Fanfic: Este Corazón | Tema: Rebelde Ponny

Setembro

O dia na mansão nunca esteve tão ansioso, Annie já estava no hospital internada desde a primeira contração durante a madrugada. Mariana e Alfonso estavam de plantão, e eu quem tive de buscar todo enxoval e a mala preparada por Annie em casa. E como não tinha condições alguma de dirigir, Christopher estava como meu motorista hoje.

Ao chegar ao hospital, Dulce, Chico, Christian e Rodrigo já estavam na sala de espera. Quis entrar para ver o parto, mas acabei passando mal ao sentir o cheiro de sangue, e Mariana disse que poderia atrapalhar, então resolvi ficar com o resto do pessoal na espera.

— Mano, você precisa se acalmar, não sei porque esta tão nervoso. – comentou Christopher.

— Se eu tivesse o pai e uma madrasta foda como o Poncho tem, não estaria nem preocupado. – disse Rodrigo, e Christian deu um tapa na cabeça dele. — Qual é? São os médicos mais fodas da cidade.

— Tenha modos, garoto. – brincou Christian.

— Não consigo controlar, não sei, a gravidez foi tão complicada o tempo inteiro.

Dulce e Christopher davam risada da minha situação e eles pareciam bem íntimos. Mariana já havia me informado que o tempo do parto oscila de paciente para paciente, mas olhava o relógio impaciente.

Até que o choro ecoou pelo correr e senti uma sensação que não conseguiria descrever, meu coração está pulsando e quase saindo pela a boca.

Abracei Christopher forte.

— Minha filha nasceu cara.

Dulce chorava emocionada e mandava mensagem para os nossos outros amigos que haviam descido para tomar um café. Depois de quase uma hora, Mariana veio me chamar, avisando-me que já poderia receber visita.

Ao entrar no quarto tive de me segurar para não parecer um bobo, ao ver Annie segurando a Cecilia nos braços. A cumprimentei com um selinho demorado e fixei os olhos na princesa que ela tinha no colo.

— Olha só quem chegou filha, o papai.

Ouvi-la falar assim me tirava o controle de “não chorar”.

— Ela é tão linda e pequenininha.

Annie começou a chorar segurando firme a minha mão.

— A nossa família. – disse em quase sussurro.