Fanfics Brasil - Trabalho em dupla Me apaixonei por um Grifinório

Fanfic: Me apaixonei por um Grifinório | Tema: Harry potter


Capítulo: Trabalho em dupla

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A neve caia lá fora, e eu estava deitava na minha cama que ficava de frente para única janela que tinha no dormitório. Fiquei vendo a neve cobrir toda a janela, o que não era difícil já que os aposentos da sonserina eram em uma masmorra no fundo do castelo. Minha janela era voltada a floresta proibida e eu tinha total visão da lua naquela noite. Não queria pensar sobre o acontecido. Fechei os olhos e tentei dormir. Eu e Pandora não tocamos mais no assunto, até irmos ao três vassouras beber uma cerveja amanteigada.


Pansy, Draco e Pandora e eu estávamos sentados numa mesa, cada um com sua cerveja amanteigada. O assunto entre nós era sempre o mesmo, Draco se gabava com seu pai no ministério, sempre dizendo que ele e o ministro tinham certeza que os planos para acabar o Eleito iriam dar certo, e que Dumbledore estava conspirando contra eles. Eu não nunca liguei para essa conversa de Malfoy. Sempre odiei levar o nome Black da minha mãe. Minha mãe passou quase toda minha infância em Azkaban. O que fez eu crescer com o Draco sendo meu meio irmão e Narciza minha segunda mãe.


-- O que vocês acham sobre as NOM’s serem esse ano? – pergunta Pandora.


-- Meu pai acha uma babaquice.  - diz Draco  - Ele já está falando com o Ministro para não fazermos as provas esse ano. Ele acha que Dumbledore não nos ensina direito e que não temos capacidade para prestar as NOM’S. Mas o Ministro diz que o ministério vai começar a intervir em Hogwarts e que a professora Umbridge vai mudar isso.


-- Não vejo a hora de termos aula com ela. São as últimas de sexta feira. Não é? – diz Pansy.


-- Sim – responde Draco. – O que que houve com a Liz? Ela está quieta. Nunca a vi assim.


-- Ela anda preocupada com as provas. Não sei porque na verdade. Nunca vi ela estudar para nada e sempre tira notas boas. Não sei como ela consegue. Liz... Liz! Tá ouvindo?


-- Que que foi? – eu falei como se tivesse prestando atenção na conversa.


-- Falei que você está preocupada com as NOM’s.


-- Tô, uhumm... – não dei muita atenção a conversa e continuei olhando fixamente para a minha cerveja. Escutei o resto da conversa, sem prestar muita atenção.


-- Aff, deixa ela pra lá, as vezes está pensando em quem será sua próxima vitima sexual, já que agora até o Blásio entrou pra sua lista. – Diz pansy rindo enquanto olhava para Pandora. – Falando em vitima, você viu aquele menino da grifinória, como é o nome dele?! – continuou pensando alto e esperando que alguém dissesse o nome do garoto.


-- Denael! – diz Draco enquanto se retira do assunto das meninas. – Eu não preciso ouvir isso. Vocês interessadas em garotos da Grifinória, não tem vergonha, honrem o nome da família de vocês.


-- A Draco, vai lá vai... Vai lá atras do seu “Pottah”. Você fala da gente mas não deixa ele em paz. -- Draco saiu vermelho de raiva, como se tivesse escondendo algo. Atitudes assim já eram de se esperar desde que ele entrou em Hogwarts, nunca mais tivemos momentos engraçados e divertidos como quando éramos pequenos. O máximo que conseguíamos, era trazê-lo ao Três vassouras para beber.


-- Enfim, eu não sei vocês, mas eu achei ele super gato. Quem sabe até.....


-- Você sabe que não pode Pandora, a gente prometeu: Grifinória não. – Me exaltei.


Confesso que não esperava aquela reação minha. Mas não suportava a ideia de ver Pandora com Grifinórios. Levantei da mesa e voltei sozinha para o castelo. A semana passou e minha preocupação com as provas aumentava mais, já tinha tantas lições de casa para fazer sentia que não dava mais conta. Estava cansada, mentalmente exausta e muito estressada. Nas trocas de aulas não tinha mais tempo para relaxar no banheiro dos monitores, muito menos dar minhas escapadas na floresta proibida.  Estava tão irritada que passei o resto do final de semana inteiro deitada na cama dormindo. Pandora e Pansy já haviam entrado e saído com vários meninos do quarto e eu não conseguia fazer nada, não tinha vontade nem de descer para comer, Pandora muitas vezes trazia comida em bandejas e largava ao pé da minha cama.


*--*


 


P.O.V. Denael


            A noite tinha sido reconfortante como sempre, não durmo bem faz algum tempo… anos na verdade, mas sempre tenho bons sonhos na maioria das vezes. Organizei meus materiais para a aula de poção, gosto da aula apesar de muitos acharem que nosso professor seja um tanto “imponente” e “rígido”. Com tudo arrumado, me dirigi a saída de nossa sala comunal onde alguns jovens estavam se aglomerando, conversando coisas mundanas como era de costume dos garotos do terceiro ano.


            – Hey, fala ai Denael. – Falou um rapaz de aparência esguia e engraçada. – Tudo certo?


            Este era Rufus, um garoto do terceiro que conheço desde que ele chegara em Hogwarts, quando o conheci ele estava próximo ao grande salão, antes da cerimonia principal para o chapéu seletor indicar os alunos as suas respectivas casas, ele estava nervoso e soluçando feito um sapo cinzento voador.


            – Oi… tudo bem? – Disse ao garoto que lentamente virou seu rosto assustado em minha direção. – Eu sou Denael, qual o seu nome?


            – R-Ru-Rufus… meu nome é Rufus. – Me respondeu com um tom de voz trêmulo. – Muito Prazer.


            – O prazer é meu, sempre bom ver rostos novos aqui em Hogwarts, me diga… já conheceu mais alguém das outras 3 casas? – Perguntei ao garoto.


            – Na verdade não, apenas senhor falou comigo até agora. – Respondeu Rufus com certa tristeza em suas palavras.


            – Sem problemas, logo você terá vários amigos, aposto que vai se dar bem por aqui, caso você entre para a Grifinória, pode apostar que vou te apresentar o castelo. – Disse em um tom animado ao garoto que ao ouvir isso, reparou em minhas vestes de cor escarlate e dourado. – Ah e não precisa me chamar de “senhor”… Denael já basta. – Concluí.


            Rufus se juntou a Grifinória e desde então fez muitas amizades e me acompanhou em alguns momentos do dia sempre contando como fora as aulas e como tem se saído em seu círculo social. Quando o conheci estava no segundo ano em Hogwarts, já estou no quinto.


            – Tô bem cara, o que tem aprontado?, Espero que nada de ruim… – Disse a ele em um tom sarcástico.


            – Haha, você sabe que eu não faço nada demais… as vezes quem sabe, mas tá tudo tranquilo por aqui hoje. – Disse Rufus em seu tom bobo. – Alias alguns estão dizendo que tem uma garota da aula de divinação louquinha por mim, não consigo acreditar nisso cara, ela é de Corvinal, nunca conversei muito com esse pessoal, mas parecem ser legais, apesar de bem reservados na maioria das vezes. – Completou com um sorriso no rosto.


            – Espero que tu consiga desenrolar com ela, como você mesmo disse eles são bem legais… um pouco fechados, mas aposto que tu consegue uma brecha. – Respondi. – Eu vou indo até a sala de aula, tenho aula de poções hoje, te vejo por ai amigo. – Disse á Rufus com um tapinha em seu ombro e me deslocando até a saída.


            – Calma lá, a gente vai com você! – Disse Rufus em um tom apressado, puxando seu uniforme da cadeira onde estava pendurado.


            Particularmente sempre preferi passar tempo sozinho, amo meus amigos… mas me sinto melhor sozinho de certa forma, apreciando a presença de alguns poucos apenas.


 


*--*


P.O.V. Elizabeth


 


A segunda chegou e todas as aulas tinham sido entediante. Pandora e eu adorávamos as aulas de poções, não era a toa que éramos as melhores alunas da sala. Descemos como de costume para a Sala de Poções que ficava ao lado sul da masmorra no castelo. Eu carregava meus livros no colo, minha bolsa de pele de Pelúcio e na outra não um tinteiro com minha pena de Coruja Nevada. Estava carregando muita coisa que não consegui segurar tudo. Sempre fui muito desastrada, mas nunca consegui admitir. Derrubei todo meu material no chão e se alguém não tivesse segurado meu tinteiro, ele teria caído e sujado todos os pergaminhos que carregava solto no colo.


--Você está bem? Quer ajuda? – ecoou uma voz desconhecida, porém aveludada que vinha de um garoto de vestes escarlate.


-- Não! – respondi ríspida enquanto pegava o tinteiro da mão dele. Encarei por um momento mais de perto e reparei em cada detalhe do rosto dele. O desenho que cada parte do seu rosto fazia, e como essas partes combinavam muito bem juntas. Fiquei parada sem ao menos respirar por alguns segundos admirando e pensando como que eu nunca tinha percebido aquele menino antes.


-- Vamos, Dena, Snape já chegou. – um outro aluno da grifinoria puxava o menino pelo braço para dentro da sala.


-- Já vai! –  respondeu, sua voz doce estava mais brincalhona que antes – Bom, acho que a gente se vê na aula então.


Observei de longe ele se dirigindo até a sala de aula, por um momento parecia que só havia eu e ele por alí. Recuperei meu raciocínio e me dirigi a sala de aula, chegando lá a maioria dos alunos já haviam sentado e alguns poucos estavam organizando seus materiais. Fui em direção a minha mesa onde Pandora me esperava como sempre, porém fui interrompida.


– Senhorita Elizabeth! Atrasada?– Disse Professor Snape com seu tom sério. – Onde pensa que está indo?


– Até minha mesa professor. – Respondi de maneira calma tentando evitar quaisquer conflitos.


– A aula de hoje será em duplas diferentes, vocês Sonserinos vão se sentar com alunos de outra casa... que acredito que conheçam bem. – Disse Snape.


Grande parte dos alunos ao ouvirem isso começaram uma leve reclamação quanto a fala de seu professor, todos estavam cientes de qual casa Snape estava citando, muitos deles estavam indicando sua indignação sobre a ideia de ter que compartilhar a mesa com o “pessoal” de Grifinória que aparentemente acabaram não gostando da ideia também.


– Silêncio! – Disse professor Snape em um tom elevado e mais sério que o normal. – Se eu escutar mais uma palavra sequer saindo da boca de cada um de vocês, todos vão passa uma semana inteira fazendo resumos da coletânea linguística dos Trasgos! Entendidos? – Completou Snape.


– Sim professor. – Todos alunos ali presente responderam, ninguém sequer queria pensar em ter que resumir tais livros.


– Muito bem, todos procurem uma dupla e comecem os trabalhos, já! – Acrescenta Snape, firmando sua ideia na cabeça de todos.


Procurei na sala por algum refúgio, a ideia de ter que compartilhar a mesa e conversar com alguém da Grifinória era horrível porém, algo necessário. Olhei por todos os lados, a maioria dos alunos já haviam formado suas duplas, procurei por Pandora e ela já havia se sentado com outra garota, trocamos olhares e ela deu um leve sorriso, provavelmente pela minha cara de enjoada que estava fazendo sem perceber, continuei olhando a sala e então como se fosse alguma pegadinha do destino, avistei ele… Denael em uma mesa afastada do centro, próxima janela que havia na parede esquerda da sala, arrumando de forma calma seus materiais. Em um piscar de olhos eu já me via ao lado de sua mesa.


– Oi de novo. – Digo a ele enquanto jogo meus pertences em cima da mesa. – Parece que vamos ter que trabalharmos juntos.


– Ah… Oi, Elizabeth certo? – Diz Denael surpreso pela minha chegada. – Eu sou De…


– Denael eu sei, não precisa me contar, prometo que logo vou esquecer. – Respondi de forma direta. – Estou aqui apenas pelo trabalho. – Completei sentando rapidamente na cadeira.


– Sem problemas, eu entendo. – Disse Denael em um tom calmo, como se já estivesse passado por coisa parecida. – Vamos trabalhar então, você já sabe o que temos que fazer certo? – Questionou.


Tentei não focar nas risadinhas de Pandora olhando para a nossa mesa tirando sarro da situação mas não conseguir exitar. E bufei.


- Você está bem? – diz Denael.


- Não interessa! – respondi ríspida. Não conseguir entender como que aquela simpatia toda me fazia ficar mais estressada e enojada do que eu já era.


- Hey hey, não precisa se exaltar, “Liz”.


A maneira calma com que ele sussurrou meu nome, me fazia ficar mais desconfortável com aquela situação. Misturar alunos das casas para um trabalho fútil como esse. Que ideia mais ridícula. Se pelo menos fosse alguém um pouco menos convencido a garanhão. Percebi tarde de mais que falava essas últimas palavras alto o suficiente para que Denael ouvisse e interrompesse o meu pensamento.


- Garanhão, é? Fique tranquila que assim como você mesmo disse,  logo a sineta bate e você não vai nem lembrar quem eu sou.


Não demoraria nem 10 minutos para a sineta bater. Parecia que o tempo havia se desdobrado e ficava infinitamente maior. A tensão era inevitável quando tínhamos que conversar sobre o capítulo do livro que falava da Amortêntia. Teriamos que usar as poções feitas na aula anterior para descobrir quais seriam os cheiros que atrairiam cada um de nós e fazer um lista para entregar até o final daquela semana.


Eu não conseguia entender porque eu não sentia cheiro algum diferente na poção. Todos os cheiros que eu sentia, eram de uma madeira levemente adocicada, pergaminho novo e cheiro de shampoo de menta. Mas nenhum daqueles cheiros pareciam estar vindo da Amortêntia, e sim daquele garoto com quem dividia a mesa.


Fiquei intrigada como tais movimentos que eram naturais para outras pessoas, ficavam muito mais atraente nele. A maneira com que ele movimentava as narinas sentindo o cheiro e jogava o cabelo que agora caia sobre o rosto enquanto ele se debruçava sobre o caldeirão. Me fazia sentir arrepios que tomavam conta de cada centímetro do meu corpo.


Não sei quanto tempo eu fiquei parada ali observando aquele ser que misteriosamente me atacava todos os nervos por dentro. Só sei que foi o bastante para não prestar atenção na sineta e muito menos guardar meu material. Não tinha certeza do que eu estava fazendo, muito ao menos conseguia conter meus sentidos, sem contar que não entendia nada do que estava sentido. Mas não poderia transparece-los a ninguém. Nem mesmo a Pandora que estava vindo na minha direção e debruçara sobre minha mesa deixando seu decote quase colado no rosto do menino.


- Vamos, marquei de encontrar um pessoal antes do jantar, a gente não pode se atrasar. – diz Pandora colocando a varinha no bolso das vestes.


- Sim, já vou. – respondi.


- Bom, acho que é isso por agora. Ainda falta um pouco da sua parte. Podemos nos encontrar em algum lugar para terminamos. Pode ser? Por mim tudo bem.



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Autor(a): cafe

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

Pandora me olhava com cara assustada, provavelmente pensara se aquilo era alguma espécie de investida do garoto. E eu não sabia o que poderia responder. - Sim. A gente pode se encontrar para terminar essa “coisa”. – Peguei meus livros e joguei dentro da minha bolsa com toda a raiva que eu tinha dentro de mim naquele momento. “Porque eu ...


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