Fanfics Brasil - Capítulo 3 Seis Corações

Fanfic: Seis Corações | Tema: Vondy, Ponny e Chaverroni


Capítulo: Capítulo 3

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POV DULCE


Morto.


O meu pai. O meu protetor da vida estava morto. Era a sua primogênita, a sua queridinha.


E agora o meu grande amor estava morto.


Não conseguia acreditar. Por um momento achei que ele escaparia da cirurgia no cérebro, mas a pancada foi muito forte. Ele não estava tão bem de saúde assim. O trajeto até a fazenda ninguém disse nada. Não sabíamos como iriamos dar a noticia a Maitê, a Annie, ao vovô. Não teria forças para tal.


- Já operaram? – Maitê perguntou correndo ate o carro.


- Como esta o papai? – perguntou Anahí atrás dela. – Está fora de perigo?


Por mais que já fossem mulheres adultas, elas continuavam a ser as pequeninas do senhor Fernando, como éramos conhecidas por Chacala. Maitê aproximou-se de mamãe e balança seus antebraços buscando respostas. – Porque não me responde mamãe?


E não suportando mais aquela situação corri para dentro de casa.


Magnólia ficou responsável por organizar e comunicar a cidade sobre a morte e o velório do papai. Blanca não tinha condições para isso, diante de todo mundo que consigo enxergar aqui presente no velório, somente Paco não demonstra nenhum tipo de emoção, e fora Paco a ultima pessoa a ver o papai antes do acidente.


- Não fique sozinha. – pediu Paco ao me ver na sala de estar. - Vamos ao quarto da sua mãe ficar com ela, ela precisa de nós.


- Prefiro ficar aqui. – disse sem olha-lo.


- Se quiser desabafar, porque não faz isso? Você está muito calada.


Por Deus, será que não tenho um momento de paz.


- Até que ponto cegou a sua discussão com o meu pai? – o encarei finalmente ali naquela sala. - Sobre o que falavam antes do acidente?


- Acha que tive culpa de algo? – perguntou diretamente Paco.


- Foi um acidente muito estranho.


- Pode não acreditar, mas nossa conversa foi muito amigável. Ele admitiu que eu estava certo em estar chateado e prometeu que falaria com você para que mudasse de atitude.


Fiquei de pé sem acreditar em uma palavra que dizia Paco. - Não acredito em você.


Paco puxou-me pelo antebraço me impedindo de sair da sala de estar.


- É verdade. Na verdade, ele me garantiu que já tinha comprado uma casa para nós e que estava prestes a nos dar. Averigue, se não acredita em mim.


Aquilo ela loucura papai jamais me deixaria morar sozinha com Paco, papai sabia de todas as discussões que ocorriam entre nós dois. A poucos dias presenciou a última. Desvencilhei das mãos de Paco.


- Seu pai era um grande homem que morreu no momento menos oportuno. Como disse padre Epifânio, ele era um exemplar de Chacala. – foi tudo que ouvi antes de subir as escadas.  


Ficar longe de Paco era impossível, a cada canto daquela imensa fazenda em que tentava ficar sozinha ele estava atrás como uma sombra. Estava tentando ser forte, era a filha mais velha, precisava ser pelas minhas irmãs. A noite no jantar, o clima estava insustentável. Ninguém dizia nada.


Até que fomos interrompidos pela campainha, mesmo não sendo muito educado receber visitas em um dia como esses.


- Desculpem interromper. – disse Magnólia. - A sr. Blanca está chamando todos a sala.


-  O que houve Meg? – perguntou Anahí.


- Não sei, mas melhor irem já, ela esta impaciente.


Franzi o cenho confusa olhando para minhas irmãs. Ao chegarmos a sala principal, mamãe estava com uma moça ao seu lado. A moça chorava copiosamente.


- O que passou mamãe? – perguntou me aproximando. - Quem é essa mulher?


- Já já apresentarei. Fiquem à vontade.


Estava começando a ficar nervoso. Todos sentaram-se e finalmente mamãe começou a falar.


— Já que estão todos juntos já posso apresentar todo mundo. – Blanca andava pela sala. — Estão são minhas filhas Dulce, Anahí e Maitê, elas são filhas do meu inesquecível esposo Fernando, tivemos outros dois filhos, que infelizmente morreram ao nascer. – aproximando-se do Paco. — Este homem é sr. Paco Álvarez, marido de Dulce.


— Para que essa apresentação? – interrompeu Paco, impaciente. — Não estou entendendo.


— Não se preocupe logo entenderá, e esse homem é o meu pa. – se aproximando do vovô. — Um militar de prestigio que ficou paralitico enquanto servia ao país, e quanto a mim você já sabe, sou uma esposa fiel e uma mãe dedicada. - referia-se olhando pra menina. — E acima de tudo, a senhora que você desejava encontrar.


Anahí, Maitê e eu se entreolhávamos sem entender o que estava acontecendo. Aquele não era um bom para esse tipo de situação.


— Pode parar com essa apresentação ridícula e nos dizer logo quem é essa adorável mocinha? – perguntou Dionísio.


— Eu não vou dizer, ela dirá, levante sua cabeça. – Blanca levantava a cabeça da menina com a mão no seu queixo. — Diga a todos quem você e porque está aqui. Diga a eles. Conte a eles, conte a minha família quem você é e porque está aqui.


— Não sei o que está acontecendo com essa garota, mãe, mas está nos deixando muito nervosa. – disse impaciente.


— E com razão Dulce, ela deve ter pensado que só teria que encarar a mim, mas nunca escondo nada, ainda mais um assunto tão sério quanto o que ela veio discutir. Ela se chama Ana Uckermann e ela garante que teve um caso com meu marido.


Maitê levantou-se de imediato com aquela acusação. Annie que prendia o choro, já começara a chorar.  


— Isso é ridículo, se é brincadeira, é de muito mau gosto. – acrescentou Maitê.


— E tem mais. Ela afirma que está esperando um filho de Fernando. Não é mesmo garota?


— Minha nossa. - sussurrou Dionísio.


— Você é medrosa, mas não tem vergonha. Não está afim de afirmar mais nada? – confrontava Blanca, mas a moça só chorava.


A moça chorava.


— O que está dizendo é muito grave. – Annie ficou de pé. — Não pode ser verdade.


— É claro que não. – rebateu Maitê. — Porque nosso pai era um homem respeitoso e integro. Isso é calunia.


— É que eu acho. – concordou Blanca.


— Então porque diabos a deixou entrar? – perguntou Dionísio. — Não teria sido mais fácil manda-la embora e evitar essa situação?


— Porque acredito no meu falecido marido e em sua fidelidade. E eu queria mostrar a esta mulher como é difícil manchar a reputação dele.


— De onde você veio? Quem a mandou? – perguntou Dionísio.


E finalmente quebrando o seu silencio diante de tantos ataques, a tal Ana finalmente conseguiu controlar o choro e responder.


— Ninguém, eu vim por conta própria.


— Veio com duas pessoas duvidosas, que a convenceram a contar essa história mentirosa. – acrescentou Blanca.


— Diga o que quer dizer, não tenha medo. – disse Dionísio.


— Eu não quero dizer nada, quero ir embora. – disse Ana, estava amedrontada diante dessa situação e tantos ataques.


— Não, não vai sair ate nos contar tudo.


— Perdão, mas acho melhor ela ir embora, não vamos perder mais tempo com ela. – disse Paco, que só consigo notar que esta muito nervoso.


— Não. – pedi. — Deixa-a falar paco.


— Para continuar a mentir? Ela está tentando nos chantagear e tirar vantagem da situação. Ela soube da morte de Fernando e não perdeu tempo em mentir sobre estar grávida dele.


— Foi exatamente isso que pensei – disse Blanca concordando com Paco. — Ela leu no jornal.


— Não poderia ser mais obvio. Ela é só uma oportunista vulgar. Não podemos duvidar da honra do meu sogro. Alguém pode provar o que ela diz? Alguém acredita nela?


Todos silenciaram.


— Saia desta casa e leve seus capangas com você. – Paco a segurava pelo antebraço. – E agradeça por não chamarmos a policia para prende-la pelo crime que esta cometendo.


— Não sei se vir a esta casa foi um crime. – gritou Ana. — Mas não sou chantagista e tudo que falei é verdade.


— Saia senhorita. – insistiu Paco.


— Ela não vai sair. – esbravejou Dionísio, que por alguma razão estava dando confiança aquela moça.


— Sr. Dionísio...


— Ela está falando vamos ouvi-la. Diga o que tem a dizer garota, não vou julgá-la. Tenho a mente aberta para qualquer possibilidade, talvez possa me convencer de que não está mentindo.


— Como ousa papai? 


— Ouso mesmo, por mais que eu confiasse no Fernando, sei que ele não era um santo, ele era um ser humano como nós. Ou acha que ele ficou cego a outras mulheres quando se casou com você? Que ele só tina olhos pra você?


— Que ela diga o que quiser, se ela sair sem dizer sempre ficaremos em dúvida.


— Fale garota quando conheceu meu genro.


Ana inspirou fundo e como se estivesse tomando coragem começou a contar a história mais horrível que já ouvi nos últimos tempos. Não era possível que o papai estivesse envolvido com ela por tantos meses, e não era possível que uma menina tão jovem quanto ela pudesse se envolver com alguém tão velho quanto o papai. Não tinha o menor sentido.


— Como pode aceitar tal proposta de um homem casado? – a questionei ficando de pé.


— Te juro que não sabia que ele era casado, ele me disse que morava com a irmã e as sobrinhas dele.


Ri sarcástica.


— Papai nunca teria dito tal coisa. – disse Anahí. — Ele nunca mentia pra ninguém.


— Pois para mim ele mentiu.


Aquela situação estava passando de todos os limites, não sei porque estamos levando essa mentira adiante. Blanca segurou o rosto de Ana com força. — De uma boa olhada nas minhas filhas, elas são mais velhas que você. Não pode nos convencer que um homem que estava entrando na velhice, fosse fazer alto tão desprezível.


— Está certa senhora. – disse Ana soltando-se. — Não direi mais nada. Não quero falar mal do homem que eu amava, eu amava muito, e a morte dele me dói mais do que em vocês. Eu só vim aqui para pedir ajuda, não estou mentindo sobre estar gravida.


Aquilo era realmente muito ridículo, essa moça estava descendo muito baixo.


— Que você está gravida não duvido, mas aposto que não é do meu sogro.


— Eu nunca estive com outro homem. – gritou Ana.


— Tem alguma prova? – perguntou Blanca.


— Não, não tenho.


— Então não diga mais nada. Minha paciência se esgotou. E você se rebaixou demais, se está fazendo isso na sua idade, o que esperar do futuro. Quer um conselho? Fique longe das más influências que a corrompem, e se estiver gravida vá atrás do pai verdadeiro dessa criatura.


Ana saiu correndo depois do conselho de mamãe, e quanto a mim? Perdi a força das pernas diante daquela situação. Muita coisa passava pela minha cabeça. Porque alguém como Ana viria até aqui fazer todo esse teatro? Seria por dinheiro? Ou será que ela não está falando a verdade? Papai andava muito estranho nas ultimas semanas.



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Autor(a): unavondy_

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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POV DULCE Um mês se passou desde a morte do papai e tudo nesta fazenda parece incompleto. Ele vivia por esse lugar, mamãe responsabilizou Paco para cuidar do setor administrativo da fazenda e por momento quis alerta-la de que Paco pode nos levar a falência a qualquer momento já que é um viciado em apostas. Ao longe observar Paco e Blanca ...


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