionou Zoraida surpresa.

— Claro que conhece Zoh, ela anda com os Uckermann. – acrescentou Christian, que não parava de dançar um minuto.

— A Cindy é a melhor garota de programa de Malibu, a mais bela e bem paga claro. – disse Zoraida, acendo um cigarro.

— E bom, fica ciente que a cliente fiel da loja. – disse Christian, tomando o cigarro de Zoraida.

Ambos riram.

E senti a garganta secar.

Garota de programa? Com que normalidade alguém trabalha com isso? Não é julgando, mas é que jamais pensei que Cindy seria garota de programa, talvez barman como Alexia. Mas garota de programa? Ela não se veste diariamente como uma, tampouco age como uma, lembro dela nas sociais do Christopher.

Zoraida e Christian estavam curtindo o meu aniversario mais que a mim, que parecia bombardeada de novas informações o tempo inteiro. Olhava para os dois a minha frente, a brisa do mar bagunçava os meus cabelos.

Só agora realmente percebo que não conheço essas pessoas, tampouco Alexia, Cindy, e muito menos Christopher, ou os Uckermann como são conhecidos, temidos.

É como se só agora eu me desse conta de que estou vivendo em uma realidade paralela.