Fanfic: Seis Corações | Tema: Vondy, Ponny e Chaverroni
Chacala é uma cidade litorânea do estado de Nayarit no México, aqui faz sol o ano inteiro até mesmo no inverno ainda sim é quente. Mas, continua sendo o meu ponto de paz, o meu refúgio. Todo mundo é sempre bem bronzeado e vive com poucas roupas, o que não agrada nada a mamãe, que quer sempre que estejamos bem compostas e vestidas dos pés à cabeça, já que Chacala tem pouco menos de 400 habitantes e todas as grandes famílias se conhecem aqui.
O rancho estava lotado esta tarde, estávamos organizando todo os preparativos para o aniversario de mamãe, porém, o papai ainda não havia aparecido durante todo o dia o que me fazia duvidar se ele dormira em casa aquela noite.
A festa de aniversário já começou a pouco mais de duas horas e nada do senhor Fernando Espinosa chegar. Estávamos em um mesa junto aos convidados, Maitê e Anahí – minhas hermanas belíssimas – e claro, o Paco, meu esposo.
- Senhoras e senhores. – Blanca pedia atenção dos convidados. – Vamos continuar a festa, porque o homem da casa chegou. – papai descia do carro acenando com a mão esquerda – Meu querido esposo, sr. Fernando Espinosa.
E os aplausos tomaram de conta do local. Papai era querido por toda a cidade, afinal, era proprietário de metade das melhores terras de Chacala.
Paco logo levantou-se para adular o papai, como sempre fazia.
- É um prazer, - Paco o cumprimentou. – Sente-se senhor.
- Estávamos preocupados. – cumprimentei papai com dois beijinhos e um abraço. – Demorou.
Alguns convidados logo se aproximaram para também cumprimentar o dono da casa como manda a etiqueta, podia jurar que o papai não estava feliz, mas mamãe fazia questão de manter a boa imagem para a sociedade, mesmo morrendo por dentro, já que estava a ponto de cancelar a festa e inventar quaisquer desculpa de que Fernando talvez estivesse doente.
- Que tal uma dança? – convidou Paco e revirei os olhos internamente, me perguntando por quanto tempo mais irei suportar este casamento.
A dança com Paco estava um tedio, só conseguia prestar atenção ao longe nos meus pais discutindo com o padre da paroquia. Até que Fernando saiu nervoso em direção a parte interna do rancho e Blanca o segue em seguida, algo não estava certo.
- Mamãe. – disse em sussurro soltando-me de Paco, indo em direção a Blanca que saia suspirando de dentro da fazenda. – O que ouve com o papai? Porque ele saiu assim da festa?
- Não sei, Fernando anda agindo estranho, mas não me diz o porquê.
- Acho que posso tentar descobrir o que ouve.
Paco segura meu antebraço impedindo-me de entrar na casa.
- Não querida, fique aqui comigo, você não precisa correr atrás do seu pai.
Franzi o cenho confusa com aquela afirmação.
- Paco tem razão fila, não precisa ir atrás dele.
- Mas, talvez ele precise de mim, de alguém para conversas. – sugeri.
- Escute sua mae, meu amor, lembre-se que ela sempre tem razão.
Revirei os olhos, porque Paco sempre tinha que adular dos meus pais. Dei-me por vencida porque nunca tive coragem de enfrentar a mamãe ou o Paco em diversas situações, e essa era uma delas.
Era noite e nenhum sinal de vida do sr. Fernando Espinosa, todos dançavam e curtiam a festa de aniversario da mamãe, mesmo sem a presença do dono da casa, o que não era muito educado.
- Não da mais, vou entrar. – levantei-me da cadeira que estava sentada e Paco mais uma vez se posicionou a minha frente.
- Não, quem disse que pode ir?
- Esta tarde e estou cansada, tenho direito de dormir não?
- Porque não segue o exemplo das suas irmãs? – perguntou Paco e logo, levei meu olhar em direção a Maitê e Anahí que dançavam com dois belos rapazes, porém não muito animadas. – Elas estão tentando ser felizes e esquecer o passado, porque só você não pode esquecer Dulce?
Soltei meu braço da sua mão. – Não posso, não e tão fácil assim Paco, principalmente quando você está sempre perto de mim para me fazer lembrar o tempo todo.
Não lhe dei tempo de resposta e voltei a me sentar para evitar mais confusão. Logo, vovô Dionísio apareceu no quintal chamando atenção de todos com seus gritos animados, o que me arrancou boas risadas.
- Parem a música. – pediu Blanca, se aproximando de Magnólia. – Quem disse que você poderia trazer o meu pai? ele precisa ficar em casa.
Magnólia era a governanta do rancho desde antes do meu nascimento, conhecia a nossa família por muitos anos. Chegou no rancho muito nova, nos viu crescer. Ela não tinha culpa das brincadeiras do vovô, ela só cumpria ordens.
- Sinto muito dona Blanca, mas ele insistiu.
- Odeio que você tente me manter longe. – esbravejou Dionísio, chamando atenção de todos, e a musica parou. – Tem vergonha do seu pai deficiente?
Mesmo o vovô usando uma cadeira de rodas, ele era perfeitamente lucido.
- Pois bem, engula o seu orgulho Blanca, porque ninguém esconde um velho como eu, ninguém. – gritou. – Está me ouvindo? Cadê a música? Soltem a música.
Blanca segurou a cadeira de rodas, fazendo menção de carrega-lo dali, mas Dionísio travou. – Desculpe papai, mas a festa está terminando e o senhor precisa ir.
- Me largue. Ninguém vai me tirar daqui.
Paco que estava ao meu lado, vendo toda aquela confusão gerar bochichos se aproximou.
- Escute sua filha, sr. Dionísio, está frio e o senhor pode adoecer.
- Eu pareço um homem doente? Meus únicos problemas são essas pernas. – disse Dionísio, batendo com as duas mãos nas pernas. – Que não funcionam, porque se funcionasse eu estaria melhor que todos vocês juntos.
- Papai é para o seu próprio bem. – insistia Blanca.
- Meu próprio bem? – Dionísio gargalhou alto. – Você só quer me trancar e me deixar apodrecer como um pedaço de fruta. Mas, enquanto eu viver, estarei aqui, mesmo que seja um estorvo.
Aquela exposição já tinha passado de todos os limites, mesmo contra a sua vontade, vovô Dionísio foi levado para a parte interna da casa e não demorou muito, mas finalmente, aquela festa se encerrou.
Autor(a): unavondy_
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
O clima de Chacala sempre esta favorável para bons passeios na praia. Observar o mar era um dos meus passeios favoritos aqui. Maitê e Annie sempre acompanhavam a mim e ao Paco. O meu proposito era relaxar e curtir a brisa do mar, já o da May e da Annie é encontrar um futuro pretendente para casar-se. - Não quero ir a essa reunião, ...
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