Fanfic: Este Corazón | Tema: Rebelde Ponny

Ao chegar ao colégio Annie fora logo de encontro com Christian para que pudessem começar a organizar tudo da festa, e só aquilo me fez querer continuar com a ideia, foi vê-la toda empolgada com a organização.

— Cara, você não faz ideia, de quem está estudando no Anchieta.

Christopher apontava em direção a uma menina, que tinha o braço direito coberto de tatuagens, vestia uma jaqueta preta e seus cabelos tinha mexas roxas. O alargador na orelha chamava atenção das outras meninas, que eram bem patricinhas do colégio.

— Mano, aquela ali não é a Babi Albuquerque? – perguntava Rodrigo aproximando-se, tão surpreso quanto eu estava.

— Mas o que ela está fazendo no Anchieta? – disse em quase sussurro.

— Quem porra transfere de colégio em pleno ano de vestibular?

Aquele colégio não era o tipo de colégio em que Barbara Albuquerque estudaria, a menos que fosse condicionada a estar aqui por alguma ameaça ou razão, Babi sempre fez tudo que quis, sempre teve o domínio dos pais mesmo sendo menor de idade, resumindo, sempre fora dona da própria vida.

— Lembram de mim? – aproximou-se sorrindo e continuava com o piercing na língua com me lembrava.

— Como poderia esquecer. – respondi, sorrindo de canto.

E como uma ambulância chega tão rápido em um acidente, Annie aproximou-se me dando um selinho inesperado e Barbara piscou nada discreta, caminhando até a sala.

— Quem é ela? – perguntou Annie me olhando.

— Uma antiga amiga. – respondeu Christopher. — Alguém que você não deve se preocupar.

Christopher me olhava com sorriso animado no rosto, e mesmo que estivesse feliz em rever a Babi, eu estava em uma outra fase da minha vida, já não era mais o mesmo do qual ela se lembrava ou conhecia.

Estávamos saindo da sala, terminando o dia de aula quando notei que todos me olhavam e riam, franzi o cenho confuso e Annie parecia assustada. Christian e Chico saiam tomando das pessoas o jornal do colégio - um novo projeto da chapa da Anahí – e me olhava desesperado. Mas que porcaria é essa? Tomei o jornal de um dos alunos que tinha de pé e Christian correu até a Annie. A manchete chamativa tinha escrito:

DONA FLOR E SEUS DOIS MARIDOS

Lembra da história de dona flor e seus dois maridos? Em que dona flor casa-se com Teodoro após ficar viúva, mas vive atormentada com a saudade do ex-marido Vadinho e vive atormentada por ver o espirito do ex-marido. Pois bem, temos a nossa versão, que é bem mais emocionante porque não temos ninguém morto. No caso, a dona flor é a Anahí Portilla que se casou com Poncho Herrera, mas vive com o coração atormentado devido a presença do seu ex-marido Alex Sirvent. Enquanto seu marido estava viajar a negócios por Portugal, dona flor supria suas necessidades com o seu ex-marido. Toda essa confusão tem deixado nossa querida dona flor com o coração dividido. Mas a pergunta que muitos se fazem é, com ela ficará no final? E quem é o verdadeiro pai do seu bebê? Aguardem galera, essa história promete ser muito mais emocionante que imaginam.

Em baixo o texto horrível que acabei de ler, tinham fotos de Anahí na calçada da minha casa, em que ela está bem próxima do Alex e eles tem aquele olhar de cena de novela. Joguei o jornal no chão e olhava para Annie que já estava um pouco distante graças a Christian, que me conhecia o suficiente bem para saber que explodiria de raiva ali mesmo dentro do colégio após essa notícia.

— Poncho. – Annie me chamava chorando, andando atrás de mim, até a saída do colégio. — Me deixa explicar.

— Acha mesmo que isso tem explicação? – esbravejei na saído do colégio. — Você não passa de uma mentirosa aproveitadora, que busca por uma boa conta bancaria.

— Poncho não é isso, eu só não te contei porque sabia que...

— Você não me contou porque é uma safada, uma vigarista. – passava a mão na cabeça, e Christopher e Rodrigo aproximavam-se. — Mas quer saber, eu não vou mais ser o fantoche. Agora já pode ir ficar com o seu amante.

Entrei no carro sozinha, pisando fundo chamando atenção de todos do colégio. Essa não era a primeira vez que sofria uma humilhação em publico por causa da Anahi, das primeiras vezes não em importei porque não tínhamos algo tão sério quanto agora, mas desta vez, ela passou de todos os limites.

Cheguei na galeria e fui direto para academia de box, sentia falta desse lugar, a tempos que não sentia necessidade de vir aqui descontar a minha raiva como fazia antigamente quando brigava com Alfonso, porque este ano tudo estava diferente, ate as brigas com Alfonso havia diminuído.

Não coloquei as luvas e comecei a esmurrar, mas a raiva só parecia aumentar. Como pude me deixar enganar tanto? Perguntei a Anahí sobre o que ela havia feito nas férias, e em nenhum momento ela mencionou a presença do Alex, tampouco que ele esteve na calçada da minha casa com caricias com ela enquanto eu estava fora, ela passou de todos os limites. Depois de tudo que fiz por ela, por nós...

— Sabia que estaria aqui.

A voz de Barbara ecoando na academia desviou os meus pensamentos.

— Como nos velhos tempos. - Barbara caminhava em minha direção. — Por um momento cheguei a acreditar no que me falavam sobre o novo Poncho Herrera, mas vejo agora, que talvez nem tudo tenha mudado.

Barbara segurava o saco e piscava mandando-me socar. Barbara e eu tínhamos um passado, a conhecer em uma dessas boates em que entrava escondido mesmo sendo menor de idade. Foi através dela que comecei a minha paixão pela a luta, e tudo era muito energizante, era aventura o tempo inteiro, nunca estávamos tristes porque sempre estávamos bêbados. E as lutas clandestinas que Barbara me arruma sempre rendia bons frutos, e boas mulheres também, cheguei ate ter fã clube, até o idiota do papai descobrir e estragar com tudo.