Fanfic: Este Corazón | Tema: Rebelde Ponny
— Nós não vamos nos casar. – disse em quase sussurro pausando o beijo.
— Está recusando o meu convite? – me olhava decepcionado.
— Sabe que não é isso, mas preciso fazer algo direito na minha vida, e quero que o casamento seja parte desse plano.
— Não consigo entender porque sempre tem que discordar de todas as minhas soluções.
Poncho se afastava caminhando na sala e Christopher permanecia ali nos olhando.
— Isso não é uma solução Poncho, é comprar uma outra briga com seu pai, correr o risco de tia Mariana arrumar uma confusão com o marido, fora que o Alex enxergaria isso como se estivéssemos declarando uma guerra contra ele, e usaria Cecilia contra mim.
— Ela tem razão, Poncho.
— Fica na tua Ucker. – Poncho gesticulava e nunca o vi me olhar dessa maneira. — Se você não quer se casar comigo por que tem dúvidas do que sentes por mim, então tudo bem, vamos Ucker.
— Mas nem almoçamos e a comida da Ada...
— Perdi a fome. – interrompeu. — Vamos logo.
Poncho saiu da sala de estar me deixando ali sozinha com a minha dor, sabia que ele jamais compreenderia o meu lado. Mas já fiz coisas erradas demais na minha vida, não posso permitir que o casamento seja parte disso, e não é arrumando um outro problema que solucionaríamos tudo isso.
Subi as escadas para dar de mamar a Cecilia que dormia tranquila nos braços de Ada, que me entregou assim que ela chegou.
— Ela parece ser calma, assim como você.
A voz da mulher que um dia admirei me assustou ao vê-la entrar no quarto sem bater. Coloquei Cecilia no berço e arrumei a minha blusa. Hoje com certeza deve ser o dia das visitas desagraveis e não duvidava nada que isso fosse mais um truque de mestre do Alex.
— Como você está?
— Acha mesmo que acredito que a senhora se preocupa como eu estou, fala o que quer e some da minha frente.
— Quando foi que ficou tão ignorante e mal-educada?
— Eu dou respeito a quem merece o meu respeito, assim como a minha educação.
— Não é assim que iremos resolver as coisas, filha.
— Filha? – ri sarcástica. — Não me chama de filha, eu sou não sua filha, lembra quando me deixou ir embora sem lutar por mim? Faz ideia de tudo que tive de passar e aprender sozinha a duras penas durante a minha gravidez? Porque por mais que tivesse a tia Mariana, a filha sempre precisa da mãe, até o dia em que entendi que a minha mãe havia morrido, então outra coisa que tive de lidar sozinha, com o luto.
— Como pode me matar desse jeito? Isso é pecado, é como se você quisesse ter poder tanto quanto Deus, nosso senhor tem.
Respirava fundo tentando não olhar para aquela mulher a minha frente.
— Não quero ter de gritar com a senhora, por respeito a minha filha, então, peço gentilmente que saia do meu quarto.
— Essa não é a melhor maneira de resolver as coisas.
— Mas é à minha maneira e você não tem nada com isso.
Caminhei ate a porta, deixando a mensagem e felizmente Marichelo entendeu, saindo do meu quarto. E as lagrimas vieram, como uma cachoeira sem cessar. Porque mesmo que demonstrasse que estava sendo forte, a minha fraca sempre esteve presente todo o tempo.
POV PONCHO
Nada fazia sentido, nada mesmo. A recusa de Annie ao meu pedido de casamento me deixou sem chão, os argumentos delas não eram aceitáveis, porque o amor tudo pode vencer, o que seria mais uma guerra diante de todas que temos enfrentado desde antes da volta do Alex?
Sempre estive disposto a dar o sangue por nós dois, a fazer de tudo para que ficássemos juntos, porque somente nós três me importava ninguém mais. E é por isso que começo a pensar que talvez exista uma razão maior para Annie sempre tentar me manter longe, ela simplesmente não sabe o que sente, porque desde que o Alex voltou tudo ficou ainda mais difícil.
— Me ligou mais cedo que pensei.
Barbara tinha um sorriso maroto no rosto, brincava com seu piercing na língua me olhando com um cigarro na mão direita. O frio do píer já me causava arrepios externos.
— Como sabia que ligaria?
— Porque você sempre ligou quando tudo ficou pesado demais.
Ri balançando com a cabeça tomando o cigarro de suas mãos, caminhando ate o final da passarela.
— O que temos para hoje?
— Tudo que você quiser ou achar que precisa.
Barbara tirava um outro cigarro do jeans.
— Estou na minha moto, não precisava ser preocupado em ser rastreado.
Sorri de canto tentando desviar os meus pensamentos de Annie e todos os outros problemas. Terminamos o cigarro ali no píer e seguimos ate o outro lado da avenida principal onde a Suzuki de Barbara estava estacionada, ela me entregou as chaves e deu aquela piscadela que traduzia: adrenalina.
Colocamos o capacete fumê, tiramos a placa e subimos na moto.
As emoções começariam agora.
Autor(a): raissasampaio
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 46
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Nandacolucci Postado em 18/07/2021 - 15:46:49
Leitora nova amando a históriaCONTINUA
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beatris_ponny Postado em 21/06/2021 - 17:17:31
Espero que não esteja junto com aquele embuste
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beatris_ponny Postado em 21/06/2021 - 17:17:14
Cadê a Annyyy
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beatris_ponny Postado em 17/06/2021 - 07:49:13
Espero que esse 1 ano passe rápido
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beatris_ponny Postado em 17/06/2021 - 07:48:43
Meu deus que ódio desse povo atrapalhando nosso casal
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beatris_ponny Postado em 10/06/2021 - 22:50:43
esperando mais amando essa fanfic
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beatris_ponny Postado em 10/06/2021 - 22:50:24
esse familia da anny santa paciencia
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beatris_ponny Postado em 10/06/2021 - 22:49:57
posta maissss
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Srª Von Uckermann Postado em 07/06/2021 - 21:38:13
Posta maaaaaaaaaaaaaaaaaaaais
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beatris_ponny Postado em 30/05/2021 - 20:18:33
Pelo amor de deus posta mais está muito bom