Fanfic: Este Corazón | Tema: Rebelde Ponny

— Talvez seja melhor você tirar uma licença do trabalho.

Dulce sugeria que eu saísse da taberna para cuidar melhor da gravidez e tentar acalmar as minhas emoções, após lhe contar do terrível encontro que tive com Alex ontem.

— Agora mais do que nunca preciso desse emprego Dulce, preciso de dinheiro.

— Qual os seus planos? O Poncho quer casar com você e bom, ele é rico, herdeiro de um hospital e muitas propriedades.

— Desde que sai de casa. – Encostei-me no balcão. — Comecei a ter uma visão diferente do mundo Dul, não quero mais ser dependente de ninguém, você não faz ideia do que é depender dos outros, se sentir obrigada a fazer determinadas coisas por necessidade.

Dulce olhava sorrindo.

— Tenho pesquisado sobre investidores, tenho economizado bem, juntando uma boa grana. Esse são meus planos.

— Mas até lá, você precisa resolver todos os seus terríveis problemas.

Dulce apontava com a cabeça e Alex acabou de sentar em uma das mesas na taberna, e a Dulce tinha razão, precisava resolver esse problema, que insiste em me atormentar.

— O que vai querer? – perguntei aproximando-se da mesa, rabiscando o papel com a caneta para não olha-lo.

— Vou assumir o nossa filha e arcar com a minha responsabilidade.

Levantei a cabeça e minha garganta secou.

— Não adianta mentir e falar toda aquela besteira de que Herrera é o pai, porque ontem você me contou tudo, lembra? E estou cansado dessa palhaçada, não temos mais idade para isso.

— Você não pode exigir uma coisa dessas, Alex.

— Porque não? Achou mesmo que eu deixaria que o Poncho registrasse a minha filha? Você fez uma escolha ao fugir sem me falar nada, mas eu estou aqui agora. E estou disposto a tudo por vocês.

— Qual é o seu problema? Você não quer ser pai, você tem uma vida com a Savannah, a minha vida não é brincadeira, achei que já tivesse abusado de brincar com ela como fez há quase um ano atrás.

Alex umedecia os lábios rindo.

— Você e os seus ciúmes da Savannah, sabe que eu e ela nunca tivemos nada além de sexo, e que só fazia com ela, aquilo que nunca pude fazer com você.

— Você é pior do que eu pensava. – desviava o olhar, segurando as lagrimas. — Não tenho ciúmes de você.

— Isso é o que você diz, mas não é o que você demonstra, e sim, eu não pensava em ser pai tão novo, mas muita coisa mudou desde que te reencontrei.

— Você só está fazendo isso para enfrentar o Poncho.

Alex ficou de pé, tirando um papel do bolso.

— Não Anahí, estou fazendo por você e pela nossa filha. – Alex colocou a mão dentro do bolso. — O Poncho que sempre teve essa mania escrota de querer roubar tudo que é meu, e a propósito, você está cada vez mais linda, a gravidez lhe fez bem.

Alex deu uma piscadela saindo da taberna. Se ele estava tentando me atormentar, ele estava conseguindo.

— Annie, senta aqui. - Francisco me ajudou a sentar. — O que ele disse, Annie?

— Nada que já não soubéssemos, ele está disposto a tudo para assumir a Cecilia, e fazer da minha vida um inferno.

— O Poncho sabe de todos esses encontros?

— Não quero estragar a viagem e temos nos falado muito pouco.