Fanfic: Este Corazón | Tema: Rebelde Ponny

O campeonato de hóquei estava prestes a começar e os treinos do time estavam cada vez mais frequentas, o que me restava pouco tempo para ficar com Annie, que continuava trabalhando na taberna contra a minha vontade, achei que Mariana iria interferir de algum jeito, mas tudo que ela fez foi conversar com Annie, o que não adiantou de muita coisa. A única coisa boa em ver Annie trabalhando na taberna, é que ela era a minha visão favorita nos intervalos dos treinos e podíamos dar uma fugidinha de quinze minutos.

— Pronta? – perguntei, saindo da pista.

— Só preciso repassar algumas coisas para a Dulce, e aí podemos ir.

— É o tempo que me troco.

Dei um breve selinho rápido e segui para o vestuário para me trocar. Annie havia trocado de turno com Dulce hoje, tínhamos a primeira consulta dos cinco meses de gravidez da Annie. E estávamos ansiosos para ver o tamanho que a nossa Cecilia está. Estávamos ali na sala da Mariana olhando para a tela e rindo da posição em que Cecilia se encontra com o dedo na boca.

— Ela é muito agitada? – questionou Mariana.

— Um pouco, cada chute e pontapé que me assustam um pouco. – respondeu Annie.

— Será uma esportista como o papai aqui.

E Annie me olhou como se quisesse me matar. O silencio permaneceu na sala por alguns minutos, enquanto olhávamos para Cecilia.

— Vocês precisam ter paciência com o Alfonso. – Mariana desligavas as maquinas nos olhando e Annie se vestia. — Ele vai aceitar.

— Não sei qual o problema do papai, por um instante achei que fosse algo contra a Annie, mas depois descobri que não é.

— É só medo pelo o seu futuro, é notório o quanto está envolvido com a gravidez e bom...

— Eu sei. – a interrompi. — Não sou o pai, tem o vestibular. – revirei os olhos e Annie me deu um beliscão que me fez rir.

Mariana deu risada.

— E você mocinho. – disse Mariana abrindo a porta. — Tente ser mais silencioso ao sair do quarto da Annie pela manhã.

Annie abriu a boca em “o” e ficou vermelha de imediato. Mariana saiu da sala nos deixando a sós.

— Meu Deus Poncho, que vergonha. – disse pegando a bolsa.

— Qual o problema? Somos namorados, problema nenhum.

— Mas é um desrespeito, dentro da casa dela, ela é minha tia.

— E você prefere que nos mudemos? Que tal um flat?

Annie me deu um tapa no ombro.

— Para de brincadeira.

Poderia ate ser uma brincadeira, mas no fundo não seria má ideia que assim que Maria Cecilia nascesse noivar com a Annie e procurarmos um pequeno apartamento, tenho minhas economias e um dinheiro que a minha progenitora me manda mensalmente. Não seria má ideia. Mas sei que Annie jamais aceitaria, então preferi que ela deixasse que era apenas uma brincadeira de momento. Depois da consulta seguimos ate o shopping para um passeio, e era impossível não reparar no brilho dos olhos de Annie quando passávamos por lojas de moveis em que tinha um quarto de bebê montado.

— Poderíamos começar a montar o quarto dela. – sugeri. — No enxoval.

— Não tenho condições para isso, e onde montaríamos o quarto dela? dentro do meu quarto? – ela gargalhou.

Não sei ate quando Annie vai insistir nessa história de que não tem condições e em não me deixar ajuda-la com as questões financeiras, mas como bom brasileiro não desisto nunca.

— Você poderia passar a dormir comigo e transformaria o seu quarto, no quarto dela.

— Você não tem um pingo de juízo.

— Ora essa, somos um casal, quase casados, não seria surpresa nenhuma.

— Mataríamos o seu pai e começo a pensar que é isso que está tentando fazer.

— Ele aceitaria, a princípio surtaria, mas depois não teria outra opção a não ser aceitar.

— Poncho para, é questão de respeito, é a casa dele. E a Cecilia pode muito bem dormir comigo na cama, é uma cama bem espaçosa e cabe nós duas.

— Só vocês duas? – fiz biquinho e Annie me abraço.

— Cabe a nós três, apertadinho, mas é melhor assim.

E a beijei, estava evitando discutir com Annie nós últimos dias, mas aos poucos tentaria abrir a mente dela para montarmos um quarto para Ceci.