Fanfic: Este Corazón | Tema: Rebelde Ponny
Estava à procura de Annie no pátio do colégio para poder irmos juntos para a aquarela social, mas não a encontrava, até sai na calçada do colégio e vê-la encostada no meu carro, estava mesmo com medo que contasse ao colégio seu segredo e não sabia se aquilo me deixava feliz, porque no fundo queria que ela soubesse que eu jamais seria capaz de fazer isso com ela.
— O que ela está fazendo encostada no seu carro? – Perla perguntou, cruzando os braços me encarando.
— Não sei se lembra, mas ela é minha chefe no trabalho comunitário.
— Ainda não entendi porque você e o Ucker não mudaram de ONG. – Perla falava alto. — Vou falar agora com essa garota, porque se ela...
— Você não falar porra nenhuma com ela. – puxei Perla, impedindo-a de caminhar. — E acho bom você ficar longe da Annie, para o seu bem.
— Poncho, está me machucando. – disse Perla voltando a dramatizar a situação, Perla soltou-se. — Você vai se arrepender de me tratar dessa maneira.
Notei que Annie nos olhava de longe com uma expressão amedrontada.
— Porque tem sido todo atencioso com a pimentinha nos últimos dias, cara?
Christopher perguntava enquanto caminhávamos até o carro.
— Sim, e nem faz essa cara, que sou teu melhor amigo, te conheço melhor que teu pai.
— Não posso contar, na hora certa você vai entender.
Para a minha sorte, Ucker não era intrometido como Perla era. Ele sabia esperar o meu tempo das coisas. E não me fez mais perguntas. Seguimos até a aquarela. Estávamos arrumando a sala de música naquele silencio insuportável.
— Já pensou nos nomes? – perguntei.
— Ainda não sei o sexo.
— Então, mas, se for menina, o que pensou?
— Pensei em Laudália.
Arregalei os olhos e comecei a rir alto.
— Está falando sério?
— Significa a que louva a Deus, é um nome bíblico.
Claro, como não imaginei isso antes.
— Coitada da criança, já vai nascer traumatizada, fala sério Annie, porque não algo como Cecília, que significa a guardiã dos músicos.
— Nossa, não sabia que tinha conhecimento de nomes e seus significados.
— Não tinha, mas andei pesquisando nos últimos dias.
Annie me olhou, colocando o cabelo atrás da orelha, ela sempre fazia isso quando ficava sem jeito ao meu lado. Aquele olhar continuava ali, fixos nos meus, aquele olhar que tem me destruído e me desarmado pouco a pouco cada dia mais. Nunca conheci ninguém com um olhar tão expressivo como Annie. E aquele maldito silencio voltou novamente, estragando nosso momento de descontração.
— E se for um menino? – perguntei, sentando na cadeira giratória. — E por favor, não me fala que pensa em Maomé, ou Judá...
Annie começou a rir alto e meu coração pulava de alegria ao vê-la sorrindo, já que só a via chorando nos últimos dias.
— Que foi? São os únicos nomes bíblicos que conheço.
— Pensei em Adonias, que quer dizer Jeová é, meu senhor, ou, Eliabe, que quer dizer meu Deus é pai.
— Sem comentários, para esses nomes péssimos.
— Você não entende de nada, garoto.
Annie me jogou uma almofada e nós voltamos a nos olhares, até as crianças entrarem na sala, para começarmos mais um ensaio para o festival, que animava ainda mais, não via a hora do castigo do papai terminar para que pudesse voltar aos palcos.
Estávamos no intervalo do ensaio, quando Annie comeu um pedaço do bolo que Uyara preparou e saiu correndo para o banheiro. A ouvi vomitando dentro do banheiro e fui até sua bolsa buscar um remédio, mas tinham remédios demais, então liguei para Mariana que já atendeu a ligação nervosa, mas logo, me falou qual o remédio adequado. Annie saiu do banheiro e me olhava um pouco envergonhada, entreguei-lhe um remédio.
— Andou pesquisando sobre os remédios também?
— Não, liguei para Mariana.
— Mas que droga Poncho, não precisava ligar para tia Mariana, ela já tem preocupações demais, não precisa de mais uma.
— Mas você estava passando mal, Annie.
— Sim, mas sei me cuidar sozinha, ela me deu todas as instruções, não quero enche-la ainda mais.
E lá estávamos nós de volta aquela guerra infinita.
— Você poderia ser mais educada e apenas me agradecer e ver que não fiz por mal.
Annie suspirou e uma criança nos olhava sorrindo. Annie revirou os olhos me olhando, ela odiava que as crianças presenciassem discussões, já que estavam ali para fugir da pressão que sofriam em casa.
— O ódio é amar duas vezes.
Foi tudo que a criança disse, antes de sair correndo para brincar com as outras. Annie me encarou, mas pegou sua bolsa e nós seguíamos para casa. Como a única coisa que tinha liberada era o violão, precisava tocar para me distrair um pouco e cessar a raiva que estava sentindo.
As brigas com Annie não eram mais divertidas, me deixavam triste e verdadeiramente me incomodavam, porque sentia que aquelas brigas estavam a afastar ainda mais nós dois. E fiquei lembrando do comentário maduro e ingênuo da criança sobre “odiar é amar duas vezes” e fiquei pensativo a respeito. Não odiava Annie, era impossível odiava-la, mesmo quando queria matá-la por ser tão teimosa, ainda desejava beija-la.
Olhei para a sacada do seu quarto e como se estivesse pensando em mim, como eu estava a pensar nela, Annie estava lá me olhando, com aquele maldito olhar destruidor.
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Autor(a): raissasampaio
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 46
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Nandacolucci Postado em 18/07/2021 - 15:46:49
Leitora nova amando a históriaCONTINUA
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beatris_ponny Postado em 21/06/2021 - 17:17:31
Espero que não esteja junto com aquele embuste
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beatris_ponny Postado em 21/06/2021 - 17:17:14
Cadê a Annyyy
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beatris_ponny Postado em 17/06/2021 - 07:49:13
Espero que esse 1 ano passe rápido
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beatris_ponny Postado em 17/06/2021 - 07:48:43
Meu deus que ódio desse povo atrapalhando nosso casal
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beatris_ponny Postado em 10/06/2021 - 22:50:43
esperando mais amando essa fanfic
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beatris_ponny Postado em 10/06/2021 - 22:50:24
esse familia da anny santa paciencia
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beatris_ponny Postado em 10/06/2021 - 22:49:57
posta maissss
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Srª Von Uckermann Postado em 07/06/2021 - 21:38:13
Posta maaaaaaaaaaaaaaaaaaaais
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beatris_ponny Postado em 30/05/2021 - 20:18:33
Pelo amor de deus posta mais está muito bom
