Fanfic: Este Corazón | Tema: Rebelde Ponny

Annie tremia quando chegou me abraçando inesperadamente no estacionamento e nunca a vi tremer tanto, parecia está com medo de algo e só então quando o maldito Sirvent apareceu que consegui entender um pouco as coisas.

Logo, os seguranças conseguiram separar a nós dois, e a ambulância chegou para cuidar de Annie, que quase me matou de susto.

 — Como pode cara, me fala que falta de sorte é essa minha.

Andava de um lado para o outro colocando gelo no rosto para me recuperar, para jogarmos, quer dizer, o jogo já estava uns dez minutos atrasados e os treinadores não estavam nada contentes com aquilo, uma vez que tinham os seus centers machucados.

— Nunca imaginei que o Alex fosse ex da Annie. – disse Christopher. — Vocês nunca conversaram sobre isso?

— A Annie sempre deu a entender que o pai da criança nunca pudesse chegar a aparecer, mas também como fui burro. – batia com a própria mão na cabeça. — Como não investiguei, como não deduzi que o cara poderia ser do colégio da Annie.

— E que poderia ser o seu maior inimigo na pista. – acrescentou Christopher e o encarei. — Foi mal cara. – estendeu as mãos para cima. — Mas é a verdade, o pai do filho da Annie é o Sirvent, seu arco inimigo na pista e da vida.

Alex e eu tínhamos um passado, uma história de adolescentes, de triângulo amoroso de uma viagem de férias que não terminou muito bem, a nossa sorte é que estudávamos em colégio diferente e nunca tive que aturar ele na minha vida, tirando na época de campeonato quando éramos adversários.

E a ideia de que ele é o pai da filha da Annie, que ele tem uma ligação com a Annie, que ele foi o idiota que tirou sua virgindade, mil pensamentos que rodavam a minha mente, deixando com mais ciúmes e com muita raiva, que usei a favor, para vencermos o primeiro jogo contra do colégio Malfatti, contra o Alex Sirvent.

Ao sairmos da pista Alex ria sarcástico.

— Você pode até vencido essa Herrera, mas não se anima muito não, foi só para deixá-los no cheirinho.

Christopher me segurava porque sabíamos que brigar depois do jogo nos daria uma bela multa e quase desclassificação.

— E manda um recado para Annie, diz que estou com saudades.

Alex saiu rindo acenando para as meninas na arquibancada e joguei o capacete no chão da galeria e vi o visor quebrar.

— Não entra na pilha desse cara, Poncho, você precisa conversar com a Annie primeiro.

— Você viu como ele a chamou? Com toda intimidade do mundo.

— Não importa, é com você que a Annie está.

— Mas viu como ela estava nervosa por revê-lo? Ate parece que ainda sente algo por ele.

— Não pensa demais cara, primeiro conversa com ela porra.

POV ANAHÍ

Depois do atendimento, sai do hospital direto para casa, conselho: repouso. Mas não consegui repousar, não imaginando como estava o jogo, como ficou a situação entre Alex e Poncho, se o Poncho estaria bem, se teria vencido o jogo.

E assim que a partida terminou, a Dulce me mandou uma mensagem dizendo que o Anchieta ganhou o primeiro jogo e pulei de alegria dentro do quarto.

Tomei uma ducha rápida e troquei de roupa, e resolvi esperar pelo o Poncho no quarto dele. E meu coração sorriu ao vê-lo entrar no quarto carregando sua mochila, não parecia feliz e eles tinham vencido o jogo, achei que o veria radiante.

— Parabéns, meu amor. – abracei e ele não correspondeu.

— Obrigada. – disse tirando a blusa e o tênis.

— Não parece feliz. – engoli seco, porque sabia o porquê o Poncho não estava feliz, era tudo culpa minha.

— Alex te mandou um recado. – Poncho voltou a ficar de pé, após tirar o tênis. — Disse que está com saudades.

E quando vi caminhar em direção ao banheiro, para tomar banho. O puxei pelo o braço, aquela situação poderia durar mais nenhum segundo, já estava me torturando demais.

— Vamos conversar, por favor. – o olhei nos olhos, mas ele ignorou e desviou o olhar do meu. — Me deixa explicar.

— Porque não me contou que o Alex Sirvent era seu ex-namorado? – Poncho se soltou, andando dentro do quarto. — Porque me deixou pensar que o pai da Cecilia, nunca seria um problema para nós?

— Porque ele não é um problema, nada vai mudar Poncho. – respirei fundo, não podia chorar agora. — E não sabia que você e Alex se conheciam.

— Sério Anahí? – Poncho usou um tom de voz duvidoso e aquilo foi como uma flecha no meu coração. — Não passou nenhum segundo na sua cabeça que nossos colégios eram adversários e que poderíamos sim nos conhecer. – Poncho tinha um sorriso sarcástico no rosto, que odiava.

— O Alex nunca me levou aos jogos, até porque meus pais não me deixavam ir, não teria como imaginar que você estudava no Anchieta ou que você existisse, o Alex nunca falou sobre vocês.

Poncho silenciou.

— Eu não quero brigar com você, meu amor, por favor. – me aproximei. — Precisamos nos unir e você entender que não fiz por mal, Poncho.

— Você me pareceu nervosa demais ao revê-lo.

Agora entendia o porque ele estava tão triste, não era pela confusão, ou por não ter dito quem era o pai da Cecilia, é sobre a minha reação ao ver o Alex.

— Você não pode estar achando que ainda sinto alguma coisa por ele.

— O que você quer que eu pense, Anahí? você estava nervosa, tremendo, saiu correndo feito uma desesperada. – Poncho falava alto. — É claro que penso isso, ele te afetou.

— É claro que ele me afetou. – as lagrimas desceram fora do meu controle. — Mas não por sentir algo por ele, mas por medo, medo dele descobrir sobre a Cecilia, porque sabia que ele iria deduzir que era filha dele pelo tempo, por medo dele querer toma-la de mim e destruir com toda a nossa vida.

Poncho me olhava mais calmo e parecia pensativo após a minha explicação.

— Ver você duvidando do meu amor por você, me faz pensar em tudo que seu pai te fala, que talvez seja a emoção da adolescência e que você realmente não está pronto para enfrentar isso comigo.

— Não havia pensado dessa forma.

— Claro que não pensou, você sempre deixa os seus ciúmes falarem mais alto, você nunca pensa além. – negava com a cabeça. — Quer saber, eu acho melhor...

— Shhi.. – Poncho colocou a mão na minha boca. — Me perdoa, me desculpa. – colocou suas mãos no meu rosto. — Por ser tão idiota e imaturo, eu fiquei com medo, medo de perder você.

Fechei os olhos e senti os lábios de Poncho encostaram nos meus. Fazendo meu coração bater mais calmo.

— Desculpa, desculpa. – sussurrava afastando-se. — Acha que o Alex reivindicaria a paternidade?

— Não sei, eu não o conheço Poncho, você conhece a minha história, nunca te escondi nada.

— Talvez ele não reivindique por amor, a essa altura ele já sabe que somos namorados, que estamos juntos.

Fiquei confusa com o argumento de Poncho.

— Talvez ele reivindique para me provocar. – umedeceu os lábios. — Mas não se preocupa com isso, como já te prometi antes, nada e nem ninguém irá destruir a nossa família.

Poncho estava me escondendo algo, mas não sabia se queria saber, tudo que queria era que ficássemos bem, que enfrentássemos isso junto, como temos feito esse tempo todo, sempre nós três contra o mundo inteiro, e o nosso amor estava se saindo muito forte.

Poncho acariciou minha barriga e suspirei aliviada por ficarmos bem.