Fanfic: Este Corazón | Tema: Rebelde Ponny

Ao acordar e ver Poncho deitado ao meu lado sorri pela incrível noite de ontem, Poncho estava tentando se controlar no início e todo aquele cuidado por causa da gravidez era admirável. E mesmo o Poncho tentando me distrair no café da manhã e com um banho de piscina na sua casa, nada conseguia me tirar da cabeça de que hoje era dia das mães e que a minha mãe está longe pela primeira vez. Aquela tarde saímos para almoçar no píer e estava um clima agradável demais, apesar do calor.

— Pimentinha, fecha os olhos. – pediu Poncho.

E ri ao vê-lo me chamar de pimentinha.

— Poncho sabe que não gosto de surpresas.

— Mas essa você vai adorar.

Vi ele fazer um barulho.

— Agora abre.

Meus olhos brilhavam emocionados com ele segurando uma caixinha com uma aliança dentro.

— O que me diz, senhorita Anahí Giovanna Portilla, você aceita oficialmente ser a minha namorada?

— É claro que aceito.

Meus olhos lagrimejavam e Poncho colocava o anel no meu dedo e em seguida coloquei o anel no seu dedo. Dando-lhe um beijo demorado.

— Sei que hoje é o seu dia, mas tenho um presente para nossa pequena também.

Poncho me mostra uma pulseira com as nossas iniciais, tão pequenininha.

— Para colocar em Cecilia assim que ela nascer.

Olhava para o homem da minha vida me perguntando como pude ser tão teimosa no inicio de toda nossa história, Poncho era muito mais que eu pudesse imaginar, nunca me passou pela cabeça que durante a gravidez pudesse conhecer alguém que me aceitasse assim, e que me amasse tanto, a ponto de amar a minha filha dessa forma.

— Fica calma, lembra que você não pode ter grandes emoções.

— Seu bobo. – dei língua.

O meu dia das mães estava sendo incrível, pela manhã ficamos com a sua família, a tarde almoçamos no píer e agora estávamos passeando no parque, observando as famílias reunidas brincando com as crianças. Poncho falava sobre o gênio de Cecilia, se ela seria mais parecida com ela ou com ele. E aquilo me doía o coração, porque Cecilia era filha de Alex, teria traços dele, mesmo o Poncho esquecendo-se completamente disso, mas preferi não estragar o nosso dia e o deixei falar como se a Cecilia fosse fruto do nosso amor, o que de certa forma era.

— Acho que está na hora de você me mostrar os seus dotes culinários, senhorita Annie.

Riamos das minhas histórias de infância. Até entrarmos em casa e o sorriso de Poncho sumir ao ver uma mulher belíssima em pé na sala de estar, seus cabelos longos escuros, os olhos castanhos como os de Poncho, o silicone aparente no vestido justo, ela sorria e que sorriso bonito, lembrava o do Poncho. E como se as peças e características fossem de juntando na minha mente, aquela era a mãe de Poncho. E posso jurar que já a conheço de algum lugar.

— O que porra você faz aqui? – perguntou entredentes, apertando a minha mão com toda força.

— Hoje é dia das mães, filho.

Poncho ria sarcástico passando a outra mão na barba.

— Você é mesmo mais ridícula do que me lembrava.

— Não sabia que seria pai.

A bela mulher me olhava dos pés a cabeça com um sorriso no rosto e fiquei envergonhada, porque era mais uma acreditando que o filho era de Poncho.

— Como poderia saber? A minha vida não é um livro aberto como a de determinadas pessoas.

E só agora com essa ironia do Poncho que consigo me tocar, ela é a Ruth Rodriguez, cantora e modelo das revistas que acompanhava quando mais jovem. Nem no meu mais belo sonho, imaginaria que Poncho fosse filho da Ruth. Minha irmã era completamente fã dessa mulher, das suas danças.

— Mas o que é isso? – a voz de Alfonso adentrando a casa, assustou a todos.

— É isso que também quero saber. – Ponchofalava alto. — Sabia que ela viria? Como permitiu que ela sujasse a nossa casa?

— Oi Alfonso. – Ruth acenou. — Olá Mariana.

— Quem deu permissão para que essa mulher entrasse aqui? – Alfonso caminhava, gritando por Ada e Samuel.

— Não os culpe, sabe que tenho a minha lábia para conseguir entrar e sair de onde quiser.

Ruth se explicava e Poncho respirava fundo, nunca o vi tão furioso durante todo esse tempo e olhe que já o vi muito irritado, mas não como agora.

— Melhor acalmarmos os ânimos, e manter a calma. – disse tia Mariana, tão calma como uma pluma, como ela conseguia ser assim?

— Será que podemos conversar, a sós, filho.

Poncho soltou a minha mão batendo palmas e rindo alto.

— Mas, é claro que não, e agora que já deu o seu show de dia das mães, você pode sumir da minha vida, como sempre fez.

Poncho voltou a segurar minha mão e nós subimos as escadas depressa demais. deixando Alfonso, Ruth e tia Mariana na sala de estar.