Fanfic: Este Corazón | Tema: Rebelde Ponny

Não que tivesse com medo da chapa de Anahí, mas uma concorrente desconhecida por mim, sempre tive o costume de ganhar todas as eleições da chapa-grêmio estudantil do colégio Anchieta e não estava pronto para perder e não iria perder. Principalmente depois do tapa que Anahí Giovana me deu, ela precisava se colocar no lugar dela, ou ao menos conhecer o lugar dela. Mulher nenhuma chegou a me dá um tapa como ela deu hoje à tarde na aquarela. Aquela noite antes do jantar vi Anahí montando um planejamento na sacada do seu quarto, parecia apresentação de dois projetos e nunca tive que me preocupar com isso, porque a galera sempre gostou da ideia de festas infinitas. Mandei uma mensagem para Rodrigo comunicando que este ano precisaríamos mudar de estratégia.

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— Olha só.

Rodrigo apontava em direção a mochila de Anahí que estava no banco próximo a pista de patinação enquanto ela e Francisco treinando na pista de gelo.

— É o nosso momento. – disse apontando com a cabeça para que Rodrigo fosse olhar se os papeis estavam na mochila.

Mas como se o destino não estivesse ao meu favor, Dulce aproximou-se de Rodrigo que mexia na mochila de Annie e o assusta. E então, não tendo outra opção.

— O verdadeiro lago do cisne. – gritei para Francisco e Anahí que dançavam ridiculamente na pista e todo time de hóquei começou a rir.

Estávamos ali em pleno o sábado para dar início aos treinos para o campeonato.  Só que a pista não tinha hora marcada, era sempre de quem chegasse primeiro.

POV ANAHÍ

Depois de não suportar mais os deboches e risadas escandalosas do Poncho e do seu time de hóquei, Francisco e eu resolvemos parar de treinar para não nos aborrecemos mais. Busquei por minha mochila no banco e um desespero se instalou, até Dulce gritar nos chamando.

— Dul, você viu minha mochila?

Dulce tirou a mochila de trás do balcão e juntei as sobrancelhas sem entender.

— Rodrigo estava simplesmente tentando roubar os papeis do planejamento do grêmio.

— Típico da turminha do Herrera jogarem tão baixo. – resmungou Chico, bebericando da agua. — Ele deve estar realmente com muito medo de perder.

— Ou talvez, só estivesse tentando garantir de que nós não iriamos ganhar.

Os finais de semana eram os melhores dias que Chico e eu tínhamos para treinarmos para o concurso de patinação, mesmo que Zack só nos acompanhe durante a semana, nós nos esforçamos para sempre melhorar os nossos erros durantes esses treinos em que Zack não estava presente. Domingo de manhã, era o único dia livre na mansão, que não tínhamos a obrigação de tomarmos café todos juntos, porque era única dia que tia Mariana decidia dormir um pouco mais.

— Mas, o que é isso? – disse em sussurro ao ver Poncho entrando em casa às sete da manhã completamente bêbado. — Tem ideia do que seu pai faria se o visse desse jeito? – perguntei, ajudando-o a se segurar em pé.

— Não enche o saco.

O hálito de Poncho estava horrível, uma mistura de vodca com menta, whisky, cerveja, não sei identificar.

— Dá pra me ajudar, você é pesado.

Estava ajudando Poncho a subir as escadas, mas ele parecia estar colocando um peso ainda maior, causando-lhe uma diversão que estava a me deixar irritada. Depois de muita luta ele conseguiu retirar a chave do quarto dele do bolso. E respirei fundo ao entrar, era lindíssimo, as paredes em tons pretos e tijolos escuros, a iluminação aconchegante, imagens de músicos espalhados por todo quarto. Tinha um sofá na ponta da cama virado para a televisão. Mas aquilo não era tão importante, quanto o cheiro que dominava aquele ambiente. Como se não precisasse mais da minha ajuda, Poncho soltou o braço e tirou a blusa, me deixando um tanto sem folego e reação ali na sua frente.

— Bom, vejo que já está ótimo. – ironizei, e quando fiz menção de sair do quarto.

Poncho me puxou bruscamente, me jogando contra a parede, dando-me um beijo avassalador, sua língua quente percorria cada canto minha boca, Poncho dava leves mordidas nos meus lábios que me causavam arrepios incontroláveis. Seu corpo nu próximo do meu corpo estava fazendo ter sensações desconhecidas por mim, o clima estava esquentando, meu corpo arqueava para ficar ainda mais próximo do corpo de Poncho que passava mão ao redor da minha cintura, quase prendendo-me a ele. Até que me dei conta do perigo que estava correndo, que alguém poderia entrar, o que pensaria Alfonso e tia Mariana ao verem aquela cena.

Empurrei Poncho que cambaleou para trás e sai do quarto correndo.