Fanfic: MALIBU: O CÉU É O LIMITE | Tema: VONDY

CHRISTOPHER

Em época de campeonato era a melhor fase que tínhamos no porto. Já que toda polícia da marinha estava voltada para a segurança dos surfistas e equipe no geral. E a polícia da cidade voltada para a segurança dos turistas. Era um campeonato longo, com onze etapas e sete fases em cada etapa, durava o ano inteiro.

A primeira etapa seria em Malibu para a nossa sorte.

— Poncho preciso que seja os meus olhos hoje.

— Não vai acompanhar o carregamento?

— Não posso, preciso aproveitar o tempo que tenho para me aproximar da Espinosa. – bufei irritado, amava o que fazia no porto, era minha obrigação conferir toda a carga.

— Mas nunca fazemos uma transição de dia cara, precisamos de você.

— Confio em você Poncho, não me decepcione.

Ao chegar na praia estava lotada, seria mais difícil que pensei encontrar aquelas meninas, tentei enviar uma mensagem para Alexia, mas não obtive sucesso. Tinha muito mais gente que no ano passado e fiquei feliz com o lucro que renderiam as pousadas, hotéis e restaurantes.

Depois de andar por quase quinze minutos, lá estavam elas, Maitê me olhava surpresa obviamente se perguntando porque não estava no carregamento.

— Finalmente achei vocês, porque estão tão próximas? – perguntei, cumprimentando-as com um beijo na bochecha e senti o calafrio de Dulce ao beija-la.

— Parece que não conhece Lexia, queria ver os surfistas desse ano. – respondeu Cindy. — Mesmo sendo quase os mesmos do ano passado.

— Ai como vocês são chatas.

A distribuição das baterias havia começado a galera gritava e quase não se dava para ouvir o que o apresentador dizia.

Dulce parecia impaciente, parecia não ser acostumada com o calor humano da nossa proximidade. Porque a incomodava tanto?

Lhe entreguei um copo com água de coco afim de quebrar todo esse gelo entre nós. 

— Não é álcool. – afirmei e ela me olhou desconfiada. — Experimente.

— Obrigada. 

— E então, quer uma breve explicação? – perguntei aos risos. — Sei que não é acostumada com esse tipo de evento.

— Você parece conhecer muito sobre mim.

E mais uma provocação desnecessaria. 

— Cara, você não me dá uma chance mesmo né? Te fiz algo que não saiba?

Sei que talvez tenha sido direto demais, mas era completamente irritável conversar com alguém com tanta defesa.

DULCE

Depois de muita insistência, Alexia havia me convencido de irmos ao campeonato de surf, não só Alexia, Anahí havia me mandando um milhão de mensagens pedindo que fosse, que preciso aprender a viver um pouco e que se eu fosse para a segunda fase eu a convidasse.

E lá estava eu dando mais uma chance aos eventos que Alexia me convida.

Quando Christopher aproximou-se de nós senti um frio na barriga mesmo estando em um calor de 40º de Malibu. Não que fosse estranho que ele estivesse ali, porque o irmão Daxton fazia parte dos surfistas da competição.

O que era estranho, era que ele estivesse sozinho, sem Paco ou Poncho.

— Cara, você não me dá uma chance mesmo né? – perguntou irritado. — Te fiz algo que não saiba?

Christopher estava de óculos escuros então não sabia exatamente se estava a me olhar do jeito que o olhava. Minha garganta secou e virei todo o copo de água de coco que ele havia me oferecido, ele tinha razão, desde do primeiro momento ele havia sido suficientemente gentil e educado comigo. Mas, havia colocado na minha mente que ele era um bad boy maldito e bom, nunca dei a oportunidade de realmente conhece-lo, onde está tudo que aprendeu na igreja Dulce? Sobre não julgar sem conhecer.

E como se lesse os meus pensamentos e fosse mais educado do que eu deveria ser. Christopher começou a explicar um pouco do que era um campeonato de surf.

— Essa é a primeira fase do campeonato. – Christopher olhava diretamente para onde os surfistas gatinhos de Alexia estavam posicionados. — Em suma, os trinta e seis surfistas são divididos em doze equipes com três surfistas cada...

Consegui prestar atenção somente no início da explicação não me interessava nada pelo o surf, estava ali só para ser um alguém mais sociável como Anahí disse que eu precisava ser. Christopher tinha 22 anos mas juro que lhes daria uns 35 anos, vestia-se como um adulto, falava como uma adulto e bom não o vi ainda com atitudes típicas dos jovens da sua idade como via em Burbank. Tinha um sorriso cativante, as unhas bem-feitas, pernas depiladas... e como se soubesse que estou a observa-lo a alguns minutos Christopher terminou a explicação e desviei o olhar rápido, prestando atenção a loucura de Alexia gritando por Daxton.

— P;uta merda! – Alexia estava nervosa demais. — Vai meu garotinho.

— Não ligue para Lexia, suas emoções precisam ser estudadas. – disse Maitê. — E como foi o papo com o Ucker?

Perguntou Maitê ao vê-lo sair para comprar uns picolés.

— Nada demais, acho que só estava sendo educado. Sou a filha do xerife. – dei de ombros.

— Sei. –  Maitê gargalhou voltando a tomar do seu refresco. — Vai por mim, nenhum Uckermann faz sala, nem mesmo para o presidente.

Hoje não tinha hora para voltar para casa, ao que entendi Fernando estava de plantão e para a minha surpresa Blanca havia me dado passe livre, o que era muitíssimo esquisito. Cal ficaria mais uma madrugada no Octopus. E para tudo ficar perfeito, só faltava Annie aqui.

— Porque a Lexia está tão nervosa?

— Se o Dax vencer está etapa, ele vai direto para a terceira fase, tecnicamente não precisa passar pela a repescagem. – explicou Cindy.

Não tinha ideia mesmo de como era a relação da Alexia com os Uckermann, ela estava torcendo pelo Daxton mais que o Christopher, como se ela fosse irmã dele.

— E então, perdi muita coisa.

— Caaal! – gritei ao vê-lo aí, tinha tempo que tínhamos um momento juntos. — O que faz aqui?

— Iae cara. – cumprimentou Christopher.

— Consegui uma folga do Octopus. Não podia perder um evento como este em Malibu.

— POO;ORRAAAAAAAAAAAAAAA!

Alexia gritou alto demais chamando a atenção de todos e pulou no pescoço de Christopher que a rodopiava no ar, os dois pulavam e gritavam aplaudindo. Ao que entendi Daxton acabou de passar para a terceira fase.

A intimidade entre Alexia e Christopher era admirável e por um instante senti uma pontada de ciúmes.

— Vamos, vamos lá falar com ele. – Alexia me puxou pelo pulso. E as meninas nos seguiam.

Daxton estava chorando o que era estranho. Duas mulheres estavam ajudando-o a se secar e também aparentavam estar emocionadas. Alexia correu em direção ao Dax junto com Christopher, e fiquei ali sorrindo fingindo conhecer todo mundo.

— Mãe. – disse Christopher. — Essa é Dulce Maria e Claudio Espinosa, o gerente que te falei.

A senhora que não era bem ‘senhora’ de tão linda que era sua pele me cumprimentou com dois beijos e um abraço.

— Sou Marie Casillas, mãe desses dois artistas. – brincou e franzi o cenho confusa com a apresentação.

— Marie Uckermann. – corrigiu a outra senhora, já mais velha e Christopher gesticulava atrás pedindo que não ligue o que me fez rir. — Sou Emília Uckermann, avô deles, sejam bem-vindos a Malibu.

— Obrigada.