Fanfic: Titan's Magic Bride | Tema: Harry Potter

AVISO: ESSE CAPÍTULO CONTÉM CENA DE SEXO HOMOSSEXUAL EXPLÍCITO. CASO SE SINTA OFENDIDO PELO CONTEUDO, POR FAVOR, SIGA ATÉ A ‘ME IGNOREM, SOU APENAS UMA LINHA’, PARA CONTIUAR A LER O CAPÍTULO EM SEGURANÇA.

Harry ofegou assustado, sentindo a língua de Caius invadir sua boca, instigando-o. A mão grande, calejada e áspera deslizando por suas costas, apertando ao redor de sua cintura e puxando-o para mais perto do corpo musculoso do titã. Ele apertou o tecido da camisa do titã com força, tentando se ancorar em alguma coisa, enquanto sentia o calor que emanava de Caius. Céus… esqueça Parvati, Cho ou Ginny… esqueça qualquer pessoa com quem ele tinha se envolvido ou tinha pensado em se envolver… nenhuma delas poderia ser comparada aquele beijo.

Caius quebrou o beijo, ofegante um pouco, enquanto olhava para o jovem mago em seus braço. Harry estava lindo. Corado, olhos verdes enevoados e uma fina linha de saliva escorrendo por seus lábios pequenos. Ele duvidava que algo ou alguém poderia ser tão bonito. Sem pensar em mais nada, toda seu autocontrole e lógica aos quais ele tinha se apegado naqueles poucos dias jogados pela janela, ele agarrou Harry, levando-o para dentro do quarto e o jogou sobre a cama.

Um grito baixo de surpreso escapou dos lábios de Harry, quando sentiu seu corpo bater contra a superfície macia da cama. Ele olhou para a beirada da cama, estremecendo ao ver o olhar faminto que o príncipe estava lhe enviando. Oh, ele parecia um predador faminto, enquanto aqueles olhos se tornavam de um roxo escuro profundo, percorriam seu corpo nu.

Sob o olhar atento do menor, Caius tirou sua capa e camisa, revelando o peito formado por músculos definidos. Harry engoliu devagar, seus olhos percorrendo a pele morena, que parecia ter sido esculpida por um deus perfeccionista.

– Harry… – sussurrou Caius, subindo devagar na cama, seu corpo enorme pairando sobre o menor. – Eu… posso te tocar…?

Caius precisava ouvir. Ele precisava que Harry desejasse seu toque. Ele tinha cometido o erro de ‘atacar’ Kouichi antes, assustando o jovem anão e fazendo-o fugir sem nem mesmo cogitar um relacionamento com o titã. Caius não queria que isso acontecesse outra vez. Foi por isso que ele se conteve tanto. Contudo, ele tinha alcançado seu limite. Ver seu belo vanïr nu, o corpo tão tentador banhado por uma luz… isso tinha sido demais. Ainda assim… ele precisava ouvir.

Uma mão pequena, um pouco áspera, tocou seu rosto, fazendo com que seus pensamentos desesperados desaparecessem. Caius olhou para a bela criatura deitada abaixo de seu corpo, vendo que o moreno exibia um sorriso brincalhão e seus olhos verdes repletos de carinho e desejo.

– Me toque, Caius. Quero sentir você.

Caius fechou os olhos, segurando a mão pequena e puxando-a contra seus lábios. Ele beijou a palma, sentindo a aspereza leve da pele. Abrindo os olhos, ele observou a mão menor na sua. Aquela pele parecia ainda mais branca contra sua escura, seus dedos ainda mais finos e delgadas, quando comparados a sua mão muito maior. Seus olhos se moveram, para ver a expressão do moreno. Harry estava corado, e os lábios levemente separados, aquelas esmeraldas estavam seguindo cada um de seus movimentos.

Sem desviar o olhar, Caius deslizou o nariz sobre a palma da mão, suspirando com o cheiro que estava cobrindo a pele clara. Era doce, uma mistura de floral e herbal, com uma nota de balsâmico… lavanda? Lentamente, ele deslizou a língua pela palma da mão e pelos dedos finos.

Harry tremeu, um miado baixo escapando por seus lábios. Ele podia sentir o calor se espalhando por seu corpo, a excitação começando a queimar mais forte. Ele queria fechar os olhos e se esconder, envergonhado com sua própria reação, mas seus olhos nem mesmo conseguiam desviar a boca de Caius. Era quase como se tudo fosse feito em câmera lenta… a forma como a língua do titã deslizava e contornava seus dedos…

“Merda… eu tenho uma torção de tamanho, ou algo assim…?” Pensou, engolindo um gemido, quando Caius afastou sua mão, começando a se inclinar mais em sua direção. Seus lábios estavam a poucos centímetros de distância… ele podia sentir o cheiro do príncipe titã com clareza… forte, intenso e picante… um tremor percorreu seu corpo, sentindo a mão áspera deslizando por sua cintura, apertando que corpo.

Sem conseguir pensar em mais nada, Harry agarrou o cabelo loiro e puxou Caius em sua direção, terminando com a pequena distância que os separava. Suas bocas se uniram em um beijo desleixado. Harry se contorceu, sentindo aquela língua grande invadindo sua boca sem piedade alguma, provocando e deslizando contra a sua própria língua. Oh… ele podia sentir as mãos de Caius passeando por seu corpo… uma deslizando e apertando sua coxa, enquanto a outra subia por seu peito, indo em direção ao seu mamilo, começando a provocá-lo.

Caius afastou-se da boca, começando a descer pelo queixo em direção ao pescoço, pressionando beijos e chupões pela pele clara. Uma voz diabólica, no fundo de sua mente, ficou empolgada com a ideia de que, pela manhã, Harry estaria coberto por marcas e mostraria a todos a quem aquele pequeno e tentador vanïr pertencia. Os pequenos sons que saiam da boca de Harry, serviam apenas para aumentar seu desejo. Céus… ele queria ouvi-lo gritar. Um pensamento cruzou sua mente… seus olhos se moveram para o delicado botão rosa-claro…

Os olhos verdes se arregalaram e um grito agudo escapou por seus lábios, uma pontada de dor e prazer percorreram seu corpo, sentindo aqueles dentes mordendo a carne sensível de seu mamilo. Ofegante, ele olhou para baixo… olhos de um roxo escuro se fixaram nos céus. Harry se contorceu. Ele podia sentir seu pênis doendo de excitação… ele observou Caius brincar, morder e chupar seu mamilo, com uma calma lenta que estava a ponto de levá-lo a loucura. O titã só abandonou seu mamilo, quando estava já estava tingindo por um vermelho escuro, e apenas para se mover em direção ao outro.

Aquilo era demais. Toda aquela provocação… a mistura sutil da dor e do prazer, a sensação das mãos grandes e ásperas acariciando seu corpo… tudo era uma tortura. Seu corpo estava ardendo, cada vez mais sensível… ele nunca se sentiu assim. Verdade fosse dita… ele nunca tinha feito algo minimamente semelhante com outra pessoa… um grito surdo escapou por sua garganta, quando sentiu Caius morder com força seu mamilo, enquanto os dedos grandes puxavam e apertavam o outro. Seu corpo tremeu e seus olhos se encheram de lágrimas, quando o prazer percorreu corpo… ele tinha gozado… gozado vergonhosamente, apenas sentindo o titã brincar a abusar de seus mamilos.

Caius se afastou do corpo pequeno, sua respiração ofegante, como se ele tivesse passado horas em uma sessão de combate. Seus olhos percorrendo a figura abaixa de seu corpo e ele não poderia ter imaginado uma criatura mais bonita. Harry estava lindo… seu corpo coberto de suor, marcas vermelhas tingindo sua pele clara… seus mamilos inchados e vermelhos de todo o abuso que tinham sofrido… e os olhos… céus… Caius tinha amado aquelas belas esmeraldas, desde que as tinha visto pela primeira vez, mas naquele momento… enevoadas pelo prazer e manchadas pelas lágrimas… os olhos de Harry nuca estiveram mais bonitos. Seus olhos escorreram por todo aquele corpo, orgulho queimou em seu peito ao ver o pequeno pênis perdendo a ereção, enquanto o abdome e peito de Harry estavam cobertos pelo esperma branco.

– Você é tão lindo e tentador… – Sussurrou, fascinado com a visão que era apresentada diante de seus olhos.

Harry se remexeu sob o olhar escuro.

Caius se abaixou em direção ao peito, sua língua escorrendo sobre a pele branca, limpando as manchas de gozo. Propositalmente, desviando e ignorando o pênis do moreno, suas mãos segurando firmes a cintura pequena para que Harry não pudesse se mover, sentindo-o se contorcer e se agitar cada vez mais.

– P-pare… ahh… pare de… ahnn… me provocar… – implorou, tentando conseguir algo mais do que aquelas lambidas suaves. Caius o mataria naquele ritmo!

– Tão impaciente… – provocou, esfregando seu nariz contra o membro sensível, sentindo-o se agitar e começar a endurecer outra vez. – Seja paciente… vou te dar todo o prazer que desejar.

Harry choramingou de forma patética, quando aquela língua percorreu seu pênis, fazendo seu corpo tremer e arder. Ele tinha gozado há apenas alguns instantes, e ainda estava muito sensível… e, mesmo sabendo disso, Caius não teve piedade. A língua grossa percorreu seu pênis, provocando-o até que recuperasse a ereção… nesse ponto, Harry era uma bagunça de gemidos e murmúrios patéticos. Caius agarrou suas coxas, puxando-o para cima, enquanto engoliu seu pênis por completo, começado a sugá-lo com tanta força, fazendo Harry gritar e se contorcer, seus dedos afundando nos fios dourados de Caius, puxando seus cabelos… se era para afastá-lo, ou para impedi-lo de parar, Harry não tinha certeza.

Ele estava tão perto de gozar outra vez, quando Caius afastou sua boca, lhe dando um maldito sorriso divertido ao ver o quão frustrado ele estava.

– Vê-lo a ponto de se desfazer… você sabe como isso me excita, Harry? – Perguntou o titã, sua voz grossa carregada de desejo, enquanto pressionava beijos suaves e gentis contra a coxa de Harry, seus olhos ametistas fixos nos verdes.

– I-idiota… só… ahnn… só faça… r-rápido…

Caius sorriu ao escutar o pedido choroso.

Seus olhos se moveram para olhar o pequeno botão rosa e enrugado. Engolindo em seco, com cuidado, ele pressionou seu dedo sobre aquele ponto. A reação foi imediata. Harry gemeu, algo entre prazer e dor, empurrando seu quadril, tentando conseguir mais atrito. Foi apenas a ponta de seu dedo, que rompeu minimamente a barreira de músculos, mas Caius pode sentir e ver. Era tão apertado… e se dedo… apenas um único dedo seu já parecia obscenamente grande.

“Maldição… ele é ainda menor do que Kouichi…” Pensou, puxando sua mão para longe e se afastando do menor por um momento.

– C-Caius…?

– Só um momento. – Pediu o titã, correndo em direção a um dos armários no quarto, quase chorando de alívio ao encontrar o frasco de vidro vermelho.

Pegado o frasco, Caius voltou para a cama, seus olhos nunca desviando dos verdes. Com um movimento lento, ele desfez a faixa que prendia suas calças, e liberou sua própria ereção. Droga… ele nunca tinha ficado tão duro e excitado antes… Ele ouviu Harry ofegar e se remexer. Mantendo o olhar firme nos olhos do menor, Caius puxou a tampa do frasco, derramando uma quantidade generosa do óleo perfumado em sua mão, antes de passá-lo devagar em seu pênis, apertando sua mandíbula, ele precisou lutar para não gozar apenas com aquilo. Quando terminou de passar o óleo em si, Caius derramou uma quantidade muito maior sobre a região íntima de Harry.

O moreno gemeu com a sensação fria que se espalhava contra sua ereção, escorrendo por seus testículos e bunda. O olhar de Harry recaiu sobre a ereção do titã. Um arrepio subiu por sua espinha. Mentalmente, ele enviou uma oração em agradecimento a Katherine Becktte e prometeu fazer-lhe uma oferenda durando o Samhain. A mulher o tinha salvado com aquele maldito livro.

Porém, ao invés de começar a prepará-lo ou tocá-lo, Caius fechou suas pernas, mantendo-as juntas com firmeza.

– O qu…? AHH! – Harry não conseguiu falar.

No mesmo instante, Caius começou a ‘penetrar’ por entre suas coxas, esfregando seus pênis, enquanto mantinha a pressão para manter suas pernas fechadas. A sensação era incrível. O calor, a força, o atrito suave… Harry se viu reduzido a uma pilha de gemidos e sons incompreensíveis, enquanto sentia o quadril de Caius batendo cada vez mais forte e rápido contra o seu. Arrepios e tremores percorriam seu corpo. O calor se acumulando em seu ventre. Um desespero sufocante começou a preenchê-lo, suas mãos se agarrando aos lenços de seda  vermelha… uma tentativa desesperada de se ancorar a alguma coisa. Sua visão estava borrada por lágrimas… tudo estava queimando… seu coração parecia ao ponto de parar… então aquela sensação de calor explodiu, um grito agudo que poderia ter sido ouvido por todo o palácio rompeu por sua garganta, e sua cabeça ficou em branco, antes de escurecer…

~*~me ignorem, sou apenas uma linha~*~

Harry se remexeu devagar.

Seu corpo parecia muito mais pesado e lento do que o normal. Ele estava tão confortável e quente, que nem mesmo queria abrir os olhos. Um suspiro manhoso deixou seus lábios, enquanto sentia uma mão acariciando seu rosto. Contra o instinto de apenas voltar a dormir, ele abriu os olhos, se parando com o rosto de Caius.

O titã estava deitado ao seu lado, apoiando em um dos braços, enquanto acariciava seu rosto com cuidado. Havia um carinho naqueles olhos ametistas… ninguém nunca tinha olhado para Harry daquele jeito. E, apenas aquele olhar, foi o bastante para fazer seu coração bater um pouco mais rápido e um calor agradável se espalhar por seu peito, enquanto um tom de vermelho escuro surgia em suas bochechas. Oh… ele lembrava muito bem, do que os dois tinham feito. E tinha sido bom… muito bom. Se aquilo era uma amostra do que fariam na noite de Beltane… bem, ele estava mais ansioso do que nunca por um dos sabbats.

– Como você está se sentindo? – Perguntou Caius, um toque de preocupação evidente em sua voz.

– Hn… como se alguém tivesse desaparecido com os ossos dos meus braços e pernas. Ainda assim… nunca me sentir melhor. – Ele não pode se conter, antes de sorrir de forma maliciosa para o titã. – Foi incrível.

Caius sorriu com a resposta, se inclinando e pressionando um beijo suave na testa do pequenos vanïr.

– Sim. Você estava lindo… tão tentador, que pensei que não seria capaz de me controlar. – Provocou, rindo da forma como o moreno corou ainda mais forte com sua provocação.

– Você se controlou muito bem… - resmungou, lembrando-se do fato principal, de que Caius não havia nem mesmo tentado penetrá-lo. Ele tinha feito aquele ritual por um motivo!

Caius bufou ao escutar aquilo. Ele podia ouvir o tom de desagrado mal escondido na voz do menor. Oh, se Harry apenas soubesse como ele precisou lutar contra seus desejos naquele momento… ainda assim, ele conseguiu resistir. As palavras que Kouichi tinha gritado para ele, naquela noite desastrosa, ainda estavam frescas em sua mente. Uma parte covarde de seu coração, ainda se perguntava se Kouichi teria ficado, se ele apenas tivesse sido mais gentil… mais paciente… assim como ele estava sendo para Harry. Contudo, sua raça não era do tipo que se lamentava e se prendia a coisas do passado. Eles aprendiam com seus erros, e tentavam fazer as coisas de um jeito melhor no futuro.

Era por isso que ele estava se mantendo tão disciplinado e controlado ao redor de Harry. Mais de uma vez, seu pai o questionou naqueles poucos dias, sobre não ter gostado de ‘sua noiva’, já que todos no castelo fofocavam sobre o fato de que os dois ainda não tinham se unido. Seu irmão mais novo até mesmo teve a audácia de provocá-lo, dizendo que não se importaria de ficar com Harry, caso Caius não o desejasse.

Como, em nome dos deuses, ele poderia não desejar aquela criatura linda, tentadora e forte? As poucas vezes que suas conversas com Harry se voltaram para algo mais… íntimo, Caius foi capaz de entender que o menor não via o sexo de forma tão ‘livre’, como os titãs o faziam. A última coisa que ele queria, era assustar Harry, e fazê-lo reconsiderar o casamento.

– Hn… Caius… por que… por que você não tentou… bem… não tentou ir ‘até o fim’? – Perguntou Harry envergonhado. Por um momento, ele temeu que Caius não o desejasse dessa forma, mas logo jogou esse pensamento para longe. Céus, eles acabaram de ter uma sessão quente e pegajosa de paixão. Era impossível que Caius não o quisesse daquele jeito.

Caius olhou para aqueles olhos verdes, antes de soltar um suspiro e puxar o pequeno corpo para cima do seu, enquanto se deitava de costas na cama. Harry se remexeu nos braços do titã, se fazendo confortável, enquanto sentia a mão de Caius deslizar para cima e para baixo em suas costas.

– Fiquei com medo. – Falou, decidindo que era melhor não mentir. – Eu… hn… quando fiz a primeira convocação e trouxe Kouichi… eu não pensei. Ignorei o simples fato de que não éramos do mesmo mundo, e nem da mesma raça. Eu… eu o ‘ataquei’ apenas segundos depois de ele ter sido convocação. Eu estava tão empolgado e feliz. Eu teria uma noiva que não era de Eustil. Eu poderia ter tudo o que sempre desejei: uma esposa e o trono.

Harry franziu a testa, sentindo-se um pouco incomodado ao escutar do envolvimento passado de Caius. Ele nunca tinha pensado que poderia ser ciumento ou possessivo. Mas era assim que ele se sentia naquele momento. Porém, ao invés de manifestar esses sentimentos, ele apenas os jogou para o lado. Kouichi não era uma ameaça. Ele estava em outro mundo e já tinha recusado Caius.

– Isso… minha conduta naquela noite assustou Kouichi. Depois que ele foi embora, não conseguia para de pensar… se eu tivesse sido mais paciente… mais controlado… talvez Kouichi tivesse ficado. Então… meu pai me convenceu a tentar a convocação outra vez e você pareceu… – nesse momento, os olhos ametistas se voltaram para Harry, cheios de carinho e ternura. – Jurei que não cometeria os mesmos erros. Que seria mais paciente e cuidadoso. Você é tão pequeno… ainda menor do que Kouichi tinha sido. E… bem… comparado a você… sou muito grande. Principalmente meu pênis. Quando estávamos nos amando, eu tive medo de te machucar e você fugir de mim por causa disso.

Harry bufou, revirando os olhos, antes de se inclinar e pressionar um leve selinho nos lábios do titã.

– Seu bobo, você esqueceu que sou um vanïr? – Questionou, vendo a confusão brilhar nos olhos ametistas. – Eu vi o ‘problema’ do tamanho naquela  primeira noite, quando fomos tomar banho juntos. Percebi, naquele momento, que se você me penetrasse, muito provavelmente, me rasgaria e magia nenhuma no mundo iria conseguir me concertar.

Caius estremeceu com a imagem mental desagradável.

Ele não queria pensar nisso. Só essa ideia… céus, se ele ficasse pensando nisso, Caius tinha certeza de que nunca mais conseguiria ter uma ereção.

– Foi por isso que fiz minha lição de casa. – Afirmou Harry, um sorriso convencido em seu rosto.

– Lição de casa?

– Sim. Bem… digamos que minha raça não é uma estranha, quando se trata de se relacionar sexualmente com seres de outras raças. Mestiços são comuns de onde venho. – Mesmo que eles fossem tão discriminados da Grã-Bretanha, ainda eram muitos comuns ao redor do mundo. – Pesquisei um pouco e encontrei um livro, escrito por uma vanïr há vários séculos, relatando seus problemas por ter se apaixonado por um gigante.

– Gigante?

– Imagine pessoas duas vezes maiores do que o titã mais alta. Ela escreveu como, apesar de amá-lo, era fisicamente impossível para os dois ficarem juntos, já que seus corpos eram tão diferentes. Mas com a ajuda da magia, um pouco de criatividade e muita determinação, ela encontrou uma solução. Um ritual, que fortaleceu seu corpo e modificou suas dimensões internas, tornando-a capaz de se relacionar sexualmente com um ser muito maior.

Os olhos de Caius se arregalaram ao escutar aquilo. Instintivamente, ele olhou para a varanda.

– Quando eu cheguei aqui…

– Eu estava terminando o ritual. Meu corpo vai ser capaz de lidar com o seu tamanho agora. É claro que você vai ter que ir com calma e cuidado, principalmente no começo, mas não vou apenas ‘aguentar’… vou ser capaz de sentir prazer também.

Caius sorriu ao escutar aquilo. Um peso que ele não sabia que estava carregando, desapareceu de seus ombros.

Ele puxou o menor para perto, pressionando seus lábios em um beijo muito mais íntimo.

– Estou feliz em ouvir isso. Saber que não vou te machucar… você não imagina como isso me alivia. Poder te tocar e te dar todo prazer que posso… isso me deixa muito feliz.

– Hn… é bom mesmo, porque temos menos de uma semana para o Beltane.

Os olhos de Caius se arregalaram ao escutar aquilo.

– A festa cerimonial que você mencionou.

Harry riu, um sorriso malicioso em seu rosto.

– Sim. É Beltane. – Ronronou a resposta, se inclinando para outro beijo. – E… você sabe de uma coisa, Caius…?

O titã riu da voz maliciosa.

A mão que tinha estado acariciando as costas de Harry, agora estava apertando com um pouco de força a bunda do pequeno vanïr.

– O quê?

– Vanïrs poderosos, mesmo os homens, podem engravidar. Oh! – Harry não conseguiu evitar de pular, ao sentir um dedo pressionar seu entrada.

Os olhos Caius tinham ficado mais escuros ao ouvir aquilo.

Bebês eram algo especial para os titãs. Eram o símbolo vivo da prosperidade, da qual os titãs haviam nascido. A maior preocupação dos anciões e de todo o povo de Tildant, com a convocação de uma noiva, era se Caius seria ou não capaz de ter um filho com essa pessoa. E Harry estava dizendo que era possível…

– E… nos tempos antigos… ahnn… diziam que uma criança concebida em Beltane… oh!… seria muito abençoada…

Um rosnado escapou da boca de Caius, antes que o titã jogasse Harry no colchão, apenas para atacar seus lábios em um beijo furioso.

Beltane não poderia chegar rápido o suficiente.

~*~me ignorem, sou apenas uma linha~*~

O clima no castelo parecia ter se tornado visivelmente mais descontraído, e Harry não pode deixar de rir com isso.

Caius tinha lhe dito que todos estavam preocupados, com o fato dos dois não terem uma relação íntima. Harry tinha revirado os olhos e resmungo, sobre privacidade e tendencias exibicionistas, mas também tinha rido um pouco com a preocupação.

Na manhã seguinte, quando foram para a sala de jantar comer, Harry tinha sido braçado e quase sufocado pela irmã mais nova de Caius, Iris. Parecia que ela tinha decidido ir ao quarto do irmão na noite anterior, apenas para escutar os gritos e gemidos de Harry. O moreno nunca ficou mais envergonhado, ainda mais quando descobriu que todos no castelo estava falando sobre esse fato, como se fosse o maior e mais importante acontecimento no país. Para seu alívio, Caius o salvou de passar um momento ainda mais constrangedor, desviando o assunto para a festa de boas-vindas que o rei queria oferecer a ele.

Os dias continuaram a passar de forma tranquila no castelo.

Enquanto os servos corriam para todos os lados, e mercadores chegavam de todos as direções, todos tentando se preparar para a festa que seria realizada, Harry se dedicava a se preparar para Beltane. Ele nunca tinha passado aquela sabbat com ninguém. Na verdade… ele nunca tinha passado nenhum dos ritos com alguém. O fato de que Caius iria participar com ele, tomando a posição de seu amante, tinha tornado toda a preparação muito mais complexa.

Com a ajuda de Caius, ele conseguiu encontrar um ótimo bosque, perto do castelo, que possuía uma clareira ampla o suficiente para que ele pudesse montar toda a cerimônia. Caius tinha conseguido vários troncos de árvore, para que ele pudesse montar a fogueira e o poste. Seria a primeira vez que ele faria a cerimonia de uma forma tão completa. Sempre tinha sido tão simples antes… apenas uma pequena fogueira, uma pequena árvore decorada, algumas vela, uma bandeja com as oferendas e as flores para a cama. Ele sabia que poderia manter simples se quisesse, mas uma parte dele queria fazer do jeito certo… do jeito que tinha sido comemorado há tanto séculos atrás… uma verdadeira festa para a deusa e para o deus.

Com isso em mente, ele até mesmo preparou as roupas que deveriam usar no dia. Mantos de tecido branco suave e coroas. Para Caius, uma coroa de chifres de veado e pedras de topázio e rubi; para Harry uma cora de flores e pedras de esmeraldas e olho-de-tigre.

Harry estava determinado a fazer com que tudo fosse o mais perfeito possível para aquele dia. E ele não podia deixar de se sentir cada vez mais ansioso, pensando sobre a festividades da noite de Beltane… desde a noite do ritual, Caius tinha parado de conter a maior parte de sua paixão e desejo. Agora, não era incomum para os dois trocarem carinhos íntimos e, mesmo que Harry se recusasse a fazer qualquer coisa onde as pessoas pudessem vê-los, eles não se limitavam a cama ou a segurança do quarto.

Fosse no escritório de Caius, quartos vazios ou do banheiro… ele até mesmo tinha cedido um pouco a provocação do titã, e eles tinham feito na varanda do quarto. Ainda assim… por mais intenso e provocante que eles tenham se tornado, nem mesmo uma vez, Caius tentou ir até o fim. Não que Harry terminasse sem ‘nada dentro’. O titã parecia estar dedicando aqueles dias a fazer o corpo de Harry se acostumar e a se esticar cada vez mais, usando seus dedos.

Harry estava cada vez mais ansioso pela noite de Beltane, pois ele sabia que nesse noite… nessa noite eles iriam até o fim.

– Ei, Harry. O que você está fazendo?

O moreno pulou assustado, quase caindo dentro da fonte de água, onde estava sentado, nos jardins do castelo. Prontamente, um par grande de mãos o segurou e ajudou a estabilizá-lo. Olhando para cima, ele viu a expressão preocupada de Linus, o irmão mais novo de Caius.

Linus era quase tão alto quanto Caius, com a mesma pele bronzeada, mas seus cabelos eram de um chocolate quente e os olhos era azuis escuro, ao invés de ametista. Durante seu curta estadia em Tildant, ele tinha se tornado um bom amigo de Linus, que era muito curioso sobre seu mundo de origem. Parecia que ele era um pesquisador e trabalhava principalmente na Torre, com outros titãs fazendo pesquisas e inventando novas magias e itens que poderiam ajudar o reino. Ele tinha ficado especialmente empolgado, quando Harry descrevia algumas as invenções de seu mundo, e murmurado sobre formas de tentar fazer algo parecido em Tildant.

– Você está bem?

– Sim, só estava distraído. – Afirmou, corando um pouco ao pensar com o que exatamente, ele estava distraído.

– Então? O que você está fazendo? – Perguntou curioso, sentando-se ao lado do menor.

– Oh, nada importante. Só estou escrevendo as falas de Caius, para a noite de Beltane. – Falou, indicando o pergaminho em suas mãos.

– Ah, a cerimônia tradicional do seu povo, que Caius me contou. Ele está realmente animado com isso. Deve ser algo muito importante.

Harry sorriu, sentindo suas bochechas corarem um pouco mais com isso.

– Sim. Todos os Sabbats e Esbats são importantes, mas muitos acreditavam que Beltane é era o mais importante de todos. É a celebração da fertilidade, quando pedimos as bênçãos da deusa e do deus, para nos tornarmos mais férteis, e que nossas crianças nasçam mais saudáveis e fortes. Meu povo parou de comemorar os Sabbats e Esbats há quase dois séculos e… desde então, houve muita dificuldade para engravidar, muitos abortos e crianças com magia fraca, saúdes debilitadas, ou mesmo sem magia nenhuma.

Linus franziu a testa, enrugando o nariz com a tolice.

– Nesse caso, vou fazer questão que você e Caius pratiquem todas essas cerimônias. Vou até mesmo falar para o papai. E… sem ofensas, mas o seu povo não me parece muito inteligente. Todos sabem que não se deve sair do caminho dos deuses. Nos titãs, nascemos do conceito de ‘prosperidade’, esse é o caminho que os deuses nos deram para seguir. Sair dele… hn… eu não consigo nem imaginar o caos que isso traria a Tildant.

Harry riu, mas concordou.

– Sim, eles não eram muito inteligentes. Provavelmente, devem durar mais um século, se tiverem sorte, antes que toda a magia neles morra.

Linus estremeceu com a ideia.

– Alguma esperança deles retomarem o caminho certo?

– É mais provável o inverno congelar. – Declarou firme. Isso seria impossível, por dois pontos simples: nascidos-trouxas iam para o mundo mágico presos aos preconceitos de uma religião católica, e desprezavam todo e qualquer conceito de uma religião pagã; já os sangue-puros tinham se tornado orgulhosos e arrogantes demais, pensando que não precisavam depender de ‘falsos deuses’, para terem magia. Com esses dois fatores, seria impossível para os ritos serem tomados e, consequentemente, a magia ser salva.

– Bem, nesse caso, meus pêsames para seu povo, mas se eles são tão idiotas… não acredito que o universo estará sofrente uma perda tão grande.

Dessa vez, Harry riu abertamente. Ele adorava Linus! Ele tinha um humor que lembrava um pouco o dos gêmeos.

– Aproposito, Harry… você se importa de me dizer, o porquê do meu irmão estar perguntando ao Dr. Martu, sobre os detalhes e cuidados importantes durante uma gravidez?

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E ai meus amores!

Estou de volta, e dessa vez não demorou tanto ne? Espero que todos tenham gostado e apreciado esse capítulo. O que vocês acharam da ceninha entre o Caius e Harry? Tentei fazer eles fofos, esperado que tenha dado certo. No próximo capítulo, será o Beltane.

Espero que todos continuem acompanhando e até a próxima!

Beijinhos a todos (>3<)_/~*