Fanfic: Este Corazón | Tema: Rebelde Ponny

Finalmente chegamos a última semana do mês de fevereiro, aquilo me deixava nervosa porque o prazo de que teria que contar a todos que estava gravida estava acabando, uma vez que, a minha barriga iria começar a ficar mais aparente. Tenho seguido a dieta à risca para não engordar tanto, mas meus peitos já têm mudanças, o meu quadril também.

— O inferno do colégio Anchieta começa hoje.

— Nossa Dulce, porque diz isso?

— Por isso. – respondeu Francisco, entregando um papel de inscrição para formação de chapas-grêmio do colégio.

— Ah, de toda forma não posso participar. – disse, entregando o papel a Francisco de novo.

— Ora, essa porque não? – questionou Dulce.

— Sou bolsista, lembra?

— No Anchieta eles não possuem essa restrição, pelo contrário, sempre montamos uma puta de uma chapa e...

— O Herrera sempre ganha e por isso o colégio não consegue ter bons projetos sociais, esportivos, só festas idiotas e mais festas. – resmungou Chico, concluindo a fala de Dulce.

— Então porque não criamos a nossa própria chapa? Aposto que nós três ganharíamos de lavada. – sugeri.

— Está mesmo pronta para começar uma guerra contra Poncho Herrera? – perguntava Dulce, com um tom de medo em sua voz.

Dei de ombros retirando o papel das mãos de Francisco e fazendo a inscrição para nossa chapa. Montar um grêmio estudantil não era tão simples quanto parecia, no ato da inscrição precisávamos comunicar os onze alunos que fariam parte da assembleia da chapa. Já que cada setor, seja imprensa, esportes, cultura precisa de um diretor. E de onze alunos, até agora só tínhamos quatro.

A tarde no trabalho comunitário Poncho estava de péssimo humor e aquilo estava assustando algumas crianças.

— O que você tem hoje? – perguntei, puxando-o para fora da sala de música.

— O que você pensa que está fazendo?

Franzi o cenho confusa com a pergunta.

— Foi porque te rejeitei que está criando a sua própria chapa? Acha mesmo que irá me vencer? Se você quer um outro beijo, é só pedir, não precisa de tudo isso.

Abri a boca em formato de O.

— Se você quer chamar a minha atenção para que transe com você, não precisa mesmo começar uma guerra contra mim.

Não pensei duas vezes e depositei um tapa na maça do rosto de Poncho.

— Você é mesmo inacreditável. – apontei com o indicador ao vê-lo respirar fundo com a mão esquerda na bochecha. — Porque você não começa a pensar que o mundo não gira ao seu redor, Poncho Herrera, que existem coisas mais importantes no mundo do que o seu ego. – me afastei cruzando os braços. — Agora você está assim todo nervosinho, porque teme perder para a minha chapa, não é?

— Você me paga por isso, é tudo que tenho a dizer.