Fanfic: Este Corazón | Tema: Rebelde Ponny

Poncho ficou abalado por ter sido expulso do ultimo jogo do campeonato, Christopher completamente irritado e chateado com o amigo, mas Poncho não demonstrou arrependimento em brigar com o Alex, era como se ele quisesse aquilo há dias.

— Vocês estão lindos – disse tia Mariana, ao nos ver descer as escadas, já prontos com a roupa da quadrilha.

— Uma pena que você e Alfonso não possam ir.

— Temos uma cirurgia para fazer, mas aproveitem, e voltem cedo.

Despedimos de tia Mariana que observava o rosto machucado de Poncho, mas era bastante educada para perguntar alguma coisa ao enteado. A festa de são João do colégio estava lotada, tinha gente de outros colégios, pais e professores, mas estava muito bem organizada e o Christian deve estar surtando essas horas para que tudo saia como ele planejou.

— Mas é muita cara de pau mesmo. – disse Rodrigo.

E seguindo o seu olhar, lá estava Alex e Savannah sentados em uma mesa. Senti Poncho pressionar minhas mãos.

— Melhor irmos embora.

— Mas de jeito nenhum, vou me controlar, e Christian nos matarias se faltássemos a quadrilha.

— Isso ele tem razão, Christian não perdoaria que o noivo e a noiva fugissem da sua quadrilha. – brincou Rodrigo.

Consegui convencer Poncho de que era melhor ficamos atrás do palco ate a apresentação da quadrilha e só então depois o convenceria a irmos embora e não ficarmos nessa maldita festa. Christian já gritava por todo mundo, repetindo que nada pode dar errado, discutia com Christopher por ele ter bebido um pouco e vi que a Dulce parecia triste com aquilo, mas não tínhamos tempo de conversar com tudo isso acontecendo. A quadrilha saiu melhor que o planejado, o publico aplaudiam e abracei Poncho que conseguiu me rodopiar no ar. Me beijando.

— Meu noivo. – sussurrei.

— Minha princesa.

Palmas altas interromperam nosso momento. E claro, Alex se aproximava com um copo de cerveja na mão, não sei como ele conseguiu comprar bebida aqui já que é menor de idade, mas não precisa pensar muito, quando se trata de Alex, ele sempre conseguiu tudo que quis.

— Ótimo dançarinos, só espero que isso não prejudique a minha filha.

— Ela não é sua filha. – disse Poncho, entredentes.

Segurava Poncho e mentalmente vibrava para que ninguém perdesse o controle. Christopher aproxima-se e sorri por ele deixar sua raiva do Poncho de lado e vir me ajudar.

— Não temos como saber, falando nisso, com quantos meses você está Anahí?

— Isso não é da sua conta. – respondeu Poncho.

— Exijo um teste de DNA, e a depender dos meses que ela esteja, já é possível fazer, posso pagar.

— Aqui não é o momento para esse tipo de conversa, Alex, não acha que já fez confusão demais não?

— Tudo bem, mas não adianta fugir disso.

Alex acenou ironicamente despedindo-se. E me sentei na primeira cadeira que vi, chorando desesperadamente. Ouvir Alex dizer “posso pagar” me lembra o quanto ele tem uma família influente, me lembra que Savannah diz que a família disse que pensa em me buscar e dentro mil coisas das quais tenho medo.

— O que vamos fazer, Poncho, ele não vai desistir.

— Vocês precisam pensar em uma solução rápida, conhece o Alex, Poncho, sabe como ele é insistente. – acrescentou Christopher.

Christopher afastou-se deixando nós a sós.

— Annie, eu tenho um plano, mas não sei se você vai aprovar.

— Eu aceito qualquer coisa. – disse entre o choro.

— Posso pedir que o papai ou Mariana falsifiquem o teste de DNA, podemos mentir sobre quantos meses você está gravida e assim o Alex largaria do seu pé.

— Tia Mariana jamais aceitaria algo assim, tampouco seu pai, Poncho, não estamos em um filme de romance, é a vida real.

— Posso tentar subornar alguém do hospital sem que eles saibam, é só até a Cecilia nascer, eu registro-a, nós nos casarmos e irmos embora daqui para bem longe do Alex.

— Acha mesmo que o Alex aceitaria que o teste de DNA seja feito pelo o hospital do seu pai?

— Podemos tentar, Annie, não nos resta outra opção, ao menos ao consigo pensar em nada por agora.

**

O desespero estava instalado, nem mesmo quando descobri que estava gravida e me vi sendo expulsa de casa, estive tão desesperada quanto agora. Queria entender porque Alex estava fazendo tanta questão por essa gravidez, já que ele nunca gostou de mim de verdade, o Poncho tinha razão, Alex sabe que estou namorando-o o instigaria ainda mais a provocar e querer destruir com a vida de Poncho. Mas aquilo era ridículo demais para ser verdade. No dia seguinte de manhã, antes que tia Mariana descesse para tomar café, a chamei para conversar, ela precisava saber o que estava acontecendo e do plano maluco do Poncho.

— Isso é loucura, se o Alfonso souber disso, porque ele vai ficar sabendo, ele mandaria Poncho embora daqui no mesmo minuto, causaria uma guerra ainda pior entre pai e filho.

— Eu imaginei isso, mas Poncho não quis me ouvir.

— Fora que nada passa despercebido naquele hospital, Annie, e não é só isso, sabe as consequências que isso poderá trazer para sua vida? E se o Alex resolve pedir o DNA pela justiça, é o juiz quem escolhe o hospital.

Tia Mariana andava de um lado para o outro dentro do quarto assustada.

— E daí descobriram que o teste foi falsificado, o hospital arcaria com consequências gravíssimas e você ainda correria o risco de perder a guarda da sua filha, praticamente com causa bem explicita.

— Eu sei tia, mas é que estou tão desesperada.