Fanfic: Este Corazón | Tema: Rebelde Ponny

Como nos velhos tempos, estávamos à beira da piscina tentando relaxar antes do jogo. Hoje era o segundo jogo entre o colégio Anchieta e o Malfatti.

— Acho melhor não ir.

— Porque não Annie? – questionou Dulce.

— Porque ela não quer correr o risco de o coração acelerar ao rever o grande amor da vida, não é Annie? – questionei cruzando os braços.

— Pega leve, Poncho. – pediu Christopher.

— Ou medo de uma recaída.

— Poncho, agora você está exagerando. – disse Christopher, me olhando.

— Eu vou. – Annie forçou um sorriso. — Quero ver ate quando você vai continuar com esses ciúmes idiota, e conseguir entender de uma vez, que é você que quero para a minha vida, que é você que amo. Vou buscar minha bolsa.

Anahí saiu pisando fundo ate a parte interna da casa e Dulce foi atrás. E tudo que conseguia repetir na minha mente era “é você que amo” era a primeira vez que Annie falava que me amava, e aquilo me deixou anestesiado. Porque só agora percebo que nunca dissemos “eu te amo” um para o outro.

— Qual o teu problema, Poncho?

— Não sei cara. – passei a mão entre os cabelos. — É que perco a cabeça toda vez que imagino que a Annie já teve alguma coisa com o Alex.

— Alguma coisa? Não é só alguma coisa, eles têm um bacuri que nascerá daqui há três meses e você precisa aprender a lidar com você, caso contrário irá acabar perdendo a Annie de uma vez.

— Será que podemos ir, ou vocês vão ficar de conversinha? – gritou Dulce.

Demoramos quase trinta minutos para conseguir achar um lugar para estacionar o carro, a galeria estava lotada, era um dos jogos mais esperados de todo campeonato. Grandes colégios já haviam sido eliminados. Desci do carro e Annie bateu a porta com força, fazendo Christopher e Dulce rirem da situação.

— Desse jeito, você vai acabar amputando a minha mão. – disse Annie, ao me ver segurar com força a sua mão ao entrarmos na galeria.

Alex nos olhava bebericando de um energético, ao lado estava Savannah, a inseparável namorada irritante. O vi esmagar a lata nas mãos ao olhar para as minhas mãos e a da Annie com alianças.

— Tem certeza que não quer deixar ninguém me vigiando?

Annie estava a me provocar desde que saímos de casa, mas Christopher tentava me segurar para não cair na pilha dela. A beijei demorado antes de começar a partida.

— Boa sorte.