Fanfics Brasil - Capítulo 1: Onde Tudo Começou Yakusuke No Shira

Fanfic: Yakusuke No Shira | Tema: Demônios


Capítulo: Capítulo 1: Onde Tudo Começou

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“Há muito tempo atrás, para ser mais específico, há 750 anos atrás, o mundo era completamente um caos. As pessoas viviam com medo, medo de demônios. Demônios que por sua vez, poderiam se passar por pessoas normais, mas no fundo, eram quem menos se esperava. Esses demônios eram mais conhecidos como Shiras. Eles possuíam uma força capaz de destruir cidades em um piscar de olhos. Ninguém sabe como eles surgiram, mas todos sabem que se alguém visse um, era morte na certa. O mundo estava no colapso para a extinção, quando uma mulher criou uma espada a partir do coração de um Shira. Essa espada era a única arma capaz de matar um Shira, atingindo o seu ponto fraco, o coração. Essa espada ficou conhecida como Udama. Uma espada preta, com desenhos em formatos de elementos, cada pessoa com o seu elemento, fogo, água, terra, ar, e muitos outros. Mas os únicos capazes de segurar essas espadas, eram conhecidos como Yakusukes. Ninjas, samurais, como quiseres chamar. Eram humanos muito bem treinados, somente eles poderiam matar os Shiras. A cada ano que passava, mais Shiras, e mais Yakusukes morriam em batalhas. Até que um dia, um homem, líder dos Yakusukes, declarou guerra contra todos os Shiras. Essa guerra durou 100 anos, e ficou conhecida como A guerra da extinção. Nessa guerra, todos os Shiras e todos os Yakusukes morreram, foram extintos por completo. E desde então, no passar dos anos, essas histórias foram apenas lendas.”


            - A por favor né! Cara, você só sabe falar dessas histórias inventadas?


            - Não são inventadas, elas realmente aconteceram! – Digo em um tom de raiva.


            - Tine, vamos esquecer isso, tá? Vamos prestar atenção na aula, o professor não gosta de conversas. – Diz Miore com calma.


            - Miore, você acredita em mim, não é? Você acredita que os Shiras e os Yakusukes existiam...


            - Desencana, como alguém vai acreditar nessa história? Isso foi inventado por seu avô, não passa de histórias para dormir.


            - Arashi, se você não acredita, então não vem ficar falando bobagens para os outros não acreditarem. – Digo o encarando – e sabe de mais uma coisa. Eu vou ficar contando essa história quantas vezes eu bem querer!


            - QUEM TA COCHICHANDO ALI NO FUNDO? – fala o professor em um tom alto.


            - É o Tine professor, ele fica contando história falsas, só para a aula passar mais rápido. – Vejo Arashi apontando para mim.


            - NÃO SÃO FALSAS SEU LINGUARUDO. – Berro.


            - Tine Yagito, deseja ir para a diretoria?


            - Não senhor.


            - Então trate de se sentar, ficar calado e prestar atenção na aula. – Responde o professor.


            Eu me sento e fico quieto.  


            Depois disso, passo todo o turno daquela aula olhando para fora da janela. Esse mundo é completamente diferente do que há 750 anos atrás. Eu me pergunto, mesmo vivendo com medo, deveria ser legal viver naquela época, lutar junto a sua Udama, matando Shiras. Acho que eu nasci na época errada, olha o mundo lá fora, tudo tecnológico, basta apenas estar com o celular na mão, que você já saberá onde tal fulano está.


            Meu avô uma vez disse:


            - “Tine, seja lá o que você quer ser quando crescer, mas sempre batalhe duro para conseguir realizar. Sei que você cresceu sem um pai e uma mãe por perto, mas mesmo assim, saiba que sempre terá uma pessoa no mundo, que confiará em você, e sempre estará com você. Eu inclusive, confio em você. Então esteja feliz que neste mundo não haja perigo a ponto de trazer guerras e demônios para nos infernizar”.


            No dia seguinte quando ele havia dito isso, ele faleceu. Hoje então, um ano após isso, aos meus 16 anos de idade, vivo sozinho. Já sou praticamente responsável por mim mesmo, mas ainda assim, muitos me acham de idiota. Sei que pareço uma criança contando essas histórias, mas, eu sempre acreditei no que meu avô contava.


            Como meu avô disse, “sempre terá pessoas no mundo, que confiarão em você, e sempre estarão com você”, eu possuo poucos amigos, na verdade, acho que somente um. A Miore. Ela é a única que está comigo desde sempre. Nos conhecemos no nosso primeiro ano do ensino fundamental. E desde que eu me lembre, ela adorava escutar essas histórias, mesmo que ela não acredite. Já o Arashi que estava conversando comigo antes, ele é um mané, só sabe pegar garotas e sair bebendo em cada festa que aparece.


            “Cabelos azuis, olhos azuis, baixinha, fofa, gentil, carinhosa” são só algumas palavras que eu poderia falar sobre como descrever a Miore.


            “Cabelos loiros, olhos azuis, alto, babaca, mané, mão de vaca” são poucas essas palavras em como eu poderia descrever o Arashi.


            “Cabelos acinzentados, olhos verde-mar, altura média, imaginador, confiante” é, esse sou eu!


            Quando menos espero, vejo o professor chamar um aluno que está ao lado de fora da sala.  


            - Turma, quero conheçam um novo colega, ele se mudou faz pouco tempo, então tratem de serem amigos! – Diz o professor abrindo a porta.


            O aluno novo então entra, e já vejo pela sua cara, que é alguém com quem não devo me meter.


            - Oi, sou o Sakubi Yamata – Diz ele apresentando-se em poucas palavras.


            Céus, mais um mané. O maluco mal chegou e as garotas da sala já estão caidinhas por ele. Só espero que a... Tarde demais, quando olho para o lado, Miore fica olhando para o aluno novo com os olhos totalmente brilhantes.


            “Cabelos pretos, olhos verdes, alto, musculoso, olhar confiante” Esse é o tal do Sakubi Yam... sei lá o que. Ao meu ponto de vista, ele parece um cara solitário, conheço aquele olhar, um olhar profundo de quem está sozinho desde o começo.


            - Sente-se em uma das cadeiras vazias da sala! – Fala o professor.


            Quando vejo, as únicas duas cadeiras que estão vazias, são ao lado da Miore, e atrás da Miore, que senta logo atrás de mim. É, me dei mal.


            Vejo ele vindo em nossa direção, então ele se senta ao lado de Miore.


            Quieto, ele está quieto, ele não disse uma única palavra desde que se sentou ao nosso lado.


            A aula passa, o intervalo chega, mas nisso, não vejo Sakubi sair da sala. No intervalo além de comer muito, fico contando as mesmas histórias para Miore, que sempre presta muita atenção.


            - Aí Miore! Eu se fosse você, não falava com o livro-humano ali. – Vejo Arashi nos incomodar.


            - Cala a boca mané. – Respondo de volta.


            É sempre assim, já estou acostumado.


            Quando voltamos para a sala, vejo Sakubi ler um livro, era um livro sobre Histórias? Não consegui ver direito, pois assim que entramos, ele guarda o livro.


            E mais uma vez, ele fica calado sem dizer um pio.


            A próxima aula já começa, e a professora já passa trabalho em trio. Odeio esse tipo de trabalho em equipe, prefiro somente em dupla ou individual, não que eu seja inteligente para fazer tudo sozinho, mas assim eu posso ficar somente junto a Miore.


            A dupla está formada, mas falta uma pessoa. Com isso, Miore toda caidinha, pergunta ao calado do Sakubi, se ele não queria se juntar à nossa dupla. Ela nem me pergunta, o que houve com ela? Ela sempre perguntava primeiro para mim.


            Vejo Sakubi fazendo um “tanto faz” com os ombros. Mas logo ele se aproxima de nós, e sem nem perguntar sobre como iríamos fazer o trabalho, ele manda nos encontrarmos com ele na sua residência. Como alguém caidinha como a Miore, ela aceita sem nem pensar duas vezes.


           


            É só uma tarde! Só uma! Calma, vai passar logo, mas eu não queria IR PARA A CASA DELE.


            Quando chego ao endereço mandado via papel, sério, via papel? Por que não manda as coordenadas via internet? Vejo que Miore me aguarda no portão da casa. É uma casa velha, não muito moderna. Batemos palmas, e logo ele nos atende.


            Acho que nunca vi uma casa assim antes. Antiga, parece aquelas casas dos anos 60 sabe? Sem nada muito de luxo, somente quadros, sofás, carpetes, tudo á moda antiga. Acho que os pais dele gostam desse estilo.


            - O banheiro fica à direita – Ele aponta para a minha direita. – E meu quarto fica para este lado. Me sigam, é lá que iremos fazer o trabalho.


            Assim que chegamos dentro de seu quarto, me chama mais atenção ainda. Aquilo parece um dojô de luta. E vejo que na parede perto do armário, á uma espada como enfeite. Isso eu gostei!


            - Antes de começar, eu vou ao banheiro, mas o mais principal, não toquem em nada! E principalmente, não toquem naquela espada! – Diz ele mostrando na parede a espada.


            Justo o que eu mais queria mexer, eu sou proibido, mas qual o motivo para não tocar naquela espada? É algo antigo? Valioso? Para mim, eu entendi que ele disse “Toquem naquela espada”.


            Como sou idiota, o que eu faço. Toco na espada.


            Miore tenta me impedir, mas ela não consegue. Assim que eu encosto a mão na espada, meu corpo todo ganha um choque, e começa a formigar muito. Caio para trás com o susto, olho para o lado e vejo Sakubi me encarrando.


            - Você tocou na espada? – Pergunta ele.


            - Eu...


            - VOCÊ TOCOU NA ESPADA? RESPONDE! – Ele começa a berrar.


            Neste momento, vejo Miore tentar acalmar ele, mas ele fica berrando mais alto ainda. Mas para mim, é como se a voz dele começasse a ficar mais baixa, meu corpo está tremendo, e eu só consigo olhar para a espada.


            - Eu falei para não tocar nela! Por que você tocou?


            - Eu... Não... Sei.


            - O que você sentiu? Me diz logo.


            - Gente, calma, é só uma espada! – Fala a Miore tentando acalmar a situação.


            - Não é só uma espada, é A ESPADA.


            - Como assim? - Pergunto     


            - Não acho que entenderiam, mas olhem mais de perto a espada.


            Faço o que ele me fala, e não acredito no que vejo.


            - Esse símbolo... Isso, não. Elas não existem mais...


            - Ah, elas existem sim. E elas tem um nome. Udama... 



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Autor(a): kenrinha

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