Fanfic: A Conquista (adaptação Vondy) | Tema: Vondy
UCKER
Alguns dias depois da conversa com Dulce no campus,
levanto do sofá de Fitzy e me preparo para um treino matutino brutal. Não tinha planejado dormir na casa dele essa noite, mas ficamos jogando video game até duas da manhã, e não fazia sentido voltar para casa e acordar às cinco e meia para o treino das seis.
Fitzy mora sozinho em Hastings, num apartamento do
tamanho de uma caixa de sapato. Seu “quarto” é separado da sala por uma cortina pendurada no teto. Para chegar ao banheiro minúsculo, tenho basicamente que passar por cima da cama dele.
O jogador de hóquei tatuado e imenso está deitado de bruços, dormindo feito uma pedra, então, no caminho do banheiro, dou um tapa bem dado na bunda dele.
—Acorda, cara. Treino — resmungo.
Ele murmura algo ininteligível e vira de lado.
Encontro uma escova de dentes reserva numa gaveta ao lado da pia e abro a embalagem. Enquanto escovo os dentes, dou uma olhada nas mensagens, para ver se Dulce escreveu depois que coloquei o celular no mudo ontem à noite.
Não escreveu. Droga. Estava torcendo para que o meu
discurso e aquele beijo fenomenal a tivessem feito mudar
de ideia sobre sair comigo, mas acho que não Porém me deparo com a conversa mais estapafúrdia no grupo
que tenho com meus colegas de república. As mensagens são todas de ontem à noite, e são bizarras pra caralho.
Garrett: Q merda foi isso, Poncho ?!
Poncho: N é o q vc tá pensando!!
Logan: N dá p/ ignorar seu banho romântico c/ aquela coisa rosa gigante! Na sua bunda!
Poncho: Não tava na minha bunda!
Garrett: N vou nem perguntar onde tava.
Poncho: Eu tava c/ uma menina!
Garrett: Claaaaaaaaaaro.
Logan: Claaaaaaaaaaro.
Poncho: Odeio vcs.
Garrett:
Logan:
Enxáguo a boca, cuspo e deposito a escova de dentes no
copinho na pia. Então digito uma mensagem rápida.
Eu: Peraí… O q eu perdi?
Como temos treino daqui a vinte minutos, os caras já estão acordados e obviamente com os celulares na mão. Recebo duas imagens ao mesmo tempo. Tanto Garrett quanto Logan me mandam fotos de vibradores cor-de-rosa. Fico ainda mais confuso.
Poncho responde na mesma hora com: Pq vcs têm fotos d
vibradores à mão?
Logan: PMNTNMB
Dean: ???
Eu: ???
Garrett: Pelo menos não tá na minha bunda.
Rio alto, porque estou começando a entender.
Logan: Boa, G.! D primeira!
Garrett: A gente passa tempo demais junto.
Eu: Pfvr me diz q vcs pegaram o D. brincando c/ um vibrador.
Logan: Isso aí.
Dean é rápido em negar: EU TAVA COM UMA MENINA!
Enchemos o saco dele por mais alguns minutos, mas tenho que parar quando Fitzy tropeça no banheiro e me empurra para o lado. Está todo descabelado e totalmente nu.
—Tenho que mijar —murmura.
—Bom dia, flor do dia —digo, alegre. —Quer que eu faça um café?
—Nossa, pelo amor de Deus.
Rindo, saio do banheiro e dou uns quatro passos até a
cozinha. Quando ele finalmente aparece, enfio uma caneca na sua mão, dou um gole na minha própria e digo: — Poncho enfiou um vibrador na bunda ontem.
Fitzy assente com a cabeça. —Faz sentido.
Rio no meio do gole, derramando café. —Pior que faz, né?
Ele assente de novo e vira a caneca. Já estou vestido e pronto para sair, então termino minha bebida sem pressa, enquanto
Fitzy corre pelo apartamento atrás das roupas.
Cinco minutos depois, saímos para o frio da manhã e
seguimos para os nossos respectivos carros. Felizmente, estou com meu equipamento no porta-malas, então não tenho que passar em casa primeiro. E, embora isso seja a maior idiotice, Fitz e eu apostamos corrida até o campus. Ele ganha, porque minha caminhonete é velha e lenta pra cacete.
Entramos na arena com dez minutos de sobra, o que é bom, porque meu celular escolhe esse momento para tocar. Meu pulso dispara diante da ideia de que pode ser Dulce.
Não é. Fico levemente decepcionado quando vejo o número da minha mãe e depois me sinto mal, porque amo minha mãe.
—Te vejo lá dentro — grito para Fitzy, que está saltando do
carro. Ele assente e se afasta, então atendo à chamada. —Oi, mãe. O treino tá quase começando, não tenho muito tempo.
—Ah, então não vou demorar. Só liguei pra saber como você tá e dizer um oi.
Sua voz tão conhecida me faz derreter por dentro. Juro,
minha mãe sempre tem esse efeito em mim. Posso estar tenso até dizer chega, e uma palavra dela solta todos os meus músculos. Acho que sou um filhinho da mamãe, mas não tinha como ser diferente, considerando que não tenho pai.
—Acordou cedo, hein — comento. Ainda são cinco da manhã no Texas, o que é cedo até para ela.
—Não consegui dormir —admite. —Vou fazer cabelo e
maquiagem de uma noiva e todas as madrinhas hoje. Tô muito nervosa.
—Ah, não sei por quê. Você é a melhor cabeleireira do mundo, lembra?
Minha mãe ri. —Cabeleireira, vá lá. Mas maquiadora, nem
tanto. Os cursos que fiz no verão ajudaram, mas, meu filho, tô enlouquecendo! Com que cara vou ficar se acabar com o grande dia de uma noiva porque fiz uma maquiagem de palhaço?!
—Vai dar tudo certo — asseguro. —Eu garanto.
—Uuuh, você garante? Isso é mais que uma simples promessa. Você confia muito na sua mãe, hein, Ucker?
—Claro que confio. Porque minha mãe é a melhor que existe.
—Transformei você num galanteador, hein?
—É isso aí. —Sorrio e, saltando da caminhonete, ainda equilibro o celular no ombro.
—Tá legal, faz um resumo rápido do que você anda fazendo—pede ela.
Caminho até a entrada gigante das instalações de hóquei da Briar. —Não muito — confesso. —Hóquei, aulas, amigos o de sempre.
—Ainda sem namorada? —Sua voz tem um tom de provocação.
—Ainda. —Hesito por um instante. —Mas conheci uma pessoa.
—Uuuh! Conta tudo!
Rindo, tiro minha carteirinha de aluno do bolso para abrir a
porta da frente. A segurança aqui é coisa séria. —Nada pra contar ainda. Mas, quando tiver mais detalhes, você vai ser a primeira a saber. Tenho que ir. Caminhando pro rinque.
—Tudo bem, me liga quando tiver mais tempo pra conversar. Te amo, meu filho.
—Também te amo.
Desligo e passo a carteirinha no leitor, então entro às pressas no saguão elegante, com ar-condicionado, camisetas de uniformes antigos emolduradas nas paredes e flâmulas comemorativas pendendo do teto.
Queria ter mais tempo para conversar com a minha mãe, mas quando se trata de hóquei na Briar não existe isso de pegar leve.
O treinador Jensen comanda um programa de alto nível, que se orgulha da excelência e do trabalho árduo. Só porque estamos indo mal no rinque esses dias não significa que esquecemos esses ideais.
Sigo para o vestiário com passos rápidos. Ainda estou com obcelular na mão e, depois de um instante de hesitação, mando uma mensagem para Dulce.
Eu: Bom dia, princesa. Pensou no q eu falei? Tô c/ uma oferta d primeiro encontro aqui especial p/ vc…
Autor(a): dayanerodrigues
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 142
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Gabrielee Postado em 24/11/2021 - 09:45:41
Pois mais , tô amando 🥰🥰
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isabellearruda Postado em 13/10/2021 - 14:35:27
Saudadesss
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taianetcn1992 Postado em 08/09/2021 - 05:30:01
continuaaaaaa
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taianetcn1992 Postado em 08/09/2021 - 05:29:52
mais mais mais
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taianetcn1992 Postado em 08/09/2021 - 05:29:44
saudades
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taianetcn1992 Postado em 08/09/2021 - 05:29:37
cade vc ?
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taianetcn1992 Postado em 08/09/2021 - 05:29:30
volta saudades dessa historia
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candyle Postado em 11/08/2021 - 16:17:26
Continuaaaa
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taianetcn1992 Postado em 14/07/2021 - 07:01:21
nossa ela é tão baixo, que da nojo
dayanerodrigues Postado em 14/07/2021 - 10:07:50
e o ranço vai só aumentar amiga
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vondy.portinon Postado em 04/07/2021 - 14:50:36
Continua
dayanerodrigues Postado em 05/07/2021 - 14:10:52
postei mais capitulos hoje <3