Fanfic: Este Corazón | Tema: Rebelde Ponny

Não me lembro quando minha vida se tornou tão complicada, dormir brigado com Annie nunca passou pela a minha cabeça, não depois que estamos juntos. Aquela situação tem me deixado cada vez mais sufocado, ao acordar de manhã, Ada me comunicou que ela já tinha ido para o colégio, o que demonstrava toda sua raiva e vontade realmente de ficar longe de mim, e aquela ideia de tê-la longe a mercê de que Alex tente rouba-la de mim, me deixava desesperado.

— Bora, bora, não vou ficar o dia todo esperando que vocês façam suas inscrições. – Chrstian gritava pelo o colégio, após comunicar a montagem da quadrilha junina para a festa de são joão do colégio Anchieta que acontecia todos os anos. — Meu casal favorito não quer se candidatar a noiva e o noivo.

Anahí ficou cabisbaixa e não me olhava nos olhos.

— Acho que não vou participar, a barriga está pesada e não sei se suporto os ensaios, descobri isso ontem depois de não suportar mais que quinze minutos patinando.

Christian virou-se me olhando como se soubesse que Annie e eu estávamos brigados, na verdade, era impossível que o colégio não percebesse que não estávamos bem, uma vez que sempre chegávamos juntos, sempre estávamos juntos, e agora estamos tão distantes quanto o Brasil e os Estados Unidos no mapa.

— Coloca aí Pollito, Poncho e Annie, iremos concorrer sim.

Respondi a Christian com os olhos fixos em Anahí.

— Não cansa de se humilhar por essa ninfetinha, Poncho? – perguntou Perla falando alto demais. — Não percebeu que a volta do pai da bebê, afetou, que ela não quer ficar com você, como nunca quis.

Como Perla sabia de Alex não faço a menor ideia, mas aquilo não importava. Annie saiu da roda de amigos e Christopher me impediu de ir atrás dela.

— Porque você não se mata, Perla? – perguntou Rodrigo. — Vem cá, que posso te mostrar algumas técnicas de suicídio.

Para a minha alegria Rodrigo saiu puxando Perla pelo corredor do colégio, não estava com cabeça para discutir com ela. Já tinha problemas demais.

— A Perla nunca vai superar essa situação. – questionava Christopher.

— Pouco me importa. – dei de ombros.

— Ela é psicopata, precisa de um tratamento sério. – disse Dulce. — E Poncho, as coisas vão se ajeitar, vocês vão ficar bem.

— Não é o momento de bancar o orgulhoso, cara. – disse Christopher.

— E quando é que fui orgulhoso quando se trata de Annie, Ucker? – perguntei irritado. — A Perla talvez tenha razão, eu vivo me humilhando para ficar bem com ela, e ela parece se esforçar para fazer o contrário.

— Não fala assim da minha amiga, Poncho. – disse Dulce. — A Annie tem enfrentado uma barra desde que toda sua gravidez foi exposta, e concordo com o Uckermann, não é o momento de vocês ficarem brigando, é o momento de se unir e não deixar que Perla, Alex ou ninguém interfiram nos planos de vocês.

— Não é tão simples assim, ele é o pai da Cecilia. – disse cabisbaixo.

— Não é mesmo, ele nem sequer sabia da gravidez, nunca esteve presente e aposto que Annie também pensa dessa forma. Ele pode até ser legalmente, sanguineamente falando, mas só isso e nada mais.

Christopher olhava para Dulce admirando-a por esta em nossa defesa, já que sempre pensamos que ela não me suportava.

POV ANAHÍ

Mesmo tentando me convencer de que precisava de um tempo sozinha, que precisava respirar e pensar sobre tudo disso, meu coração sempre dava um jeito de lembrar que tudo que eu precisava era que o Poncho estivesse ao meu lado nesse momento, me dando forças, e me garantindo de que o Alex não tomará a minha filha e não destruirá a nossa família.

— Annie, é melhor você ir para casa, deixa que eu cuido de tudo por aqui.

— Não Dulce, trabalhar vai me fazer bem, preciso manter a mente ocupada.

Ao me virar sou impedindo de caminhar porque Savannah esta parada a minha frente, parecendo a pantera cor de rosa.

— Preciso falar com você.

— Atendo já a sua mesa.

— Não banca a sonsa, porque se sonsa você não tem nada garota.

Era estranho ver Savannah ali, já que o Malfatti não jogava hoje e até onde sei o time do Alex não tem treino também.

— Mas como sei que você é a rainha do drama, e muito esperta, falaremos aqui mesmo de pé.

Sabia o quanto cobra a Savannah podia ser, então fiquei ali parada, apenas escutando o que ela tinha a dizer, não queria correr o risco de perder o meu emprego.

— Você dirá ao Alex que esse filho não é dele, mente os meses, ele não sabe de quantos meses você está, mas tem feito cálculos que o levam a pensar que ele seja o pai.

— Porque ele é o pai, Savannah.

— Mas ele não precisa saber disso, ele tem conversado com os pais e os pais estão dispostos a vir te buscar para entender essa situação toda, andam bem desconfiados por você simples sumiu do mapa por aquele lado cidade, e acho que você não quer ficar sem seu prêmio do milhão não é?

Meus nervos estavam fervendo com a insinuação escrota da Savannah.

— Acha que se eu quisesse dar o golpe do baú no Alex, não teria ido atrás dele assim que fui expulsa de casa? – ri irônica — Fique você sabendo que eu não quero que o Alex assuma a paternidade tanto quanto você, mas não irei mentir, porque não sou tão egoísta a esse ponto.

— Você acha que o Vitor quer ser pai? Tenha santa paciência, Anahí Portilla.

— Não sei o que ele quer, mas ele tem o direito de escolher.

— Você é apaixonada por ele inda, e acha que esse filho irá fazer com vocês voltem, não é?

— Você e o Alex realmente se merecem, sempre achando que tudo gira ao redor de vocês.

— O recado tá dado e espero que você não tente pagar pra ver, sabe do que sou capaz.

Savannah saiu caminhando fazendo barulho com seu alto quinze e Dulce correu em minha direção ao me ver perder a força das pernas após enfrentar um leão. Não estava sendo fácil e nunca pensei que enfrentaria a Savannah dessa vez, mas não queria pagar pra ver, a Perla já tinha feito demais comigo, e a Savannah perto da Perla era três mil vezes pior.