Fanfic: Seis Corações | Tema: Vondy, Ponny e Chaverroni

POV DULCE

Na manhã seguinte, fomos acordados com o barulho dos trabalhadores ao lado de fora. Paco exigiu que eu o acompanhasse, que mostrasse interesse em saber o andamento sobre o nosso lar. Precisava me esforçar, já que Paco faz questão de relatar toda a nossa relação para a mamãe.

— Como pode ver, o arquiteto fez um ótimo trabalho. – o rapaz moreno bronzeado e cabelos baixos segurava a planta da casa, e Paco fingia entender alguma coisa. — Pois, o desenhou o chalé, proporcionalmente à casa principal. Se me permite, senhor...

E lá estava ele, o alto, provavelmente o mais velho dos três, me encarando em silencio. Sentia algo dentro do meu peito queimar com esse olhar castanha em mina direção. Me mantive calma atrás de Paco para que ele não percebesse o meu nervosismo.

Paco segurou um lado da pedra para o rapaz moreno pudesse explicar melhor.

— Esta é a fundação, a ser feita de pedras, assim como a escadaria da entrada. Aqui temos um pórtico da frente. – o rapaz fechou a planta, e começou a explicar olhando em direção ao terreno. — Aqui colocaremos as colunas e a cerca.

Paco tomou o papel que continha a planta das mãos do homem e aquilo era ridículo, porque Paco não entendia nada de construção.

— É uma planta bem desenhada. – elogiou Paco. — O que acha meu amor?

Desviei o olhar do homem parado a nossa frente, fingindo entender alguma coisa daquela conversa, mas minhas mãos suavam demais. Não me recordo de ter sentido nada parecido em toda a minha vida.

— Não entendo muito de construção.

— Ele acabou de explicar, eu entendo perfeitamente.

— Certamente ficará bem, eles sabem o que fazem Paco.

Passei a moa nos cabelos nervosa com aquela situação. Porque ele simplesmente não pode parar de me olhar?

O rapaz tomou a planta novamente das mãos de Paco. – Devo avisar, que vai demorar um pouco. Os detalhes são um pouco complicados.

— Não, - interrompeu Paco.  — Isso não será preciso. Tudo parece bem, devem seguir trabalhando.

Paco me puxou em direção a casa grande. E finalmente consegui ir ate a cozinha bebericar um pouco de água. As empregadas me olhavam desconfiada. Mas elas não sabiam que essa foi uma das manhas, mas desconcertantes de toda a mina vida. O que avia entre mim e aquele homem? Que conexão era aquela, e se ele era o mais velho porque não se dispôs a explicar a construção.

Não conseguir ler um dos meus livros a tarde inteira, os observava da janela e como se tivéssemos uma conexão, algumas vezes o tal homem me pegou no flagra encarando-o. Resolvi descer para buscar um chá, precisava de algo que me fizesse dormir.

Ao descer as escadas o encontrei no hall de entrada.

— O que faz aqui?

— Necessito falar com.. – ele engoliu a saliva. — Sua mãe. É sobre alguns gastos, pode chama-la?

E antes que pudesse responder Blanca surgiu o Hall e desviei o olhar do homem. Era proibido a entrada de trabalhadores dentro da casa, isso não iria terminar bem.

— O que faz aqui? – questionou rude Blanca. — Não entende que não pode vir sem autorização?

Ele deu dois passos a frente, como se fosse enfrentar a mamãe.

— Preciso falar com a senhora.

Blanca logo me deu olhar e entendia o recado, tinha que sair dali.