Fanfics Brasil - A fuga Me apaixonei por um Grifinório

Fanfic: Me apaixonei por um Grifinório | Tema: Harry potter


Capítulo: A fuga

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Os sentimentos que me tomavam era que eu estava grata por alguém que tinha salvo minha vida, mas que não fazia parte da minha lista de gratidão. No caminho para o quarto decidi que o que eu tinha vivido, ou o que aparentava ter vivido não iria se repetir. “Passei cinco anos da escola sem saber da sua existência e não seria agora que eu iria me preocupar com isso.”


“Vou focar nas provas e não deixar que nada disso aconteça novamente!” repetia pra mim mesma subindo as escadas. Entrei no meu quarto, Pandora e Pansy ainda dormiam. Coloquei o bolinho em cima da cômoda, tirei a roupa da noite passada e deitei de lado na cama, olhando para o bolinho.


Muitos pensamentos passavam pela minha mente, tentava me recordar das matérias que via nas aulas como de costume, talvez eu não precisasse estudar por conta disso. Todos os dias que tinha um conteúdo novo na aula eu o revia em minha mente, tentando guardar todas as imagens possíveis da aula dentro do que eu chamava de “caixinha do sucesso”. Tinha certeza que meu sucesso nas aulas de poções era por conta dessa “caixinha”. Lembrava claramente de todas as coisas escritas no quadro, de todos os cheiros e cores das poções. Minha mãe sempre me dizia que eu tinha o poder da lembrança. Bizarro pensar dessa forma quando o que eu mais queria era esquecer o dia que eu tinha tido e criar outra lembrança no lugar.


Poderia tentar esquecer todas as sensações, mas a que eu nunca iria querer esquecer era o quão lindo era ver o sol nascendo daquela sacada. O preto do lago que refletia como prata o verde das arvores na montanha, me fazia lembrar da minha linda Sonserina. Tudo isso se misturava com o amarelo que contornava o horizonte, e o vermelho do sol que magicamente juntava o céu e a terra. Tentei não ligar para o fato daquilo me lembrar a grifinória e virei para o outro lado da cama 


 


*--*


 


Eu nunca recebia correio matinal, então quase nunca via Strix, mas hoje a vi entrando pelas altas janelas junto a outras corujas. Ela era a única coruja completamente preta, seus olhos pareciam dois buracos negros e era muito educada. Ganhei da mamãe alguns dias antes de ser pega pelos aurores e ela me acompanha até hoje.


- Olá Strix! – Disse passando a mão acariciando suas penas, ela baixou a cabeça, abriu as asas como quem faz uma reverência e me entregou um bilhete enrolado em uma fita preta. Reconheci a fita mas não entendi como ela tinha ido parar ali.


“Amanhã no primeiro Sol, me encontre na última”


Agora tudo fazia sentido para mim, o laço e a mensagem. Teria que arrumar um jeito de sair do castelo naquela noite. Se eu bem me recordo o “o primeiro sol” seria durante o nascer do sol, e a “ultima”, provavelmente o último lugar que a vi. Sorri e fiquei apreensiva ao mesmo tempo e Pandora percebeu.


-Liz, o que houve?


- É dela! – respondi empurrando a carta para ela.


- Mas agora? Como? – Ela me perguntou sussurrando baixinho para mim.


- Não sei Pandora. Mas vou descobrir. Hoje.


- Você vai mesmo? Como que você vai?


- Não sei ainda. Mas eu vou hoje a noite. Só preciso ajeitar algumas coisas por aqui antes para que ninguém note minha falta.


Passei o dia decidindo sobre o que iria fazer e como iria fazer. Meu plano era, eu deixaria uma vassoura com Strix no corujal, para ela me encontrar no começo da noite na saída do castelo, iria de vassoura até o local e levaria Strix comigo caso precisasse enviar algum pedido de ajuda a Pandora. Mas antes tinha algo a fazer.


Aproveitei que tinha um período vago na parte da manhã, para fazer a minha parte da lição de poção. Se eu iria sumir, não poderia deixar isso prejudicar Denael, ainda mais depois do que ele fez por mim na noite passada. Peguei meu pergaminho dentro da mochila e comecei a escrever minha parte da lição e encerrei com:


“Poção com coloração roxo escuro. Cheiro de madeira com baunilha. Shampoo de menta e pergaminho novo.


Fique bem.”


Guardei o pergaminho dentro da bolsa junto com o restante dos materiais. Aproveitei o restante do tempo livre para pegar minha vassoura e levar até Strix. No caminho eu pensei sobre todas as coisas que podem acontecer comigo nessa viagem. Teria de resolver o problema de sair da escola primeiro depois eu veria como voltar. O que eu não pensei muito, afinal eu não sou uma pessoa que planeja coisas a longo prazo.


            Cheguei no corujal expliquei para Strix como seria aquela noite, que ela teria de me encontrar na saída do castelo perto da cabana do Hagrid, levando a vassoura com ela. Eu esperaria Hagrid se recolher logo após o por do sol e saíria pela floresta proíbida.


            Fui para o dormitório para distrair a mente, estava muito nervosa e não conseguia me concentrar no restante das aulas. Estava sentada na minha cama quando Pandora entrou pela porta me procurando.


            - Achei você! – disse.


            - Acabei vindo para cá pra poder pensar. – Estava arrumando minha bolsa enquanto ela se aproximava de mim e sentava na minha cama.


            - Você vai mesmo? Quer dizer... Vai ter coragem de ir? – Assenti com a cabeça antes dela voltar a falar. – Você... está com medo?


            - Estou.           


            - Você, Elizabeth Black com medo? – Ela riu e esperava que eu fizesse o mesmo.


            - Sou uma Black mas eu também tenho medo sabia?


            - Eu sei Liz. Eu também ficaria. Não te julgo por isso. – disse ela me dando uma abraço pela cintura ainda sentada na cama.


            - Mas então... Preciso que me faça um favor... – eu olhava para o pergaminho de poções.


            - Ahhh Liz... Não sei o quanto eu quero me envolver nisso. – Ameaçou levantar da minha cama, mas acabou desistindo.


            - Não é nada errado, relaxa. Só quero que entregue isso a ele. É a tarefa do Snape. – Pandora me olhava com cara de quem já tinha entendido tudo sem eu ter falado nada. – Não tem nada a ver. Para de me olhar assim. É só que.... Eu não posso sair e prejudicar ele. E se acontecer algo comigo e eu não voltar mais...


            -Liz, como assim “eu não voltar mais”, isso é possível? – o espanto dela ao dizer aquela frase me fez questionar por um minuto se o que eu estava fazendo estava certo.


            - Eu não sei, pode ser que aconteça algo comigo durante o caminho ou aconteça algo com a gente quando eu já tiver chego. Você sabe o perigo. Se foi ela mesmo que me mandou o recado, ela fugiu então estão procurando por ela, e você sabe como que são os Aurores. Eles sempre acham que estamos errados.


            Um silencio tomou conta do lugar enquanto Pandora segurava o pergaminho enrolado em seus dedos pensando em algo que a mantinha concentrada de mais no pergaminho. Ela se levantou e foi em direção a porta.


            - Bom. Eu vou lá levar para ele então. – disse ela já passando pela porta.


            - Pandora. Só não conta para ele sobre... tudo isso, okay? – juntei as mãos e olhei com carinho para ela.            


            - Okay Liz.


P.O.V Denael


 


A manhã acabou sendo normal como de costume, fiz minhas tarefas, falei com alguns amigos e passei um tempo com Katie, mas acabei não vendo Liz pelos corredores do castelo, nas aulas, no pátio… tentei não me preocupar muito com aquilo, talvez ela estivesse apenas repousando, até por que não deve ter sido nada fácil ter se recuperado daquilo, mentalmente e fisicamente ela deveria estar exausta. Estava indo em direção ao meu dormitório, acabei indo por um caminho mais longo, queria pensar um pouco longe de todo aquele fuzuê. Enquanto caminho pelo longo corredor acabo escutando um “Psiu”, por um segundo acabei achando que era alguém tentando brincar comigo, acabei me virando lentamente e me surpreendi a ver Pandora com uma expressão tensa em seu rosto, coisa que não era normal.


– Denael, espera aí! – Disse Pandora andando rapidamente em minha direção.


– Oi Pandora… aconteceu algo? – Indaguei


– Liz… Elizabeth pediu pra te entregar isto, acho que é algo relacionado a aula de poções que ela acabou não terminando a parte dela.


– Ah, por um momento pensei que ela tinha se esquecido, fico feliz por estar errado. – Começo a deslizar meu dedo sobre o selo para abrir o pergaminho sem danificá-lo, posso ver que realmente Elizabeth havia acabado sua parte no trabalho e ao final do pergaminho havia algo como “poção roxa… shampoo de menta… baunilha e fique bem”, não soube bem o que isso queria dizer mas era uma das únicas vezes em que Elizabeth havia demonstrado algo “bom” em relação a mim. Enquanto pensava, Pandora começou a se afastar lentamente.


– Pois é, ela é um pouco esquecida mesmo, ainda bem que lembrou né? – Disse pandora com um tom anormal de sarcasmo. – Olha só Denael não tem como você terminar de ler o pergaminho no seu quarto? Eu meio que preciso ir também sabe, então até depois!


– Hey, Pandora tá tudo bem contigo? – Perguntei – Você parece meio preocupada com alguma coisa…


– Claro que não seu bobo, tô muito bem, por que eu estaria preocupada com algo? – Responde Pandora olhando para outras direções tentando evadir a pergunta.


– Pandora… me conta o que tá acontecendo. – Disse calmamente. – Liz dificilmente te pediria para vir me entregar isso se não estivesse algo de errado, afinal, do pouco que eu conheço, ela não é muito de pedir favores. E você realmente não tá bem, dá pra ver que algo te deixou desconfortável.


– Olha… – Pandora dá um leve suspiro. – Ok… ela vai deixar o castelo. – Responde seriamente.


 


– Deixar o Castelo? Por que? Quando? – Perguntei assustado.


– Ela vai se encontrar com a Mãe, no amanhecer do próximo dia. Eu… olha, não era pra você saber sobre isso, por favor tenta não fazer nada tá?


– Certo, sei que é pedir muito mas, por onde ela vai sair daqui?


– Você é bem chato não é? – Diz Pandora cruzando os braços. – Ela vai sair pela ponte próxima a cabana do Hagrid, perto da floresta que fica ao lado sabe?


– Sei sim… Hey Pandora... – Falo pausadamente. – Obrigado por ter me contado, é bom saber disso.


– Por nada, pra falar a verdade consigo pensar agora o por que ela gosta tanto de você. – Me surpreendi com a fala dela, ainda mais por estar com o peito estufado, como se estivesse totalmente convencida de sua fala. – Você tá me devendo uma, não esquece.


– Pode deixar, não vou esquecer. – Começo a caminhar para trás lentamente. – Te vejo por aí, se cuida ok?


– Tá tá… até outra hora. – Pandora se vira levemente e volta pelo outro lado do corredor.


 


 


P.O.V Elizabeth


            Não demorou muito para Pandora voltar, perguntei se ela havia entregado o pergaminho a ele e ela me disse que sim, porém ficou um pouco apreensiva, achei que tivesse tramando algo.


            - Que que você está aprontando Pandora? – questionei enquanto eu a via inquieta escorada de costas na porta mantendo-a fechada.


            - Nada não Liz. Eu aprontando? Como ... assim?  - O tom de quem tinha sido pega em flagrante na cena do crime estava tomando conta da sua voz e fazia seu corpo suar inteiro.


            - Ele me pressionou Liz... E eu acabei contando que você iria ver sua mãe. Que iria fugir de Hogwarts e poderia não voltar...


            - Mas Pandora, eu te pedi...


            - Mas eu não prometi nada Elizabeth. Ele se preocupa com você. Só você que não vê isso.


            - Preocupado ou não, não lhe da direito a contar sobre minha vida a ele. – sentei na cama e senti todo a raiva do mundo cair sobre meus ombros.


            - Me desculpa Liz... – Não respondi, apenas sai do quarto brava de mais com Pandora para desculpar ela naquele momento.


            Sei que ela só contou a ele, mas a chance de ele contar a Profª Minerva era grande e ela poderia ir até Dumbledore e além de me impedirem, eles poderiam denunciar o paradeiro dela para o Ministério e os Aurores a pegariam. Pensar em todas essas possibilidades... que eu poderia não vê-la nem por um minuto e ela já voltar a Azkaban me corroía de certa forma que eu só poderia descontar toda minha raiva, estresse e ansiedade em alguém.


            Fui a primeira a sentar na mesa da Sonserina para o almoço e a primeira a sair também. Não queria ter a chance de ver Pandora e sabia que ela, Draco, Pansy e restante do pessoal eram os últimos que chegavam no salão para almoçar. No caminho de volta ao dormitório eu já estava mais calma, mas ainda estava com muitos sentimentos atolados em mim que precisavam explodir de alguma forma. Sentei em um banco no jardim central de Hogwarts e avistei com quem eu iria descontar minha raiva.


            Ernesto Macmillan, era amigo de Cedrico Diggory e agora era Monitor da casa da Lufa-Lufa. Ele  deveria ter passado muito tempo se exercitando durante as férias, porque esse ano ele estava realmente fantástico. Fiquei um tempo reparando para ter certeza que ele realmente era a vitima perfeita. Ele conversava com Ana Abbott e Justino Finch, parecia que eles nunca se separavam pareciam que era grudados por algum tipo de laço mágico. Mas meninas nunca foram empecilhos para minhas investidas, alguns até já tinham traídos suas namoradas comigo. Não que eu diga isso de boca cheia de orgulho, mas na verdade eu não me importava que tinham namoradas ou não.


            Durante o tempo que eu reparei neles percebi que eram apenas amigos e que talvez Ana gostasse de Justino, mas nunca tivesse coragem de falar nada a ele. Caçoaram de Harry Potter enquanto ele passava sozinho chateado e com o passo apressado, o que me fazia pensar se o Trio de ouro tinha se desfeito porque, francamente, Rony Weasley e Hermione Granger não paravam de brigar, pareciam duas crianças mimadas. As vezes eu entendo o Potter, Draco pega de mais no pé dele, mas ninguém para pra pensar que ele não conheceu os pais e teve que morar com os tios. Nossa história não era muito diferente, a única diferença era que minha mãe estava lá fora em algum lugar e eu a veria no outro dia depois de muitos anos.


            Eu fiquei muito tempo reparando em Ernesto até Ana perceber e dar de ombro me mostrando  com a cabeça. Ele ficou envergonhado, mas não parava de olhar depois que percebeu que eu o fitava. Todos os alunos da escola sabiam que eu sempre conseguia quem eu queria. No começo isso era estranho, porque sempre acabava ficando com literalmente qualquer um, porem de um tempo pra cá eu estava mais exigente. Sempre tomei iniciativa nas coisas e dessa vez não seria diferente.


            Levantei do banco que eu estava sentada e fui até o grupo, Ana logo percebeu, levantou do banco, puxou Justino com ela e saiu olhando o que eu iria fazer. A encarei com um olhar que costumava assustar as garotas. Cheguei perto de Ernesto, sentei em seu colo e soltei um “Oi” antes de começar a beija-lo.


Não lembro de nenhum garoto recusar ficar comigo, pelo contrário. Muitos estavam esperando por isso desde que souberam da minha existência. O restante dos alunos começara a gritar sons de aprovação e cheguei a ouvir um “sortudo esse”. Os que mais se agitaram com a cena foram Ana e Justino que soltaram um “ Isso ai, Ernesto!” que fizeram ele parar de me beijar e me olhar dando risadinhas envergonhado.


            Comecei outro beijo mais quente e provocador que o primeiro, Ernesto aceitou a provocação e apertou minha cintura contra o seu membro, pude perceber que ele estava gostando. “Ernesto Macmillan não é o santo que conhecemos” pensei. Aproveitei e sussurrei no seu ouvido.


- Quer ir pra outro lugar?


- Eu vou pra onde você quiser meu amor. – Consegui senti o tom de sarcasmo no “meu amor”, mas um sacarmos excitante.


Quando levantei percebi que tinham mias gente nos observando do que antes. Ernesto ficou com vergonha e saímos sem olhar para ninguém.



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Autor(a): cafe

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

Fiquei pensando onde que nós iriamos, eu não queria ir para o quarto e arriscar dar de cara com a Pandora, não dava para ir em algum armário de vassoura porque não teria ninguém para vigiar a porta. Ernesto percebeu que eu estava pensativa durante o caminho. - Pensativa? - Estou tentando pensar em um lugar pra gente ir. - Hmm. Pod ...


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