Fanfics Brasil - Capítulo 2 Seis Corações

Fanfic: Seis Corações | Tema: Vondy, Ponny e Chaverroni


Capítulo: Capítulo 2

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O clima de Chacala sempre esta favorável para bons passeios na praia. Observar o mar era um dos meus passeios favoritos aqui. Maitê e Annie sempre acompanhavam a mim e ao Paco. O meu proposito era relaxar e curtir a brisa do mar, já o da May e da Annie é encontrar um futuro pretendente para casar-se.


- Não quero ir a essa reunião, Paco. – pedi. – Não sei porque não consegue me entender.


- Precisa ir comigo, Dulce. – insistiu Paco, bebericando do suco. – Não vou aparecer na associação sem a minha esposa.


- Mas, não precisamos estar juntos o tempo inteiro, você precisa mesmo me levar para todos os lugares?


- Prefere que eu vá sozinho e procure outras mulheres? – ameaçou. - Muitas delas adorariam estar no seu lugar.


- É mesmo? Está me ameaçando?


- Você me obriga! – disse entredentes, tentando se conter para não chamar atenção, a praia era sempre cheia de fotógrafos. - Porque as vezes parece esquecer que está casada comigo, principalmente quando estamos sozinhos no quarto.  


Desviei o olhar de Paco e fiquei cabisbaixa, não precisávamos voltar a esse assunto. Logo, Annie e May se aproximaram e Paco silenciou.


- Estamos cansadas. – disse Maitê, arrumam o óculos escuro no rosto. – Vamos voltar para o rancho.


- Tudo bem, nós vamos ficar um pouco mais. – disse Paco, despedindo-se, inspirou fundo e esperou que as meninas tomassem uma distância favorável para que ele pudesse continuar com seu discurso de sempre. – Tudo bem Dulce, não vou obriga-la a ir a reunião, porque não quero intimida-la. Mas, neste caso, serei obrigado a falar com a sua mãe, para resolvermos essa situação de uma vez por todas. Quer que ela saiba o que acontece no nosso casamento?


- Não se atreveria.


- Talvez eu deva. Blanca não é tão flexível como eu. Talvez ela a faça entender as suas obrigações de esposa.


- Não há necessidade disso Paco. – inspirei fundo, fechando os olhos. – Irei a reunião junto com você.


Paco e eu estávamos casados a pouco mais de um ano, não diria que o que temos pode ser considerado um casamento, diria que foi um contrato que Blanca fez para livrar o falatório da cidade em pleno o ocorrido por não ter uma filha mais ‘pura’ diante da sociedade. A reunião que Paco fez tanta questão que fosse, não era bem uma reunião de negócios. Era um cassino cheio de apostadores e mulheres seminuas, um lugar clandestino, escondido nas proximidades de Chacala.


Quando chegamos a fazenda, todos estavam a jantar, mas preferi subi para o quarto. Estava enojada demais ao lembrar daquele lugar para fazer qualquer refeição.


- Viver nesta casa esta cada vez mais insuportável. – resmungou Paco irritado, entrando no quarto, andando de um lado para o outro. – Sobretudo, porque sr. Dionísio está sempre me dando indiretas, sempre lembrando que a minha família perdeu todo o dinheiro.


- Não ligue para ele. – pedi, fechando as cortinas. – Vovô se sente sozinho e ignorado, é normal que ele tente chamar atenção.


- Eu gosto dos seus pais e irmãs, mas adoraria sair desta casa. – meu estomago embrulhou com aquela afirmação. – Se eu tivesse um dinheiro necessário para comprar uma casa...


- Mas você não tem, Paco. – interrompi.


- Mas o seu pai tem, ele devia resolver o meu problema.


- Porque? Você deveria ser grato por ele lhe dar dinheiro para pagar suas dividas do cassino.


- Inclusive, eu preciso de dinheiro mais não sei quando pedir, ele nunca está no escritório, nem em casa, o seu pai anda muito estranho.


Paco era mesmo muito abusado, ele não poderia simplesmente agradecer pelo padrão de vida que temos graças a minha família? Não basta para ele que o papai dê dinheiro para ele perder em apostas, ele sempre quer mais.


Estava dormindo, quando senti mãos tocando as minhas coxas, um nervosismo me subiu pelo peito, ao lembrar aquela noite.


- Desculpe não quis acorda-la. – Paco estava parado a minha frente na cama, muito próximo.


- Não me toque. – pedi ao ver que ele tocava o meu ombro.  


- Quando poderei então? – se afastou ainda sentado na cama a minha frente. - Somos casados há quase um ano e você nunca me deixa toca-la. Você pula como se eu fosse machuca-la.


Paco estava irritado, sei que ele tem razão, mas é mais forte do que posso controlar.


- Desculpa, mas é assim que me sinto, a mesma sensação que tive naquela dia horrível. – abracei-me com os próprios braços.


- Não pode simplesmente esquecer? – o encarei incrédula. - Eu não fui um dos miseráveis que a estupraram. – gritou irritado.


- Pare de falar sobre isso. – coloquei as mãos na cabeça.


- É você quem toca no assunto sempre que quero fazer amor. – apontava em minha direção com o indicador. - O que aconteceu não foi culpa minha. Eu casei com você para ajuda-la a esquecer e a levar uma vida normal, mas você não quer se ajudar. – estendeu as mãos. - Qualquer dia vou me cansar, e deixa-la por alguém que me dê o que você me nega.


Mas uma ameaça.


- Você já faz isso Paco, ou você acha que não sei que tem amantes?


- Não porque quero, mas porque você me obrigou. Mas estou cansado de ir para a rua, procurar o que eu deveria ter em casa, o que deveria ter na minha própria cama.


Paco levantou-se e puxou o lençol e me senti nua. Puxava o pequeno hobby que vestia afim de me cobrir.


- Olhe pra mim Dulce. – inclinou-se a minha frente. - Você tem nojo de mim?


- Tu sabes que não é isso Paco...


- Então o que você espera para cumprir com seu dever de esposa? – Paco tocava nos meus cabelos. - Ceda um pouco, permita-me beija-la. Não pensa em nada e nem em ninguém, sei que vai gostar dos meus carinhos. Só precisa se acostumar e não resistir.


Paco começou a me beijar de olhos fechados e comecei a tremer de nervosa. Aquilo não poderia estar acontecendo comigo, não de novo. É como se aquela noite se repetisse mais uma vez, como se eu estivesse no chão do estabulo, e aqueles homens, aqueles malditos assaltantes me olhando com olhares maliciosos, tirando suas vestes...


- Não. – gritei empurrando-o, levantando da cama. - Não posso.


- Aonde vai Dulce? – Paco me segurou, me impedindo de sair do quarto.


- Por favor me solte. – supliquei em meio ao choro. - Não quero ficar aqui com você. Eu imploro.


Batidas na porta fizeram com que Paco me soltasse e a porta logo se abriu.


- Papai – o abracei aos prantos.


- O que está acontecendo aqui?


- Nada, ela só está aborrecida. – respondeu Paco.


- Acalma-te e volte para cama. – pediu Fernando, me olhando. – E quanto a você – apontou em direção a Paco. – No meu escritório já.


Aquela madrugada papai colocou Paco para dormir no quarto de hospedes. Mesmo sabendo que isso geraria comentário entre os empregados da fazenda, papai não se importou. Uma atitude que Blanca jamais tomaria para me defender.


Na manhã seguinte, tentei agir como se nada tivesse acontecido.


- Estamos atrasados e ainda nem saímos. – Blanca reclamava andando de um lado para o outro no estacionamento. - Os Mendoza devem estar esperando.


- Onde está o sr. Fernando? – perguntou Paco que não me cumprimentou ainda hoje, o que era bom.


- Papai foi andar a cavalo como faz todo domingo, ainda não voltou. – disse Maitê, a outra atrasada se aproximando.


- Mas não deveria ter ido, não hoje, Fernando sabe que fomos convidados para jantar. Certamente fez de proposito, ele sempre desaparece quando temos compromissos.


- E se formos sem ele? – sugeri e mamãe se irritou ainda mais.


- Não vamos sair sem ele, Dulce Maria.


- Fique tranquila minha querida sogra. – disse Paco, andando em direção ao estábulo. – Vou acha-lo.


Paco estava sempre as ordens da dona Blanca Saviñón, sempre tentando agrada-la, ela era a única dentro da fazenda que ainda acreditava que Paco era um bom homem.


Paco demorou cerca de mais de uma hora para voltar, o que deixou todo mundo aflito.


- Paco, o que houve? – perguntou Blanca, ao ver o nervosismo de Paco ao descer do cavalo – Porque Fernando não está com você?


Paco ficou em silencio, mas a pressão dos olhares em sua volta o fez finalmente falar.


- Sr. Fernando sofreu um acidente, chamem uma ambulância urgente.



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Autor(a): unavondy_

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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POV DULCE Morto. O meu pai. O meu protetor da vida estava morto. Era a sua primogênita, a sua queridinha. E agora o meu grande amor estava morto. Não conseguia acreditar. Por um momento achei que ele escaparia da cirurgia no cérebro, mas a pancada foi muito forte. Ele não estava tão bem de saúde assim. O trajeto até a faz ...


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