Fanfics Brasil - CAPITULO 12 – POV ANAHÍ Este Corazón

Fanfic: Este Corazón | Tema: Rebelde Ponny


Capítulo: CAPITULO 12 – POV ANAHÍ

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O dia amanheceu chuvoso assim como o meu coração. Era dia mais parecia noite, o mês de fevereiro está prestes a acabar e ninguém da minha família tentou comunicação nem mesmo Diana, que é mais esperta que a mamãe. Não é possível que eles tenham me esquecido dessa forma, que tenha me matado e colocado em um caixão dessa forma. Por mais que esteja me sentindo bem aqui, que tenha feito bons amigos e as coisas no colégio tenha ido melhor que era no Malfatti, eu sentia falta da minha antiga vida e tudo aquilo que vivia.


— Annie. – a voz da tia Mariana abrindo a porta me fez levantar rápido e secar as lagrimas. — Está tudo bem querida? Não desceu para o café.


Fiquei de frente para tia Mariana e não conseguia segurar o choro.


— Oh vem cá. – Mariana me abraçou forte. — O que houve? É algum problema no colégio?


— Não, sinto saudades de casa, da minha casa, da minha irmã, da minha mãe. – me afastei. — Papai as proibiu de mandar notícias, mas elas poderiam tentar, a minha mãe poderia tentar lutar por mim, tia.


— Sabe que a sua mãe sempre foi muito devota do casamento e todos os mandamentos da igreja, Annie.


— Não me recordo do mandamento em que Deus protege a mãe que abandona os filhos.


— Mas ela não te abandonou, foi uma situação em que ela se viu sem saída, sua mãe não teria condições de sair de casa com você e Diana, para sustentar a família.


— Ela não faria isso, não depois do “prometo ser fiel...” – revirei os olhos secando as lagrimas.


— Olha só, que tal umas sessões de terapia? Vão ajudar a explicar toda essa confusão de sentimentos que está surgindo dentro de você.


— Não sou louca.


— Não disse que era, terapia não é para loucos.


Depois de dois minutos de silencio, tia Mariana sabia o que aconselhava, talvez ela tivesse razão e seria bom falar os meus problemas para um estranho.


— Tudo bem, talvez me faça bem.


— Fará. Agora se arrume e desça para o café, estamos te esperando.


Tentei ao máximo lavar o rosto para que o meu rosto avermelhado não se assusta a Poncho e Olivia, mas parece que não adiantou muito, quando desci, eles me olhavam curiosos, mas eram educados demais para perguntar alguma coisa.


— Poncho, será que pode levar a Annie ao hospital depois do trabalho comunitário?


— A Annie está doente? – questionou Olivia e fiquei nervosa.


— Não querida, só são padrões de consultas.


— Ela não pode simplesmente pegar um táxi? – Poncho arqueou as sobrancelhas segurando a xicara de café com a mão esquerda.


— Acho bom você cooperar como um bom garoto familiar Poncho, caso queira sair do seu castigo.


Não gostei da chantagem feita por Alfonso a Poncho, ele não tinha obrigação nenhuma e eu poderia sim pegar um táxi. Mas, por um momento achei que as coisas entre Poncho e eu estavam evoluindo, havíamos conversado no dia anterior sobre o projeto e ele não trocou farpas comigo em nenhum momento, aquilo era um progresso ao menos na minha mente. Mas parece que estou sempre fadada a me enganar.


— Tudo bem, eu a levo então.


**


— Annie por favor, fala que sim, seriamos um ótimo par, Zack acha que consegue te deixar pronta até o concurso.


Desde que cheguei ao colégio que Chico não fala outra coisa, a não ser sobre o: concurso de patinadores que acontecerá na galeria. Que diversos patinadores de todos os colégios se apresentam, pessoas que treinam a anos, vale ressaltar.


— Não sei se é uma boa ideia.


— Temos tempo para nos prepararmos, seria divertido, não precisa ter tanto compromisso.


Queria poder dizer que sabia que seria divertido e que seria uma nova experiencia, mas não era esse o problema, até então a minha barriga de dois meses não mudou muita coisa devido ao meu biótipo, mas não sei como ela estará daqui um mês já que ando comendo por dois nos últimos dias e os remédios tem me engordado um pouco também.


— Prometo pensar no assunto, mas será que agora podemos prestar atenção na aula.


Chico sorriu esperançoso. Não daria uma resposta até pesquisar tudo sobre patinação no gelo, patinação artísticas, sobre os passos, pontuação e como funcionava esse tipo de concurso. Não quero ser tão leiga no assunto e acabar me decepcionando.  É obvio pesquisaria também se gravidas correm risco neste tipo de esporte.


Na Aquarela as coisas estavam evoluindo. Poncho já conseguia conversar e brincar melhor com algumas crianças e começaríamos o ensaio do coral hoje, Poncho havia montado um arranjo lindíssimo para apresentação e por muito pouco não comecei a chorar quando ele só a mostrou para mim.


— Meninos. – aproximei-me de um grupo de crianças que se recusavam a entrar na sala de música. — Vocês sabiam que o tio Poncho é cantor de uma banda superfamosa e que... – abaixei-me para ficar na altura deles. — Se você for amigo do tio Poncho, ele prometeu mostrar a sua banda dele para nós e deixá-los tocar por uma noite?


As crianças pareciam mais animada e correram depressa para a sala de música para juntar-se as outras crianças.


— Isso foi um golpe muito baixo. – Poncho bateu palmas chamando a minha atenção. — Não preciso que as chantageiem para que gostem de mim, posso cativa-las.


— Percebi como você pode cativa-las. – disse cruzando os braços.


— Se você não me subestimasse tanto, poderia só pagar pra você, Anahí Giovanna.


Baixei a cabeça desviando do seu olhar crepitando, ele sempre dava um jeito de estragar com tudo, mas não o deixaria vencer, não desta vez.


— Melhor irmos cuidar das crianças.


Aquele dia havíamos programado um jeito das crianças se abrirem um pouco mais e conhecerem os instrumentos. Uma das crianças, em especial, levantou-se para contar a sua história pegando o pandeiro.


O meu pai era pagodeiro, fazíamos pagode na laje todos os dias e foi assim que aprendi a tocar, ele sonhava em viver de música, mas as coisas não terminaram muito bem em uma das festas e...


A criança começou a chorar e tive que a pegas no braço.


— Não precisa continuar pequeno. – a abracei, caminhando até a saída da sala. — Poncho será que pode...


Assustei-me ao ver Poncho com os olhos cheios de lagrima. Poncho logo desviou o olhar e baixou a cabeça. Ele estava emocionado? Aquilo não podia ser real, deve ser um sonho. O Poncho sem coração estava emocionado com um pestinha como ele disse? Era realmente inacreditável.


— Annie, já terminei, podemos ir? – Francisco apareceu na ala após a última criança ir embora.


— Não volto com você hoje, vou ao médico com o Poncho.


— Com o Poncho? – Chico adentrou a sala cruzando os braços, parecia irritado. — Você tem alguma coisa?


— Não, são só exames de rotina, exigidos por tia Mariana.


— E porque vai com o Poncho?


— Porque o meu belíssimo papai obrigou. – a voz de Poncho assustou a Francisco. — Será que podemos ir? Tenho outros compromissos.


Pego a minha bolsa, dando um beijo rápido no rosto de Chico.


— Cara relaxa, o Poncho não tem interesse nenhum na sua gatinha. – disse Christopher.


**


O trajeto da ONG até o hospital estava horrível, muito movimentado e pegamos o horário de pico em que todos estão saindo dos seus empregos, crianças de colégio. E aquilo não poderia piorar, o clima no carro estava tenso e nada agradável. Talvez porque Poncho deixava nítido o quando estava sendo obrigado a me levar até o hospital. A voz de Bruno Mars ao fundo também não ajudava nada.


— Poderia ter me colocado no táxi, tia Mariana jamais iria saber que você não me levou.


— O hospital tem câmeras e meu pai é simplesmente o dono e diretor.


— Acha mesmo que com tantos pacientes ele perderia tempo olhando câmera do hospital só para conferir que você me levou? – ri irônica. — Seu egocentrismo é algo inacreditável.


Como um gesto nada educado Poncho aumentou a música que tocava.


— Obrigada pela a carona. – disse ao pararmos de frente ao hospital.


— Foi só por obrigação, não tive escolha.


Poncho deu uma piscadela irritante e bati a porta do carro com força tirando o sorriso debochado que tinha nos seus lábios. Tia Mariana me conduziu até a sala do Terapeuta, que se chama Mauricio Carter, e fiquei um pouco incomodada, pensei que seria uma mulher e não um homem, mas não podia bancar a garotinha mimada agora.


Apesar do medo que estava a primeira consulta com o senhor Carter fora maravilhoso, ele conseguiu me fazer falar mais do que pensei que falaria para uma primeira sessão. Esperava ouvir alguma coisa, mas ele disse que isso só um pouco a mais à frente. Decidi esperar por tia Mariana e Alfonso para voltar para casa, não queria ter que pedir dinheiro para um táxi, eles já faziam demais por mim.


Mas, Alfonso ficaria de plantão aquela noite. Então voltei somente com tia Mariana.


— Não precisa ter medo de mim. – disse Poncho ao me ver aproximar-se aos poucos da piscina.


Poncho estava à beira da piscina com o violão em mãos e me olha de baixo para cima. Respirei fundo porque aquele olhar mexia tanto comigo, que preferia não pensar a respeito dele ou permitir que ele me penetrasse tanto dessa forma.


— Só vim mostrar como está ficando a pré ornamentação de onde será o festival e perguntar se você quer alterar alguma coisa.


Poncho colocou o violão em uma outra espreguiçadeira e entreguei-lhes os papeis. Depois de longos três minutos mais nervosos da minha vida.


— A posição do palco está boa para a montagem dos músicos? – perguntei impaciente.


— Aqui é um péssimo local para acharmos um ponto de energia, por ser um festival infantil quanto menos fios espalhados pelo chão tiver, mais seguro será para as crianças.


Meus olhos piscavam rápidos ao vê-lo tão preocupado com crianças que até pouco tempo ele não suportava.


— Acho que se puxarmos um pouco o palco para próximo deste quiosque conseguimos usar a energia de lá e conectar tudo sem problemas.


Fiquei em silêncio e ele voltou a me olhar.


— Sei que tenho uma beleza ainda inexplicável pelos astros e medicina, mas não precisa ficar me olhando desse jeito, posso te dar uma fotografia se quiser.


Tomei os papeis da sua mão e não respondi a sua provocação idiota e não pude deixar de ouvir sua risada debochada de sempre atrás de mim.



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Autor(a): raissasampaio

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 46



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  • Nandacolucci Postado em 18/07/2021 - 15:46:49

    Leitora nova amando a históriaCONTINUA

  • beatris_ponny Postado em 21/06/2021 - 17:17:31

    Espero que não esteja junto com aquele embuste

  • beatris_ponny Postado em 21/06/2021 - 17:17:14

    Cadê a Annyyy

  • beatris_ponny Postado em 17/06/2021 - 07:49:13

    Espero que esse 1 ano passe rápido

  • beatris_ponny Postado em 17/06/2021 - 07:48:43

    Meu deus que ódio desse povo atrapalhando nosso casal

  • beatris_ponny Postado em 10/06/2021 - 22:50:43

    esperando mais amando essa fanfic

  • beatris_ponny Postado em 10/06/2021 - 22:50:24

    esse familia da anny santa paciencia

  • beatris_ponny Postado em 10/06/2021 - 22:49:57

    posta maissss

  • Srª Von Uckermann Postado em 07/06/2021 - 21:38:13

    Posta maaaaaaaaaaaaaaaaaaaais

  • beatris_ponny Postado em 30/05/2021 - 20:18:33

    Pelo amor de deus posta mais está muito bom


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