Fanfic: Este Corazón | Tema: Rebelde Ponny

Haviam se passado duas semanas desde a noite maravilhosa que Alex e eu tivemos no hotel. E não demorou muito para que o que Diana havia dito, começasse a se concretizar. Estava começando a me arrepender. Alex estava me tratando diferente, não me ligou no dia seguinte para saber como eu estava, uma vez que, era uma experiencia nova para mim, estava dolorida, não tinha conhecido se aquilo era normal, tive que pesquisar tudo na internet.

No colégio, vivia me ignorando e me dando selinhos breves. Fora, que não atendia as minhas ligações e tampouco dava satisfações. De príncipe a sapo, em quatorze dias.

— A mamãe está desconfiada. – disse Diana, batendo a porta do quarto.

Acabei de subir as escadas correndo para não vomitar na sala. Estava completamente enjoada com o cheiro do feijão da mamãe, e sempre amei o seu feijão.

— Essa situação com o Alex, está me deixando abalada.

— Não estou falando do enjoo, estou falando que você deveria ter mandando-a comprar os absorventes há três dias e não mandou.

Diana me encarava como se quisesse perguntar cada detalhe daquela noite, eu não contei a ela, fiquei com vergonha e na minha mente, mesmo ela sendo precoce demais, ela não estava pronta para ouvir aquele tipo de obscenidade.

— Vamos a uma lanchonete, pedimos para Lila comprar um teste e você faz no banheiro lá mesmo.

— Ficou doida? – comecei a andar pelo quarto imaginando a possibilidade. — A Lila com certeza contaria a mamãe.

— E o que você sugere? Esperar que a barriga cresça?

As suposições de Diana estavam corretas. Fomos até o outro lado da cidade compramos um teste em uma farmácia que ninguém jamais poderia saber quem somos e fiz ali mesmo no banheiro de um café próximo.

Estava grávida do Alex.

O choro veio desesperado e soluçado. Minhas mãos suavam frio, Diana já havia me dado duas garrafas de água, mas nada aliviada aquela sensação de desespero. Meus pais me matariam, além de ter ido contra todos os princípios em que cresci, estou gravida de um homem desconhecido na mente deles, já que não tenho namorado.

— Você precisa contar para o Alex e exigir que ele se case com você.

— O Alex me ama Diana, não preciso exigir, nos sempre sonhamos em nos casar.

— Aos dezessete anos cursando o segundo colegial?

Diana tinha razão não pensávamos em nos casarmos tão novos, sempre planejávamos para depois que Alex estivesse equilibrado na carreira, tínhamos apenas dezessete anos, estávamos na melhor fase da idade. Mas aquilo não era empecilho para impedir que seriamos felizes mesmo casando tão jovens, por que nos amávamos.

— Não dá para adiar, preciso falar com o Alex.

— Mas ele não atende suas ligações.

Não tinha outro jeito, tinha que ir a casa dele. Peguei o primeiro táxi e para a minha sorte não estávamos tão distantes, não tinha muitas economias guardadas. Diana acabou voltando de ônibus para o papai e a mamãe não desconfiassem de nada. Precisava de um plano, correr contra o tempo, fazer Alex entrar para igreja, apresenta-lo aos meus pais, conversar com os pais do Alex, falar sobre o casamento. Meus pais concordariam de imediato se Alex fosse um jovem da igreja, ninguém demora muito tempo para casar-se assim quando são destinados.

Isso tudo até a barriga ficar notória. Depois de estarmos casado, a mentira não pesaria tanto quanto pesaria se contasse a eles agora.

— Oi Nancy. – cumprimentei a empregada maravilhosa que me olhava assustada. — O Alex está?

Não esperei que ela respondesse, ouvia o barulho da sua JBL vindo do andar de cima. Não bati na porta porque ele não escutaria e vi o meu coração se despedaçar.

A minha vida desmoronar.

Os meus pais me afundarem em um poço sem fundo. Minhas mãos tremiam tanto que podia jurar que estava com Parkinson.

Alex estava deitado sob o corpo nu de Savannah, sua ex-namorada, quer dizer, a menina que achava que era sua ex-namorada e também a patricinha mais popular do colégio Malfatti. Savannah sorria para mim acariciando o peitoral nu de Alex, e ele, continuava ali deitado me dando um sorriso sem mostrar os dentes, acenando com as mãos como quem dá um “tchauzinho”.

Não me dei o trabalho de fechar a porta, desci as escadas correndo.

Minha vida estava arruinada.