Fanfic: Seis Corações | Tema: Vondy, Ponny e Chaverroni
POV DULCE
Um mês se passou desde a morte do papai e tudo nesta fazenda parece incompleto. Ele vivia por esse lugar, mamãe responsabilizou Paco para cuidar do setor administrativo da fazenda e por momento quis alerta-la de que Paco pode nos levar a falência a qualquer momento já que é um viciado em apostas.
Ao longe observar Paco e Blanca conversando com o arquiteto, entraríamos em obra, Paco não precisou de muito para convencer a mamãe de que precisávamos de um novo lar, porém, ela não quis que saíssemos da fazenda e por isso, teremos o nosso chalé dentro das terras da fazenda.
— Pela sua cara... – Paco se aproximava ao me ver. — Não gostou da ideia da tua mãe.
Desviei o olhar dele, voltando a encara-lo de braços cruzados. — E você gostou?
— Não é a melhor opção, sabe que quero ser total independente. – passava a mão na barba. — Mas, Blanca não quer se separar de você. – deu de ombros. — Então não tenho outra escolha, além de aceitar.
— Não importa o que aconteça Paco, nossa relação sempre será a mesma.
— Não querida, tudo vai mudar muito em breve, porque vamos estar sozinhos, longe de aborrecimentos. Vamos viver como marido e mulher. – Paco segurava o meu rosto com a mão direita. — Nem que você tenha que se esforçar.
Depois da reunião com o arquiteto sobre o chalé, subi para arrumar minhas coisas, passaríamos um final de semana na nossa casa no México, segundo Paco, tínhamos uma reunião importante, mas no fundo que é só mais um cassino que talvez ele queira frequentar. O que mais me aborrece é Blanca achar que Paco é um homem honesto e digno da sua confiança, porque tudo que ele diz é lei aqui dentro desde que o papai faleceu.
Nunca pensei que fosse desejar tanto regressar a fazenda, foram os piores 3 dias da minha vida, Paco conseguia enganar Blanca a cada novo evento, mesmo sendo tudo aparentemente muito suspeito. Senti o estomago embrulhar ao chegarmos a fazenda e vê ao longe que o arquiteto já havia dado inicio a essa maldita obra. Blanca já se comunicava com os trabalhadores, o que era esquisito ter somente 3 homens para uma obra desse tamanho.
Caminhei em sua direção, porque não suporto mais viver com Paco.
— Mamãe, preciso falar contigo. – a chamei.
E os meus olhos paralisaram assim como minhas pernas ficaram imoveis, quando os olhos dele encontrou os meus. Quem era esse homem? Porque me encara dessa maneira, engoli seco ao observar seu peitoral sem camisa em minha frente. Seus cabelos bagunçados e suados deste sol de Chacala. Os outros dois homens se mantinham atrás dele como se estivessem prontos para defende-lo, certamente discutiram com Blanca.
— Aqui não Dulce. – Blanca me chamou tirando-me do transe. — Falaremos lá dentro.
Mas permaneci imóvel e ele também, como um trabalhador pode ter tanta ousadia em me encarar dessa maneira?
— Venha Dulce, vamos. – Blanca chamou novamente e só assim desviei o olhar daquela escultura de homem parada a minha frente.
Não sabia muito bem como conversar com a mamãe, quando o papai era vivo tudo era mais fácil, sentia que podia confiar nele e que a qualquer momento poderia me divorciar do Paco, como estava prestes a fazer antes do papai falecer, mas agora está tudo muito cedo. Blanca já não é mais a mesma mulher de antes, teme a sociedade de uma maneira que nunca vi antes.
— Sinto muito Dulce, mas não posso ajuda-la desta vez.
Como previsto, ela jamais me apoiaria.
— Mas não aguento o Paco, diga pelo menos que se comporte perto de mim.
— Como, se nem você cumpre com as funções de esposa?
Claro, essa pauta novamente.
— Tudo bem, esqueça, não diga nada a ele. Não devo envolve-la em meus problemas pessoais. Pelo menos peça que não gaste tanto.
— Não posso restringi-lo, se o fizer, ele pode nos deixar desprotegidas. Paco é o único homem desta casa.
Mas, desprotegidas do que? Não sei que tipo de pensamento leva Blanca a pensar que seremos atacadas ou desrespeitadas pela sociedade de Chacala por não ter um homem dentro de casa cuidando dos negócios.
— Está se esquecendo do vovô, mamãe. Ele também é um homem.
— Por Deus, Dulce, o papai é um velho invalido, incapaz de cuidar desta casa. Ao invés de reclamar, deve tentar se aproximar do Paco, tentar entende-lo, a solução está em suas mãos.
Entende-lo? E quando ela vai começar a entender? No fundo sabia que aquela discussão não iria levar a lugar algum, mas precisava arriscar, ao menos tentar. Já que as pressões do Paco sob mim estavam cada vez mais agressivas e ele já não tinha mais a quem temer.
Autor(a): unavondy_
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
POV DULCE Na manhã seguinte, fomos acordados com o barulho dos trabalhadores ao lado de fora. Paco exigiu que eu o acompanhasse, que mostrasse interesse em saber o andamento sobre o nosso lar. Precisava me esforçar, já que Paco faz questão de relatar toda a nossa relação para a mamãe. — Como pode ver, o arquiteto fez ...
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