Fanfic: Este Corazón | Tema: Rebelde Ponny

Estava cansada de lutar contra os ciúmes de Poncho, então resolvi entrar no jogo dele e o instiga-lo ainda mais, até faze-lo perceber entender que é com ele que quero passar o resto dos meus dias.

O jogo começou acirrado, Alex parecia determinado em destruir Poncho na pista.

— Nunca um jogo foi pausado tantas vezes assim. – comentou Dulce.

Não que eu entendesse das regras de hóquei, Alex já havia levado duas faltas e ao que entendi na terceira, ele seria suspenso do jogo por cinco minutos, por ter imprensado Poncho contra a pista.

— Annie, você precisa se acalmar, esta nervosa demais. – pediu Dulce.

— É complicado me acalmar, quando eles estão prestes a se matar ali dentro.

O primeiro tempo finalmente termina, mas não de uma maneira muito agradável, o time do Malfatti estava empatado com o time do Anchieta, o que quer dizer que o segundo tempo será ainda pior que o primeiro.

— Melhor ir cuidar dos seus machucados, Herrera, você não perde por esperar no segundo round.

Alex provocava Poncho junto com seus amigos, desci das arquibancadas correndo a tempo de impedir que Poncho partisse pra cima de Alex.

— Não liga pra ele.

— Olá Anahi. – a voz irritante de Alex, me fez respirar fundo. — Como está a minha filha?

Alex fez questão de falar alto a palavra “minha” e já era possível ouvir os murmurinhos da galera do colégio sobre quem era o pai da minha filha, mas aquilo não era importante, não agora. Poncho estava tremendo.

— Ela não é sua filha, seu imbecil. – esbravejou Poncho e estava impossível de segura-lo. — Ela é minha filha!

— Sua filha? Tem certeza que foi você quem colocou a sementinha dentro da Anahi? – Alex olhava ao redor e gargalha alto, ouvi-lo falar com tanto desrespeito ao meu respeito estava me fazendo perder o controle, mas precisava impedir que Poncho caísse na pilha do Alex.

— Poncho, não entra na onda, sabe que ele só quer nos desclassificar, o Alex sempre foi pau no cu. – disse Christopher, e aquilo me instigou ainda mais a tirar Poncho dali.

— Quer que eu conte a todo como foi que ela foi concebida? – gritava Alex, para toda galeria ouvir.

— Meu amor, vamos, por favor. – o puxava dando passos para trás.

— Porque aí quem sabe você entenda o porque ela é sim, a minha filha.

Poncho respirava ofegante e consegui tira-lo daquele teatro todo criado por Alex. Christophr me entregava uma garrafa de Gatorade e Poncho virava sem respirar.

— Eu o mato, eu juro que mato esse idiota.

— Você não mata ninguém, é tudo que ele quer, te desequilibrar.

— Ele conseguiu, está conseguindo.

Sabia que Alex tinha passado de todos os limites ao ameaçar falar sobre nossas intimidades assim, que ele tinha exposto Poncho na frente de todo colégio, já que todos pensavam que eu estava gravida dele.

— Escuta. – o segurei com as duas mãos no rosto. — Por favor, não entra na onda dele, deixa que ele por si só se destrua. É tudo que ele quer, nos afetar, não podemos deixar.

— Annie, quanto tempo você e o Alex ficaram juntos? – perguntou Christopher. — Foi tão intenso quanto ele transparecer ter sido?

Revirei os olhos, porque aquele não era o momento para aquele tipo de pergunta.

— Quase um ano. E não, não foi tão intenso, Ucker.

— Não precisamos falar disso. – pediu Poncho, encostando a cabeça na parede, um pouco mais calmo.

— Sabe que ele vai tentar te provocar durante o jogo, não sabe? – Poncho assentiu que sim. — Então não dá ouvidos, e lembra que nós te amamos. – coloquei a mão dele na barriga.

Poncho abriu os olhos e colocou uma das mãos no meu rosto, me beijando, seus lábios estavam quentes devido o sangue e adrenalina que corriam nas suas veias.

— Vocês são tudo pra mim, Annie. – disse olhando-me nos meus olhos.

— Então vai lá, e vence por nós duas.

O intervalo terminou e Poncho voltou para a pista um pouco mais calmo, sentei-me ao lado de Dulce que agora estava tão ansiosa quanto eu, porque o Christopher estava a discutir com um dos jogadores do outro time, e franzi o cenho ao imagina-los juntos.

O segundo tempo estava sendo ainda pior que o primeiro, vi o Poncho se machucar na pista, estava me deixando fora de controle e estou prestes a acabar com tudo isso. O jogo já havia entrado em face-off mais de cinco vezes e o juiz já estava exaltado demais.

E como se perdesse a paciente, o juiz pausou o jogo, suspendendo Poncho e Alex da partida.

— Isso é uma injustiça, esse idiota não conhece as regras e não posso pagar pelos erros dele. – gritava Poncho.

— Fala sério Herrera, você que não aceita que está perdendo e que vai perder...

— Não sei se você é analfabeto, mas estamos ganhando no placar.

— No jogo. – Alex ria. — Mas sabe muito bem do que estou falando, você sempre acaba perdendo pra mim.

Poncho esmurrou Alex e a galera começou a gritar instigando ainda mais a briga. Os dois começaram a rolar no chão. E o jogo entrou em pausa novamente.

Quando os seguranças finalmente conseguiram afasta-los, as lagrimas que segurava estavam prestes a descer.

— Os dois, estão expulsos da partida final do campeonato. – disse o juiz.

— O que? Mas isso é errado, ele quem começou. – gritou Alex.

— Sem mais discussão, e fora da galeria, agora. – gritou o juiz.