Fanfics Brasil - Ritual Titan's Magic Bride

Fanfic: Titan's Magic Bride | Tema: Harry Potter


Capítulo: Ritual

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Harry ainda estava um pouco surpreso com tudo, quando Caius o levou para um quarto que era ridiculamente grande. Talvez fosse tão grande quanto o Grande Salão de Hogwarts, com uma cama que deveria ser metade do tamanho do quarto de Harry nos Dursley, forrada com cobertores vermelhos e dourados. As paredes eram de um marfim suave, com moveis escuros que pareciam ter sido projetados para alguém do tamanho de Hagrid. Uma grande janela se abria para uma sacada, levemente oculta por uma cortina vermelha e dourada. Tudo era ridiculamente grande e, se Harry pretendia ficar naquele mundo, ele sabia que teria de se adaptar um pouco. Bem… ele sabia alguns feitiços que poderiam ajudar e tinha trazido uma boa quantidade de livros… ele ia se adaptar.


Com um cuidado um pouco nervoso, Caius o colocou sentado na cama, antes de se sentar, deixando um bom espaço entre eles. Erguendo seus olhos, para olhar o titã, Harry não pode deixar de se surpreender ao ver a expressão nervosa e até mesmo insegura no rosto do príncipe.


“Bem, ele foi rejeitado pelo último candidato sem nem mesmo ter uma chance de se provar… acho que seu orgulho foi realmente pisoteado por isso. Eu sei uma ou duas coisas sobre fracassos amorosos afinal… bem… eu sou ‘sua noiva’ agora, então… se nós dois queremos tentar fazer isso dar certo, é melhor começar com o básico. Na verdade…” um meio sorriso de desagrado surgiu em seu rosto. “Talvez tenha sido por isso que nunca tive sucesso nesse departamento no passado… nós nunca fizemos o básico. Elas pensavam que me conheciam e faziam seus julgamentos e expectativas com base em suas crenças pré-concebidas sobre mim… e eu nem mesmo me dava ao trabalho de tentar conhecê-las… céus… eu posso ser muito idiota…”


– Qual sua cor favorita? – Perguntou de repente, não podendo deixar de rir ao notar sua pergunta tão fora de sintonia com o momento.


Caius olhou surpreso e confuso, parecendo não entender o que estava sendo perguntado.


– Cor? – Repetiu o príncipe, franzindo a testa enquanto olhava para o menor, que estava se ajeitando de forma mais confortável na cama, com as pernas cruzadas, enquanto inclinava o corpo para trás, usando os braços como apoio e olhava para o teto, quase como se estivesse pensando em algo de forma profunda.


– Eu estava pensando… nunca tive sucesso romanticamente falando. As pessoas ao meu redor pareciam pensar que me conheciam, mesmo sem nunca terem falado comigo, e esse comportamento também se estendia as mulheres com quem me envolvi. No final, nenhum de nós tentava realmente conhecer outro e, de certa forma, não era uma surpresa que tudo terminasse em fracasso. – Admitiu, um sorriso amargo em seu rosto. – Se nós dois vamos realmente tentar fazer isso dar certo, então seria melhor começar direito. Não nos conhecemos. Temos culturas, pensamentos e tradições diferentes. Então… pensei que seria bom começar com um jogo de perguntas e respostas. Assim, ao invés de apenas criarmos suposições sobre quem o outro é, ou o que o outro está pensamentos, seriamos capazes e de realmente nos conhecermos e nos entender. Por isso: qual sua cor favorita?


Caius piscou, antes de sorrir, todo a tensão e nervosismo que ainda parecia persistir em seus ombros desaparecendo, enquanto se permitia relaxar.


– Verde… eu gosto de verde. No verão, toda a natureza em Tildant brilha em um verde intenso, e eu gosto. – Respondeu sincero, um sorriso gentil em seu rosto, ao falar de seu reino.


Harry sorriu com a resposta sincera.


– Hn… eu gosto de vermelho, já que era a cor símbolo da minha casa, mas também gosto de prata e azul escuro. Oh, e definitivamente, a cor que eu mais odeio é rosa. Só de ver essa cor, eu já fico irritado. – Ele não se importava se estava soando como uma criança pequena. Rosa lembrava demais Umbridge para o gosto de Harry.


Caius riu abertamente ao escutar aquilo, seu sorriso era aberto e divertido. Harry não pode deixar de pensar que lhe convinha.


– Nesse caso, terei certeza de que você não veja essa cor no palácio, para que não fique irritado.


Harry sorriu. Um sorriso fácil e tranquilo.


Talvez… eles pudessem fazer funcionar.


As próximas duas horas foram pacíficas, com os dois conversando e contando um pouco sobre cada um. Descobrindo coisas pequenas sobre o outro e que pareciam tão sem importância, mas que Harry sabia que fariam toda a diferença no futuro. Sua conversa foi interrompida pelo som de batidas na porta.


– Entre. – Ordenou Caius, olhando em direção a porta.


A porta se abriu e Harry viu uma mulher entrando. Assim como era de se esperar, ela era alta, com cabelos castanhos presos em um coque trançados complicado e olhos castanhos claros, e usando um longo vestido azul claro, com detalhes em amarelo. Ela estava empurrando um carrinho com frutas, pão, uma jarra de cobre e dois cálices. O sorriso da mulher pareceu vacilar um pouco, quando olhou para os dois na cama, parecendo um pouco confusa.


– Obrigado, Paula. Já pode sair. – Falou Caius, se levantando e indo até o carrinho.


A mulher voltou a sair, se curvando antes de sair.


Os olhos esmeraldas seguiram a mulher para fora do quarto com atenção silenciosa.


– Ela não parecia feliz comigo. – Comentou, recostando-se na cabeceira da cama.


Caius olhou em sua direção surpreso.


– Por que diz isso?


– O sorriso dela. Vacilou quando me viu.


Caius olhou para ele com atenção, seus olhos ametistas se movendo sobre sua figura pequena, antes que a realização o preenchesse.


– Oh, não é isso. – Respondeu, uma pequena risada escapando de seus lábios, enquanto servia o que parecia ser vinho nos cálices e pegava um prato com porções das diferentes frutas e do pão.


Harry aceitou o cálice, que parecia ainda maior em suas mãos pequenas. Ele bebeu o líquido devagar, provando o sabor. Era realmente vinho, mas era muito mais doce e suave do que ele estava acostumado, e não tinha aquele sabor amargo no final, tão característico do álcool.


– É muito bom. – Murmurou, bebendo mais um pouco.


O sorriso de Caius pareceu aumentar com seu comentário, enquanto colocava o prato com a comida na sua frente. Olhando para o prato de metal, Harry percebeu que não havia muitas diferentes nas frutas. Sim, algumas eram estranhas e pareciam um pouco maiores do que deveriam ser, mas ele podia reconhecer a maioria.


– Fico feliz que tenha gostado. O vinho que produzimos em Tildant é um dos melhores, então temos muito orgulho dele.


Harry sorriu ao escutar o orgulho evidente na voz do titã.


– Então? Você disse que eu estava errado. Se não é por não gostar de mim, então por que o sorriso dela vacilou quando me viu? – Perguntou curioso, pegando uma uva que era estranhamente azul escura ao invés de roxo, e parecia ser um pouco maior do que um morango.


– Oh, isso foi porque ela esperava que estivéssemos fazendo sexo.


Foi um momento horrível para tentar comer.


Ao escutar aquilo sendo dito com o mesmo tom de alguém que comenta sobre o tempo, Harry não conseguiu evitar de engasgar-se com a fruta. Ele tossiu e bebeu o vinho em dois goles grandes, tentando liberar suas vias respiratórias, enquanto sentia seu rosto queimar de vergonha. Sexo. Aquela mulher esperava que os dois estivessem fazendo sexo? E Caius ainda falavam daquilo de forma tão despreocupada, como se fosse normal.


– Como pensei… você também reagiu desse jeito.


O tom de Caius soou tão triste e melancólico, que assustou Harry. Era diferente do que tinha sido até aquele momento. Quando olhou para o rosto do titã, ele viu a dor e tristeza nos olhos ametistas, enquanto ele encarava o próprio cálice de vinho.


– Para nós, titãs, sexo é a manifestação de nossos sentimentos. Fazer sexo com alguém, cria uma ligação especial, então é normal você ver casais fazendo. Mas Kouichi… ele também reagiu assim, quando tentei tocá-lo… talvez… talvez sexo não seja algo normal para vocês?


Harry suspirou, se inclinando mais sobre a cabeceira da cama, enquanto seus olhos se moviam em direção ao teto.


“E chegamos a primeira barreira.” Pensou, um pouco melancólico. Se ele fosse honesto, ele estava esperando isso. “É pior ainda, porque ele já teve uma má experiencia há pouco tempo. Esse Kouichi… provavelmente, era um não mágico que vivia uma vida comum e simples, sem nada de anormal ou estranho ao seu redor. Então, ser transportado para esse mundo e declarado ‘noiva’ de um titã… outro homem… é provável que ele tenha entrado em pânico. Na verdade, eu estou reagindo muito bem, apenas porque o meu próprio conceito de normalidade foi destruído há muito tempo.”


– Não é que seja anormal. É só… não sei como era para esse Kouichi… – isso era mentira. Ele tinha crescido com os Dursley, então ele tinha alguma ideia do que Kouichi poderia ter pensado de tudo aquilo. – De onde eu venho… falar sobre isso, mesmo que você saiba que todos os casais inevitavelmente o fazem, é considerado um tabu. Há muito tempo, havia uma data especial no calendário, Beltane. O dia sagrado da fertilidade… antigamente, o dia era passado com uma grande festa e a noite… bem… a noite os amantes se reuniriam e… e fariam sexo sob as estrelas, em uma cama de pétalas de flores, ao redor de uma grande fogueira. Era assim, mas… muitos abandonaram os antigos caminhos e ninguém mais comemora Beltane. Então… sexo não é algo que se costuma falar abertamente…


Caius olhou para Harry, vendo-o ficar cada vez mais corado enquanto falava. Seus lábios se inclinaram em um pequeno sorriso. Harry era muito menor do que ele, e parecia adorável… e essa impressão parecia aumentar ao vê-lo corado e sem jeito enquanto falava. De certa forma, Caius estava aliado ao saber que o conceito de sexo não era estranho para Harry, mas era apenas algo que não se discutia abertamente.


– Você comemora Beltane? – Ele estava curioso sobre isso. Aquilo fazia parte da cultura e da tradição de Harry e ele queria saber mais. Kouichi não tinha nem mesmo lhe dado uma oportunidade, mas Harry estava sendo muito mais aberto e gentil, e Caius não queria estragar tudo ofendendo-o sem querer. Ele esperava que Harry o deixasse participar desses momentos, mesmo que suas crenças fundamentais não fossem as mesma. Também havia comemorações e cerimonias especiais em Tildant, que Caius realmente esperava que Harry aceitasse participar.


Harry corou ainda mais com a pergunta.


– Hn… sim. As pessoas não fazem mais as comemorações e rituais, então eu costumo comemorar sozinho. Mesmo… mesmo o ritual noturno… eu… eu faço essa parte sozinho… - Doce Merlin, ele queria morrer, tamanha era a vergonha que estava sentindo. Ele estava praticamente admitindo que se masturbava e brincava com seu próprio corpo a céu aberto!


– Oh, as pessoas com quem você se relacionou antes, não participavam? – Perguntou curioso. Parecia ser algo importante, ainda mais se estivesse realmente ligado a crença de fertilidade.


– Eu disse, não disse? As pessoas… elas pararam de seguir os caminhos antigos e as celebrações dos ritos. Eu só os descobri acidentalmente, quando tinha 13 anos e estava olhando por uma livraria muito velha. Provavelmente, eu deveria ter sido a última pessoa que realmente os seguia.


Era uma triste verdade. Mesmo os orgulhosos ‘sangue-puro’ da sociedade, não seguiam mais os velhos caminhos, por pensarem que eles eram bárbaros. E ainda assim, eles tinham a coragem de reclamar quando suas esposas sofriam abortos constantemente, ou seus filhos nasciam sem magia. Os caminhos antigos existiam por um motivo. Era uma forma de revitalizar a magia, fazê-la circular e se renovar. Havia um motivo para que ele fosse muito mais poderoso do que a maioria dos bruxos.


– Eu gostaria de participar.


Harry olhou para o príncipe surpreso. Ele queria…


– Não só desse, mas de todas as outras comemorações. Se você me permitir, eu gostaria de aprender sobre eles e participar de cada um deles com você.


Aquilo fez com que o moreno sorrisse. Era a primeira vez que alguém realmente queria fazer algo assim por ele. Talvez, aquilo tudo pudesse dar certo, afinal.


– Eu ficaria feliz. Você também precisa me ensinar os costumes de Tildant. Vou querer fazer parte de tudo, afinal.


~*~me ignorem, sou apenas uma linha…~*~


Harry brincou com a ponta da pena, enquanto olhava para os diagramas que tinha desenhado.


Fazia quatro dias, desde que ele tinha sido convocado para aquele mundo e tudo estava indo agradavelmente bem. Caius estava sendo gentil e paciente e, apesar de sua própria cultura e pensamentos sobre o relacionamento, ele estava respeitando a reserva natural de Harry sobre o assunto. Na verdade, eles não tinham feito muita coisa. As horas em que Caius não estava ocupado com seu trabalho, os dois passariam apenas conversando e aproveitando a companhia um do outro. Enquanto Harry estava sinceramente agradecido, ele também não podia deixar de se sentir um pouco nervoso. Os dois compartilhavam o quarto e, por tanto, a cama e o banheiro e… bem… Harry tinha visto.


Pênis e nudez masculina nunca foram um segredo para Harry. Ele tinha compartilhado um dormitório, banheiro e vestiário com vários outros homens na escola. Ainda assim… mesmo mole, Caius era muito maior do que qualquer homem que ele tinha visto nu. Se ele não estava errado o ‘maior’ homem de seu ano, tinha sido Dean, seguido por Ron e Seamus. E, mesmo assim, eles não chegavam nem mesmo perto do tamanho de Caius. Naquele estado, deveria ter o tamanho do seu antebraço, e duro… bem, Harry não o tinha visto daquele jeito ainda, mas podia imaginar que ficaria maior. E se o tamanho em si não fosse intimidante, também havia a circunferência… bem… apenas digamos que, se Harry fosse ser o passivo, algo que muito provavelmente aconteceria sendo que ele era ‘a noiva’… ele teria de encontrar uma forma de lidar com aquilo. Se ele não encontrasse um jeito, era provável que Caius o partiria ao meio se tentassem fazer.


Por sorte, ou não, bruxos não eram estranhos quando se tratava em cruzar com outras espécies. Então, é claro, que alguns encontraram a solução, quando seus corpos se mostravam desproporcionais. Ele tinha encontrado um livro no dia anterior, que certamente o ajudaria a resolver o problema. Tinha sido escrito por uma bruxa, Katherine Beckett, que tinha se casado com um gigante no século XVI e dado à luz a cinco filhos saudáveis do dito gigante. Gigantes eram mais do que o dobro do tamanho de um titã, então… se ela tinha conseguido encontrar uma forma de fazer isso, sem morrer por empalamento peniano, Harry estava confiante de que conseguiria. Era por isso que ele começaria a ler o livro naquela noite.


Por enquanto, ele tinha se concentrado em fazer os mapas estrelares, lunares e solares daquele mundo, para conseguir estabelecer as datas corretas para que ele pudesse comemorar suas próprias cerimonias. Para seu alívio e vergonha até certo ponto, parecia que o fluxo de tempo era o mesmo entre aquele mundo e o seu. O que significava que ele tinha passado por Ostara há seis dias. Isso significava que havia apenas sete dias até…


– Você está muito concentrado. O que está fazendo?


Harry pulou, quase caindo da cadeira alta, ao escutar a voz grave e gentil atrás de si. Mãos grandes seguraram seus ombros, ajudando-o a se estabilizar. Virando o rosto, ele viu o rosto preocupado de Caius.


– Você está bem? Sinto muito, eu não queria assustá-lo.


Harry não pode deixar de sorrir com forma preocupada e atenciosa do titã.


– Estou bem, estava um pouco distraído, mas não me machuquei. Quer se juntar a mim para o chá? – Perguntou, indicando o jogo de chá sobre a mesa, que era ridiculamente pequeno comparado a tudo que existia em Tildant, já que aquele jogo tinha vindo com ele para aquele mundo, então ele era feito para o seu tamanho afinal.


Caius olhou para os xícaras e pires minúsculos, antes de piscar quando uma xícara cresceu até ficar cinco vezes seu tamanho normal. Ele olhou para Harry, que estava exibindo aquele sorriso divertido em seu rosto. Ele gostava de ver o menor sorrir daquele jeito despreocupado, assim como vê-lo exibindo sua magia tão livremente. Harry tinha lhe dito sobre seu mundo, como eles viviam isolados e separados daqueles sem magia, e como não podiam exibi-la em público. Ver que ele se sentia tão confiante e confortável em Tildant, ao ponto de exibir sua magia… isso o deixava imensamente feliz.


Sentando-se em frente ao menor, ele observou divertido o bule flutuar e derramar o chá em sua xícara, sendo seguido pelos cubos de açúcar e a fatia de limão, que se espremeu sozinha, derramando pequenas gotas no líquido quente. A colher de prata se flutuou e cresceu, antes de começar a misturar o chá.


– Obrigado. – Agradeceu, quando o pequeno show de magia terminou, pegando a xícara e bebendo o líquido quente, mas que tinha um toque refrescante graças ao limão. Chá não era algo comum em Tildant, não aquele tipo pelo menos. Havia misturas semelhantes, mas todas eram amargas e usadas como remédios em sua maioria. Ele tinha ficado surpreso da primeira vez, quando Harry lhe ofereceu um chá, e ainda mais surpreso ao descobrir que apreciava os sabores distintos das misturas de ervas e folhas. – O que você estava fazendo?


– Oh, estava terminando de estabelecer um mapa das estrelas, da lua e do sol, para conseguir determinar quando as minhas cerimonias devem ser feitas. – Explicou Harry, olhando para a pilha de pergaminhos a sua frente. – Parece que o fluxo de tempo desse mundo é o mesmo do mundo de onde eu vim, então não estou atrasado com nenhuma das minhas cerimonias. Na verdade… hn… a próxima deve ocorrer em alguns dias.


– Isso é ótimo. Se você fizer uma lista de tudo o que irá precisar, eu posso providenciar tudo.


– Hn… sim, eu ficaria grato.


Harry sentiu seu rosto arder ainda mais, enquanto pensava em ‘tudo’ o que ele precisaria. Céus… ele gostaria que ainda demorasse um pouco mais. Ele não sabia se seu coração estava pronto para isso e… bem… seu corpo também não estava. Ele teria de ler todo o livro nos próximos dois dias, ou duvidaria que conseguiria a tempo.


Caius olhou para o rosto corado do moreno, um pouco confuso pela forma tímida como ele estava agindo.


– Oh, já estava me esquecendo. Meu pai quer dar um baile, para comemorar nosso noivado. Quando é a cerimônia? Vou garantir que o baile seja depois, para que não interfira nos seus preparativos.


– Em sete dias.


– Então vou pedir que meu pai organize tudo para daqui dez dias. Assim não haverá nenhum conflito de datas.


Harry sorriu agradecido.


Sim, ele estava envergonhado, mas estava feliz. Caius não estava apenas respeitando suas tradições, mas tentando se fazer presente em tudo. Harry nunca tinha gostado muito de festas, principalmente sobre estar no centro das atenções, como provavelmente seria a situação. Contudo, ele sabia que Caius, como o príncipe herdeiro, deveria ter de comparecer a muitas festas, se ele fosse realmente se tornar ‘a noiva’, então Harry sabia que precisaria se acostumar um pouco.


Olhando para o titã gentil, ele não pode deixar de pensar que não seria tão ruim.


Eles continuaram a conversar por quase uma hora, antes que Vald, assistente de Caius, aparecesse para arrastá-lo de volta ao trabalho. Harry ainda ficou mais alguns minutos, terminando seu chá, antes de guardar tudo e decidir voltar para o quarto. Ele tinha um livro para ler afinal.


Sentado confortavelmente na grande poltrona que ficava no quarto, Harry começou a ler o livro. Assim como ele tinha suspeitado que seria, era um relato sobre como Katharina Beckett se envolveu com um gigante e a luta para fazer a relação realmente funcionar.


Ele já estava quase na metade do livro, quando finalmente encontrou a solução que Katharina tinha encontrado. Parecia que a mulher tinha pensado em todas as possibilidades mágicas possíveis, até que ela criou um complexo ritual baseado em runas e em uma poção de fortalecimento. O ritual era complexo, mas não era impossível, ainda assim, havia um fator importante. Ele tinha que ser feito durante a lua cheia. Sorte, destino ou coincidência… Harry não sabia e não se importava. A única coisa que importava era que aquela era a última noite de lua cheia e ele sabia que precisaria fazer o ritual naquela noite, ou seria impossível comemorar Beltane corretamente com Caius.


Com isso em sua mente, ele entrou em seu baú e reuniu todas as ervas, óleos e os materiais para poções e rituais rúnicos.


Pelas próximas duras horas, ele tinha se concentrado em fazer a poção de fortalecimento que, para sua alegria, era uma poção relativamente rápida e não tão complicada. Quando a poção ficou pronta, ele começou desenhar o círculo rúnico na varando do quarto, onde ele sabia que teria um ótimo acesso à luz da lua cheia. Já estava perto do entardecer, quando Harry correu para a parte final das preparações, a ‘limpeza’, uma parte crucial para qualquer ritual, que também era algo simples de ser feito. Um longo banho com ervas próprias para limpeza, e depois banhar seu corpo em óleo perfumado de lavanda.


Quando uma criada pareceu, dizendo que logo o jantar seria servido, Harry recusou, afirmando estar sem apetite (uma pequena mentira, mas era melhor fazer o ritual com o estômago vazio). Vestindo um manto branco, que era quase transparente, Harry caminhou até a varanda. Tudo estava perto. O círculo estava desenhado sobre o marfim do chão da varanda, cada linha exatamente como deveria ser, cercado por nove velas vermelhas, pretas, laranjas e verdes. Seu olhos se moveram em direção a lua, vendo-a em seu auge no céu escuro.


Respirando devagar, ele bebeu a poção em dois grandes goles, estremecendo com o sabor desagradável, antes remover o manto e entrar no círculo de ritual.



Caius entrou em seu quarto preocupado, em suas mãos um prato com porções de frutas. Harry não tinha aparecido para o jantar e isso não era normal. Desde que tinha chegado, o pequeno vanïr sempre comia com ele. Quando a empregada afirmou que Harry estava sem apetite, Caius apenas se preocupou ainda mais. Ele ordenou que o cozinheiro preparasse um prato com algumas das frutas que Harry mais gostava, e voltou para seu quarto o mais rápido que pode.


Assim que entrou contudo, Caius congelou na porta.


Em pé na varanda, completamente nu, estava Harry.


O titã engoliu em seco, seus olhos percorrendo a figura pequena. A pele pálida, o corpo magro, pequeno e firme… tudo estava brilhando sobre a luz da lua. Caius se aproximou a passos silenciosos, sem conseguir desviar o olhar. Ele deixou o prato em algum lugar, não se dando ao trabalho de ver onde exatamente, antes de ficar parado na porta da varando, há menos de três passos de Harry.


Assim, mais perto, ele podia ouvir Harry sussurrar palavras rápidas, em uma língua desconhecida. Harry estava fazendo magia? Talvez aquilo fosse parte de um ritual, que ele precisava fazer antes da cerimônia que aconteceria em alguns dias?


Sit scriptor Dagda hanc esse voluntatem. Ita sit.


Caius recuou um passo, quando o lugar em que Harry estava explodiu em uma luz brilhante, impedindo de ver qualquer coisa a mais. Quando a luz diminuiu, contudo, a visão que Caius teve foi ainda mais sublime. Harry estava cercado por um manto de luz prateada, fazendo sua pele brilhar de forma ainda mais bonita e sedutora.


Caius escutou Harry emitir um pequeno suspiro, antes que ele se virasse para encará-lo. Os olhos verdes com um brilho quase místico, o encararam surpreso.


– Caius…


Reunindo uma coragem e uma ousadia que ele pensava ter perdido, Caius avançou até onde Harry estava, erguendo sua mão para tocar o rosto do vanïr. Céus… Harry era tão pequeno comparado a ele. Devagar, mantendo seus movimentos o mais suaves possíveis, ele se inclinou aproximando seus rostos, vendo aquelas esmeraldas se arregalarem.


– Você é lindo. – Sussurrou Caius, antes de capturar aquela boca pequena com a sua, em um beijo.


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Oi galera, eu sei que todo mundo deve estar querendo meu fígado, mas o ano passado não foi o meu melhor ano (acho que não foi o de muita gente), e não pude continuar a fic. Mas isso é passado (seja bem-vindo 2021! Que esse ano seja bom).


Aqui está o segundo capítulo! Espero que todos estejam gostando e ansiosos pela continuação. Sei que fiz sacanagem, terminando o capítulo aqui, mas eu tenho que manter todo mundo ansioso (。•̀ᴗ-)✧


Beijinhos e até o próximo cap (*^3^)/~♡


 


 


 


 



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Autor(a): polaris_s2

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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AVISO: ESSE CAPÍTULO CONTÉM CENA DE SEXO HOMOSSEXUAL EXPLÍCITO. CASO SE SINTA OFENDIDO PELO CONTEUDO, POR FAVOR, SIGA ATÉ A ‘ME IGNOREM, SOU APENAS UMA LINHA’, PARA CONTIUAR A LER O CAPÍTULO EM SEGURANÇA.       Harry ofegou assustado, sentindo a língua de Caius invadir sua boca, instigando-o. A m ...


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