Fanfic: Este Corazón | Tema: Rebelde Ponny
Crise de idade, nunca pensei que sofreria, na verdade, sempre adorei ficar mais velha. Tinha sonhos para quando completasse 18 anos, sonhos que sumiram da minha mente e dos quais pouco me lembro, já que tudo alterou, já que tudo saiu da rota e seguiu o caminho mais inesperado já pensando por mim.
Desci as escadas e a escada, assim como toda a casa estava possuída por rosa, Ada sorria me entregando um cartão em que tinha uma mensagem do Poncho e chorei emocionada por estarmos distantes em um dia tão especial pra mim. Cheirava as rosas e tomava café, lembrando-me que estou sozinha, que nem mesmo o Poncho, nem tia Mariana estavam comigo, e esse era o primeiro aniversario em que ficava sozinha, longe da minha família.
E como um lembrete de Deus, Cecilia chutou forte como se estivesse chateada ou lendo os meus pensamentos, me fazendo lembrar de que jamais ficaria ou me sentirei sozinha novamente, porque teríamos sempre uma a outra.
Estava terminando o café da manhã, com o celular começou a tocar. Era Poncho do outro lado da linha, ele estava chorando e disse que havia brigado com Alfonso por não querer sair do hotel hoje. Tentei fazer entender que teríamos muitos outros aniversários para passarmos juntos, mas a conexão ficou ruim e ele não voltou a retornar.
— Vai para a taberna? – perguntou Chico, não me cumprimentando, mas tudo bem, nunca havia falado a data do meu aniversário para ninguém.
— Sim.
— Vou com você.
Saímos juntos para a taberna, a Dulce também me cumprimentou, o Christian, e nenhum deles me deu parabéns.
No fundo foi até bom, não gostava muito de felicitações e desde que o Poncho viajou há cinco dias, que tenho notado que estou muito emotiva.
Despedi-me de todos no final do expediente e me assustei ao chegar em casa, e casa está toda apagada. Ate...
— SUPRESA!
Estavam todos ali, meus amigos com uma tremenda festa de aniversario com uma junção de chá de bebê, já que vejo mamadeiras e fraldas na decoração, com balões escrito “Vem Ceci” . Christian carregava o bolo e o coro de “parabéns pra você começava...”. Chorei muito, chorei por me sentir tao amada por todos a minha volta, chorei de saudades do Poncho, da minha irmã, da minha mãe e ate mesmo do meu pai apesar de tudo.
**
Falar com o Poncho estava cada vez mais difícil, já que ele estava sempre visitando novos lugares e fazendo pequenas viagens por Portugal, não o culpava pela péssima conexão, mas tudo parecia sem luz, sem graça sem ele.
— O que esse sapo está fazendo aqui? – resmungou Chico, ao ver Alex parado em pé na calçada da mansão.
Desde que Poncho viajou, Chico tinha o compromisso de me buscar na taberna para que não voltasse sozinha tarde da noite, ordens do próprio Poncho, que mesmo distante dava um jeito de cuidar de mim e da Cecilia.
Alex estava com uma camisa social meio aberta branca e um short preto, estava diferente, parecia mais velho, havia deixado a barba cresce com cavanhaque, tinha um piercing na sobrancelha e parecia bem bronzeado. Estava usando uns óculos de grau redondo que o deixava bem charmoso e intelectual. E seus cabelos estavam maiores também.
— Como você tem a ousadia de aparecer na porta da minha casa? – perguntei, cruzando os braços.
Alex sorria e que sorriso lindo, brincava com o piercing da língua e desviei o olhar para não o olhas. Chico o encarava em pé ao meu lado.
— Já chega desse joguinho, Anahí, precisávamos conversar.
Ouvi-lo me chamar apenas de “Anahí” me fez perceber que a conversa era mesmo seria. Como se entendesse o melhor, Chico entrou deixando-nos a sós na calçada da mansão.
— Nenhum momento passou pela a sua cabeça que eu merecia explicações?
Alex encostou na sua moto, e só agora reparei que ele andava de moto o que não era muito comum. Quando foi ele mudou tanto? Ou será que eu nunca o conheci.
— Você trata como se eu tivesse errado completamente, como se eu tivesse te rejeitado ao saber que estava gravida, quando a verdade, é que eu nunca soube que você estava gravida.
Respirava fundo porque Alex tinha razão em partes, mas ele havia errado de toda forma.
— Você me traiu, eu te peguei na cama com outra, quando achava que você me amava, você não tem direito nenhum de vir me pedir explicações.
— E mais uma vez você não me deixou explicar, eu fui atrás de você.
— Percebi. – o interrompi, desviando o olhar.
— Fui ate seus pais, seu pai quase me matou com um facão. – ele riu. — Procurei sua irmã no colégio e ela se recusou a falar para onde você tinha, e principalmente, o porquê.
Estava surpresa, porque aquela não esperava, eu nunca teria como saber se isso era mesmo verdade, então diante da falta de confiança que tenho no Alex, prefiro acreditar que é tudo uma grande mentira.
— Isso não importa Alex, nada disso importa. – descruzei os braços, passando a mão no cabelo. — Nada altera o fato que você me traiu com a Savannah, você continuou lá deitado, acenando pra mim, você lembra disso? – as lagrimas começaram a descer. — Sabe como eu me senti? Uma estupida, por ter transado com um cara que mal conhecia, por ter sido enganada daquela forma, me senti usada.
— Não fala assim, isso não é verdade, nós ficamos juntos por quase um ano, Annie.
— Eu falo como eu quiser, porque tenho todo direito. – falei alto e só depois baixei o tom de voz quando vi que pessoas olhavam. — E daí agora você me aparece, para atormentar a minha vida, você não faz ideia de tudo que passei, eu fui expulsa de casa, sai como uma vagabunda, Alex.
Meu coração sangrava ao recordar de todos aqueles momentos, tudo que senti e tive de passar praticamente sozinha.
— Teríamos ficado juntos se você tivesse me falado que estava gravida.
— Você é mesmo muito cara de pau. – ri sarcástica, secando as lagrimas. — Você acha mesmo que eu teria coragem de contar aos meus pais quem era o pai do meu filho, e correr o risco de ser ainda mais humilhada?
— Então seus pais não sabem que eu sou o pai?
— Não, não sabem, porque eu neguei e disse que não sabia quem era o pai, como uma qualquer que transa com vários caras.
Alex ria e seus olhos brilhavam, ele desencostou da moto e caminhava em minha direção.
— Eu não vou ficar aqui vendo você rir da minha cara.
Alex me puxou e nossas respiração estava muito próximas, minhas mãos começaram a suar.
— Você acabou de confessar que sou o pai dessa menininha linda que está pra nascer, por um instante. – gesticulava. — Achei que pudesse mesmo ser do Herrera.
E só então me dei conta do joguinho que Alex estava fazendo. Depositei um tapa no rosto de Alex, me soltando dele, correndo para dentro de casa, batendo a porta.
— Não vou desistir de vocês, Anahí Giovanna.
Ouvia Alex gritar, mas tudo que conseguia pensar era o quanto queria que o Poncho estivesse aqui.
Autor(a): raissasampaio
Este autor(a) escreve mais 2 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
— Talvez seja melhor você tirar uma licença do trabalho. Dulce sugeria que eu saísse da taberna para cuidar melhor da gravidez e tentar acalmar as minhas emoções, após lhe contar do terrível encontro que tive com Alex ontem. — Agora mais do que nunca preciso desse emprego Dulce, preciso de dinheiro. — Qual ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 46
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
Nandacolucci Postado em 18/07/2021 - 15:46:49
Leitora nova amando a históriaCONTINUA
-
beatris_ponny Postado em 21/06/2021 - 17:17:31
Espero que não esteja junto com aquele embuste
-
beatris_ponny Postado em 21/06/2021 - 17:17:14
Cadê a Annyyy
-
beatris_ponny Postado em 17/06/2021 - 07:49:13
Espero que esse 1 ano passe rápido
-
beatris_ponny Postado em 17/06/2021 - 07:48:43
Meu deus que ódio desse povo atrapalhando nosso casal
-
beatris_ponny Postado em 10/06/2021 - 22:50:43
esperando mais amando essa fanfic
-
beatris_ponny Postado em 10/06/2021 - 22:50:24
esse familia da anny santa paciencia
-
beatris_ponny Postado em 10/06/2021 - 22:49:57
posta maissss
-
Srª Von Uckermann Postado em 07/06/2021 - 21:38:13
Posta maaaaaaaaaaaaaaaaaaaais
-
beatris_ponny Postado em 30/05/2021 - 20:18:33
Pelo amor de deus posta mais está muito bom