Fanfic: MALIBU: O CÉU É O LIMITE | Tema: VONDY

CHRISTOPHER

Depois de quase 30 minutos de Dulce dentro do banheiro, Paco havia chegado e estava nos escoltando ate o complexo residencial. Por um instante pensei em irmos para a mansão, lá estaríamos mais protegidos. Mas, não sei bem como as coisas estão por lá, afinal, é dia de carregamento e estávamos testando uma nova rota até o México.

Conduzi Dulce até o mesmo apartamento que tivemos nossa ultima conversa. E só agora me dei conta que seu aniversário não deve ter sido dos melhores.

— Preciso de um banho. – murmurou caminhando em direção ao banheiro.

Ela estava esquisita. Nunca a vi nesse estado, talvez o efeito da bebida tenha passado com tudo isso. Mas preciso ser rápido no que fazer ou no que dizer.

Tinha exatos dez minutos que Dulce estava dentro da ducha e aquilo já estava me deixando impaciente.

— Precisamos conversar.

Ela desligou o chuveiro me encarando. Porra! Como seu corpo era lindo.

— Você tem que pedir demissão.

— Ainda com isso? – ela ri sarcástica. — É sério que é isso que você tem pra conversar comigo? Sobre pedir ou não demissão do trabalho?

— Você viu o que aconteceu hoje.

Não era o melhor lugar para conversamos, Dulce estava dentro da ducha e eu do lado de fora do banheiro. Ela completamente nua e eu vestido, o que não era nada comum.

— É exatamente por tudo que vi e vivencie hoje que preciso de mais explicações Christopher, na verdade, eu preciso de toda a verdade, porque parece que ando vivendo uma mentira, em um mundo noveleiro.

Mundo noveleiro?

— Eu te disse que o McLaren não era boa companhia.

— E quanto a Cindy ser uma prostituta? – esbravejou tirando a toalha para cobrir-se. — Isso não é ilegal? E as drogas? E a falta de chamar a polícia para resolver crimes? Qual o problema de vocês com a polícia?

Merda, mil vezes merda. Sabia que iria gerar muitas perguntas e que não estava errado sobre Dulce está com mil coisas no pensamento.

Ela não é tão tonta quanto Alexia achava que fosse.

— Dulce. – disse me aproximando, precisava desviar desse assunto. — Você precisa se acalmar. – acariciava seu antebraço. — Hoje é o seu aniversário e...

Quando estávamos prestes a nos beijar. O celular começa a tocar e ao olhar a tela me afastei de Dulce.

Emília? A vovó quase nunca me ligava e tampouco a esta hora.

— Preciso ir. – disse desligando a pior ligação da minha vida.

— Claro você sempre precisa ir. – gritou Dulce.

— O meu irmão sofreu um atentado, foi baleado, caralho. – gritei, pegando as chaves. — Então vai se foder.